“Rafael”
O que a Hana estava fazendo comigo era completamente fora do normal. Eu estava babando por essa mulher, completamente deslumbrado por ela e ela não era mais do que uma baixinha assustada que se fazia de valente e talvez fosse toda a valentia o que eu mais gostava. Mas havia algo entre nós que parecia sobrenatural, como se saíssem faíscas quando estávamos perto um do outro e uma força estranha nos atraísse um para o outro. Porém, ela tinha passado por algo muito ruim e estava assustada demais para admitir que também estava gostando do que estava acontecendo entre nós.
Eu era completamente louco por querer me prender a uma mulher que queria tanto fugir de mim, mas eu queria aquela mulher e era tarde demais para tentar evitar. E eu quis aquela mulher no momento em que ela parou em minha frente na lanchonete do hospital e me enfrentou com uma coragem que me fascinou.
Mas eu sabia, no momento em que eu decidi que eu queria mais com ela eu sabia que eu teria que me esforçar e que teria que convencê-la de que eu não era um babaca agressor. Eu sabia que teria que construir a confiança, sabia que ela fugiria e que eu teria que ter paciência e ir atrás dela tantas vezes, até convencê-la de que eu não era um monstro e que seria incapaz de fazer mal a ela ou a quem quer que fosse, mas principalmente a ela.
E foi com a certeza de que ela fugiria que, quando eu me despedi dela no restaurante, eu pedi por uma última noite, como quem pede a última bebida em um bar e depois acaba pedindo mais outra e depois outra, até ser expulso do bar fechado. Eu faria isso com ela, eu pediria por mais uma noite, uma última noite, incansavelmente, até que ela se convencesse a não me expulsar, até que ela entendesse que eu não era como aquele imbecil que ela namorou.
Mas depois que eu a vi entrar no carro e ir embora, eu tive medo de que ela não viesse ao nosso encontro, que me deixasse esperando de novo e eu estava andando de um lado para o outro atrás da porta do meu apartamento quando a campainha tocou e era ela, meu coração quase saiu pela boca!
Quando a Hana chegou eu estava ansioso e nervoso e quase não pude acreditar que ela estivesse ali na minha frente. Antes de abraçá-la eu vi o sorrisinho da Melissa na porta do elevador e eu sabia que a Hana não teria vindo se a Melissa não tivesse insistido bastante com ela e eu tinha que agradecer a Melissa por isso. E quando ela falou que seria só mais uma noite, eu já estava decidido a fazer daquela a melhor noite da vida dela, para que ela não conseguisse esquecer e pensasse tanto no que fazíamos juntos que não conseguisse ficar longe.
Eu a beijei, mostrando a ela todo o desejo que eu sentia, toda a vontade de tê-la comigo e ela correspondeu, com a mesma necessidade, como se fosse fraca demais para resistir a algo que ela não queria, mas que adorava.
E enquanto eu a beijava, minhas mãos dançaram por aquele corpinho gostoso e cheio de curvas, coberto por aquele minúsculo, brilhante e justíssimo vestidinho verde esmeralda frente única. Aquilo era menor que uma camiseta, mas era lindo e a vestia perfeitamente, mostrava o quanto ela era gostosa e quanto poder ela tinha, aquele poder que ela usava meio sem querer e depois escondia debaixo de todo o medo que sentia de ser vista. E eu disse o quanto era sexy e o quanto me deixava louco.
Mas ela se retraiu, eu a senti paralisar por um segundo em meus braços e eu já imaginava porque, já podia imaginar o que o cretino do ex namorado havia feito para destruí-la dessa forma. Eu sabia que homens como ele escondem as mulheres, as afastam dos outros, criam nelas a idéia de que não devem se mostrar, que correm o risco de parecerem vulgares, homens como ele destroem a estima feminina, destroem a confiança, isso para começar e poder exercer seu domínio doentio. Mas eu queria que ela esquecesse isso, que se livrasse desse maldito passado.
A verdade é que eu queria vê-la e queria mostrá-la, mostrar toda a sua beleza. Eu me lembrei do dia em que ela foi ao meu bar e eu a vi pelo vidro do meu escritório, dançando despreocupada e sorridente, ela ficaria deslumbrante dançando daquele jeito, com esse vestidinho subindo pelas suas coxas e de vez em quando o puxando delicadamente para baixo, ah, isso seria lindo de ver! E eu queria muito ver.
Eu brinquei sobre a calcinha e senti a tensão dela ser aliviada quando ela me provocou, eu nem podia dizer o quanto eu estava ansioso para ver a calcinha dela, mas ela me surpreendeu mais uma vez, tirando aquela pecinha delicada de renda e a jogando pra mim. Ah, ela era exatamente o meu tipo de mulher o tipo que se revelava na cama, que se portava como uma dama, mas entre quatro paredes se revelava uma devassa completa, isso era sedutor e irresistível. Eu peguei aquela calcinha ainda maravilhado com a atitude dela e senti o seu cheiro delicioso ali, as memórias da nossa primeira noite voltaram pra mim e eu fiquei ainda mais desesperado por ela.
E cheio dessa vontade louca de fazê-la minha eu implorei para que ela mudasse de idéia, para que ela me desse mais que uma noite ou duas, mas o seu silêncio foi uma resposta terrível para o meu coração. No entanto, o que ela ainda não sabia era que eu era paciente, persistente e insistente. Eu não desistiria dela só porque ela estava com medo de sofrer de novo e eu não desistiria porque eu não a faria sofrer.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......