“Hana”
Nós nos despedimos da Raíssa, da Rúbia e do Anderson na porta da escola, eles voltariam para casa e o Rafael e eu iríamos para o bar encontrar o Flávio. Aquilo me pareceu tão estranho e a preocupação do Rafael não me passou despercebida. Quando chegamos, encontramos o Flávio na porta e fomos direto para a sala do Rafael.
- Flávio, para você estar aqui não é bom, ou estou enganado? – O Rafael foi logo perguntando depois de fechar a porta e o Flávio concordou.
- É, não é, mas eu não podia deixar para amanhã e também não queria falar pelo telefone. – O Flávio confirmou, me causando um calafrio.
- O que aconteceu? Quer beber alguma coisa? – O Rafael ofereceu.
- Não, obrigado. Aconteceram algumas coisas. Vamos começar pelo Frederico, talvez a Hana possa me dar alguma pista. – O Flávio começou e a Hana franziu a sobrancelha.
- Achei que esse bandido já fosse página virada. – A Hana comentou.
- Olha, eu acho que não, Hana. – O Flávio me observou e pensou um pouco. – Eu continuo monitorando o Frederico e o Domani, as mulheres chamam de sexto sentido e nós policiais chamamos de tirocínio, mas é a experiência mesmo e a minha experiência me diz que o Frederico ainda vai aprontar.
- Por que você diz isso? – Eu me preocupei.
- Porque ele recebeu a visita do seu padrasto hoje, Hana. E porque eu andei me informando como um quebrado, preso, sem ninguém na rua, consegue pagar um advogado que cobra um bom dinheiro, um advogado que perde o tempo dele tentando me criar problemas na corregedoria. – O delegado contou e eu afundei no sofá.
- E o que você descobriu? – O Rafael puxou uma cadeira e se sentou em frente ao sofá, onde o Flávio e eu havíamos nos sentado.
- Descobri que é a empresa da sua mãe que está pagando o advogado, Hana. – O Flávio me olhou e aquilo me incomodou. Ela não gostar de mim eu até já tinha aceitado, mas ajudar o Frederico era demais.
- Eu não sei o que te dizer! A Suzy não tem limite! – Eu comentei.
- Hana, qual é a ligação entre os três? – O Flávio foi direto.
- A Suzy sempre diz que gosta muito do Frederico. – Eu comentei.
- Não, Hana, tem que ser mais que isso. Me conta como vocês se conheceram? Eu sei, está no seu processo, mas em linhas gerais, eu quero alguns detalhes. – O Flávio pediu.
- Eu tinha seis anos quando o meu pai morreu e a Suzy se casou com o Gregório meses depois. O Gregório tem dois filhos que, pelo que eu sei, estão morando no exterior. O Frederico era amigo de escola dos filhos do Gregório e sempre frequentou a nossa casa, eles eram inseparáveis e o Gregório tratava o Frederico como um filho, dizia que o coitado não tinha pai. – Eu dei uma risada seca, aquilo soava tão ridículo agora.
- E quando vocês começaram a namorar? – O Flávio perguntou e eu pensei, mas não precisava pensar muito.
- Quando eu fiquei adolescente ele começou a me dar atenção, mas nós começamos a namorar mesmo, bem depois que eu fiz dezoito anos. E quando eu fiz vinte ele me convenceu a ir morar com ele e foi um inferno por cinco anos. Engraçado, no início ele me batia, mas eu ainda ia para a faculdade e tudo o mais, mas depois que eu me formei, eu tinha conseguido um bom emprego e aí tudo piorou, até que ele me trancou em casa. – Eu contei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......