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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1277

“Hana”

Nós nos despedimos da Raíssa, da Rúbia e do Anderson na porta da escola, eles voltariam para casa e o Rafael e eu iríamos para o bar encontrar o Flávio. Aquilo me pareceu tão estranho e a preocupação do Rafael não me passou despercebida. Quando chegamos, encontramos o Flávio na porta e fomos direto para a sala do Rafael.

- Flávio, para você estar aqui não é bom, ou estou enganado? – O Rafael foi logo perguntando depois de fechar a porta e o Flávio concordou.

- É, não é, mas eu não podia deixar para amanhã e também não queria falar pelo telefone. – O Flávio confirmou, me causando um calafrio.

- O que aconteceu? Quer beber alguma coisa? – O Rafael ofereceu.

- Não, obrigado. Aconteceram algumas coisas. Vamos começar pelo Frederico, talvez a Hana possa me dar alguma pista. – O Flávio começou e a Hana franziu a sobrancelha.

- Achei que esse bandido já fosse página virada. – A Hana comentou.

- Olha, eu acho que não, Hana. – O Flávio me observou e pensou um pouco. – Eu continuo monitorando o Frederico e o Domani, as mulheres chamam de sexto sentido e nós policiais chamamos de tirocínio, mas é a experiência mesmo e a minha experiência me diz que o Frederico ainda vai aprontar.

- Por que você diz isso? – Eu me preocupei.

- Porque ele recebeu a visita do seu padrasto hoje, Hana. E porque eu andei me informando como um quebrado, preso, sem ninguém na rua, consegue pagar um advogado que cobra um bom dinheiro, um advogado que perde o tempo dele tentando me criar problemas na corregedoria. – O delegado contou e eu afundei no sofá.

- E o que você descobriu? – O Rafael puxou uma cadeira e se sentou em frente ao sofá, onde o Flávio e eu havíamos nos sentado.

- Descobri que é a empresa da sua mãe que está pagando o advogado, Hana. – O Flávio me olhou e aquilo me incomodou. Ela não gostar de mim eu até já tinha aceitado, mas ajudar o Frederico era demais.

- Eu não sei o que te dizer! A Suzy não tem limite! – Eu comentei.

- Hana, qual é a ligação entre os três? – O Flávio foi direto.

- A Suzy sempre diz que gosta muito do Frederico. – Eu comentei.

- Não, Hana, tem que ser mais que isso. Me conta como vocês se conheceram? Eu sei, está no seu processo, mas em linhas gerais, eu quero alguns detalhes. – O Flávio pediu.

- Eu tinha seis anos quando o meu pai morreu e a Suzy se casou com o Gregório meses depois. O Gregório tem dois filhos que, pelo que eu sei, estão morando no exterior. O Frederico era amigo de escola dos filhos do Gregório e sempre frequentou a nossa casa, eles eram inseparáveis e o Gregório tratava o Frederico como um filho, dizia que o coitado não tinha pai. – Eu dei uma risada seca, aquilo soava tão ridículo agora.

- E quando vocês começaram a namorar? – O Flávio perguntou e eu pensei, mas não precisava pensar muito.

- Quando eu fiquei adolescente ele começou a me dar atenção, mas nós começamos a namorar mesmo, bem depois que eu fiz dezoito anos. E quando eu fiz vinte ele me convenceu a ir morar com ele e foi um inferno por cinco anos. Engraçado, no início ele me batia, mas eu ainda ia para a faculdade e tudo o mais, mas depois que eu me formei, eu tinha conseguido um bom emprego e aí tudo piorou, até que ele me trancou em casa. – Eu contei.

- Eu também estou achando muito estranho, Flávio. A Suzy gostar do Frederico vá lá, mas ela gastar um bom dinheiro com ele? Ela é apegada demais ao dinheiro, ela não faz caridade! – Eu comentei.

- Pessoas como ela nunca fazem nada sem algum interesse. – O Rafael emendou o meu pensamento. – E sobre o vizinho, Flávio?

- Então, esse é outro problema, porque o vizinho não tem família, não tem amigos, não tem nenhum rastro. Ou melhor, ele até tem uma nova amiga, a mãe da Hana, o que é estranho. Mas ele é um tipo invisível, entende?! – O Flávio comentou. – Eu não consigo encontrar nada sobre ele de antes dele se mudar para o seu prédio Hana, é como se ele fosse um fantasma.

- Mas ele se mudou logo depois de mim, tem mais ou menos um ano e meio. Porque eu fiquei meses no hospital, depois que o Frederico quase me matou, e depois fiquei na casa do meu tio por um curto tempo, até comprar o apartamento e me mudar, há mais ou menos um ano e meio e foi coisa de duas ou três semanas depois que o Lenon se mudou. – Eu me lembrei.

- Tem certeza que esse é o nome dele, Flávio? – O Rafael sugeriu.

- Certeza! Já chequei. Mas tem algo escondido, porque não tem nenhuma informação além de que ele trabalha numa empresa de telemarketing e adivinha, ele começou a trabalhar lá depois que se mudou para o apartamento no prédio da Hana. Mas eu vou continuar investigando, com a descoberta da câmera escondida vigiando a Hana eu instaurei um inquérito, estou investigando por ele estar perseguindo a Hana, oficialmente, assim conseguimos usar mais recursos e nossas chances são melhores, já coloquei alguém dentro da empresa de telemarketing. – O Flávio contou.

- Isso é ótimo! Você é realmente o melhor dos melhores, Flávio! – O Rafael elogiou e o Flávio ficou meio sem jeito.

- A gente faz o que pode, Rafa! – Ele respondeu. – Mas preciso que vocês se cuidem, não dá para confiar que a polícia vai prever tudo ou que vai conseguir chegar a tempo.

O Flávio tinha toda razão, eu precisava ficar mais esperta, mais atenta, confiar menos. Eu tinha provado muitas vezes o quanto tudo podia dar errado, estava na hora de aprender a evitar o perigo.

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