Levy usava uma calça social cinza chumbo, com colete combinando, não usava o paletó, só o colete e uma camisa social branca, com as mangas dobradas e abertos os três primeiros botões, sem gravata. A roupa era nitidamente feita sob medida e era bem ajustada ao corpo, de modo que era possível não ver seus músculos delineados sob a roupa. Estava de óculos escuros e seu cabelo acobreado curto estava impecavelmente penteado, tinha a barba bem aparada, mas bem baixinha, como se tivesse deixado de fazer por uns dois ou três dias e, diferente da irmã, não tinha sardas. Ele era um homem realmente lindo.
- Minha nossa! Você me fez perder o fôlego! – Levy disse parando em minha frente. – Como pode você estar ainda mais linda que da última vez que te vi, Catarina?
- Ah, Levy, você é muito gentil.
Ele me deu um beijo no rosto e abriu a porta do carro para que eu entrasse, oferecendo a mão para me ajudar. Me sentei, afivelei o cinto e vi aquele homem lindo dar a volta no carro com elegância e se sentar ao meu lado, se virando pra mim com um sorriso deslumbrante.
- Preparada para uma experiência gastronômica? Quero que você experimente algo novo e tenho certeza que vai te encantar.
- Que ousado! Estou curiosa e ansiosa. – Sorri pra ele.
Quando paramos na porta do restaurante fiquei impressionada. Era uma construção imponente. Passamos por um portão duplo de ferro que estava aberto e sobre ele, escrito em um trabalho artístico de ferro fundido, se lia “Havana”. A construção era rodeada de um jardim muito verde e mais à frente uma fonte jorrava água e em sua volta haviam muitos bancos de jardim. A construção era em estilo clássico, com pé direito duplo, uma varanda enorme cheia de mesas e cercada por arcos e pilares. Tinha uma porta dupla realmente grande em madeira sólida. Era todo pintado em laranja e detalhes em branco nos adornos da construção, assim como no teto e sancas. O piso era em uma cerâmica rústica grande e tom creme. Do lado de dentro se abria um salão enorme, com janelões em madeira sólida como a porta, muitas mesas, mas com espaço generoso entre elas. As toalhas das mesas seguiam os mesmos tons das paredes e o cheiro que emanava no lugar era esplêndido. Eu estava maravilhada.
Escolhemos uma mesa do lado de fora, na varanda, estava um dia de sol lindo e céu muito azul.
- Eu adoro a cultura latina, Cat. E esse restaurante é muito bom, além de ter esse visual maravilhoso.
- Levy, eu adorei, é lindo e é tão agradável. Acho que não vou querer sair daqui mais.
- Que bom que você gostou. Conhece a culinária cubana?
- Nadinha.
- Então vamos pedir nossas bebidas. Você ainda vai voltar para o trabalho, mas podemos tomar um drink enquanto esperamos nossa refeição?
- Um só não faz mal.
- E o que você vai querer?
- Ora, você me ofereceu uma experiência gastronômica, então me surpreenda.
Ele abriu um sorriso lindo e concordou, fazendo o pedido ao garçom que trouxe os drinks e os cardápios.
- Se chama papa doble. Rum, licor maraschino, limão, suco de toranja e gelo. Acho que você vai gostar. Eu brindo a sua linda e adorável companhia. – Levy suspendeu sua taça.
Sorri para ele e aceitei o brinde. Experimentei a bebida e fiquei impressionada, era fresco e tão gelado, tinha pouco açúcar, o agridoce da toranja e o sabor característico do maraschino que remetia a nozes. Simplesmente delicioso e perfeito para o dia quente.
- Meu deus, você começou bem a nossa experiência. – Falei após saborear a bebida. – Eu adorei isso!
Levy sorria como um menino, seus olhos verdes brilhavam.
- Espere até provar a comida.
Chamou o garçom e fez o pedido. Ficamos ali falando amenidades. Ele contou das viagens que fez a Cuba e outros países latinos. Do seu encanto pela cultura e a beleza dos lugares.
- Picadillo a la criola e arroz congrí. É um picadinho de carne de boi e porco, com azeitonas e cebolas, pimentões e tomates e o arroz congrí é simplesmente arroz com feijões vermelhos cozidos juntos. Mas é delicioso, você vai gostar.
- Quero uma oportunidade com você. Quero te levar para almoçar, jantar, dançar, ver um filme, ou simplesmente sentar e passar um tempo com você. – Ele falou olhando em meus olhos.
- Eu posso fazer isso! – Sorri pra ele. – Mas, estou sendo sincera com você, você é lindo, incrível, uma companhia maravilhosa. Contudo, eu estou ferida e amo o Alessandro. O que eu estou aceitando é sua companhia, passar um tempo com você.
- Já é um ótimo começo pra mim. – Ele abriu um sorriso enorme e seus olhos brilharam.
Levy cravou seus olhos nos meus, como se impedindo que eu desviasse o olhar, se afastou da pilastra, deu um passo em minha direção, passou o polegar pelo meu rosto e cobriu a minha boca com a sua. Um tocar de lábios macio e suave. Eu não me afastei, não esperava que ele me beijasse e a surpresa me deixou imóvel. Ele passou os braços pela minha cintura e eu ofeguei contra sua boca e de repente senti o contato da sua língua com a minha. O beijo que Levy me dava era macio, doce e sensual, ele passava sua língua na minha como se se deliciasse com meu gosto, me fazendo arrepiar. Ele se afastou um pouco, sugou com delicadeza meu lábio inferior e depois passou a língua no mesmo lugar. Levy se afastou, passou o polegar sobre meu lábio e com um sorriso charmoso disse:
- Desculpa, Cat, mas é inevitável. É delicioso! – Piscou pra mim, devolvendo as palavras que lhe disse no almoço.
Eu nem sei como eu estava. O beijo do Levy foi surpreendentemente bom, me fez arrepiar e sentir um friozinho na barriga. Eu olhava para ele atônita, mas sentindo os lábios ainda formigarem. Eu bem que poderia beijá-lo de novo, talvez com o tempo ele me fizesse esquecer o Alessandro. Levy sorria pra mim confiante e certo que tinha remexido alguma coisinha dentro de mim.
- Vamos, linda Catarina, por menos que eu queira, tenho que te levar de volta para o trabalho.
Deu um beijo em minha mão e, sem soltá-la, caminhamos até os manobristas que rapidamente trouxeram o carro. Quando chegamos ao prédio do Grupo Mellendez, Levy sorriu e desceu do carro, dando a volta para abrir a porta para mim. Antes de se despedir me disse:
- Foi o melhor almoço da minha vida! Podemos nos ver de novo?
- Claro! Espero ansiosa seu próximo convite para me levar a novas experiências. – Abri um grande sorriso pra ele.
- Isso é bom! – Levy sorriu e me deu um beijo no canto da boca. – No vemos em breve, linda Catarina. Deu a volta, entrou no carro e partiu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......