“Raíssa”
Eu estava praticamente vivendo a vida que eu sempre quis, estava me dando bem com a minha filha, tinha um emprego que me deixava feliz, um namorado que me deixava feliz, um apartamento lindo.
Só faltava convencer a minha irmã de que ela queria ficar e morar comigo como nós falávamos que faríamos desde crianças. Se bem que a Rúbia, se ficasse, provavelmente moraria em outro lugar, do jeito que as coisas estavam com o fofinho, eles não se desgrudariam nunca mais.
Eu estava tão feliz de ter a minha filha comigo que de madrugada eu me levantei só para ir vê-la dormindo. Ela estava tão tranquila, com um sorriso nos lábios, como se estivesse em um sonho bom. Eu toquei o seu cabelo, dei um beijo cuidadoso em seu rosto e puxei o lençol sobre ela. Eu adorava vê-la dormindo e poder cobri-la a noite. Minha menina estava crescendo, mas seria sempre minha menininha.
Eu estava acabando de colocar a mesa para o café da manhã e o Bóris veio em minha direção, todo lindo com aquele terno cinza claro, sempre sem gravata e aquele botão da camisa aberto que me fazia ter vontade de abrir todos os outros.
- Bom dia, minha musa! Você saiu da cama muito cedo. – Ele me abraçou e me beijou.
Os beijos do Bóris eram como algo viciante e incandescente, como algo que você liga e aquece rapidamente. Até poderiam começar devagar, mas se transformavam em algo intenso e cheio de desejo muito rapidamente. E não foi diferente, foi uma fração de segundo entre nos abraçarmos e estarmos nos beijando como se fôssemos nos despir ali mesmo.
- Ham-ham! – A Giovana apareceu e fez o som teatral como se limpasse a garganta e eu quis me jogar em um buraco quando eu a ouvi.
Eu tentei me afastar do Bóris rapidamente, mas ele estava rindo, me segurou pela cintura, bem agarrada a ele e me deu um beijo no rosto. A giovana e o Anderson estavam atrás de nós, rindo.
- Beijar na boca é bom, né, mãe?! – A Giovana brincou e fez a alegria do Bóris que começou a rir. – Senti sua falta na porta do quarto, meu gracinha!
- Eu também senti sua falta, ferinha. Mas confesso que dormir em uma cama é bem melhor que em uma poltrona. – O Anderson sorriu para a Giovana e deu um beijo em seus cabelos.
- Acho que a fase de tentar fugir passou, não é, Anderson? Vou falar para o Rafael que você não precisa ficar mais a noite inteira na porta do quarto. – Eu sorri para eles, mas a Giovana fez um beicinho.
- Não estraga o meu castigo, mãe! – A Giovana reclamou e nos fez rir.
- Filha, coitado do Anderson! Olha pra ele, ele é grande demais para aquela poltrona. – Eu argumentei com ela, que se afastou do namorado e olhou para ele.
- É, ele é grande mesmo, mãe, você tem razão! Desculpe, gracinha, mas eu gosto tanto de ter você perto. – Ela o abraçou outra vez.
Nós nos sentamos para tomar o café e enquanto conversávamos sobre o castigo que o Rafael achava que estava aplicando e sobre como estava indo a escola.
- Eu nem sinto falta das redes sociais, mãe. E como o gracinha não tem rede social, quando o meu pai devolver as minhas coisas, eu também vou deixar a rede social de lado. – A Giovana comentou.
- É uma boa idéia, Gi, pelo menos por um tempo. – Eu concordei.
- Você também deixou a sua rede social de lada, não é, minha musa? – O Bóris perguntou de repente e eu fiz que sim. – Eu entendo, mas você é a relações públicas da empresa, precisa atualizar a sua rede. E, principalmente, você precisa atualizar e colocar lá que você tem namorado, porque tem um palhaço comentando em todas as suas fotos o quanto você é linda, que você ultrapassa o limite da beleza, que está doente de amor por você, que você parece uma rosa selvagem. E o idiota agora te chama de rosa selvagem em todas as suas fotos. – O Bóris reclamou, claramente enciumado, e eu comecei a rir.
- Que estranho, Bóris! – A Giovana colocou o copo sobre a mesa e franziu o cenho.
- Não é estranho, ferinha, você sabe muito bem o que o Bóris tem, ciúme! Você é ciumentinha como ele. – O Anderson sorriu e passou a ponta dos dedos no rosto da Giovana.
- Não é isso, gracinha, isso eu achei bonitinho. – Ela respondeu olhando para o Bóris muito séria.
- O que foi, Gi? O que eu fiz de errado? – O Bóris perguntou.
- Ah, não, gracinha, o diabo também é um anjo, um anjo caído, mas ainda assim um anjo! – A Rúbia entrou na brincadeira e a Giovana revirou os olhos.
- A gente conversa no apartamento do Rafa, mana. – Eu falei e toquei a campainha, mas ninguém atendeu.
Eu toquei de novo e nada! Nem um ruído dentro daquele apartamento.
- Será que eles já saíram? Mas ainda é cedo. – Eu tirei o celular da bolsa e comecei a ligar enquanto tocava a campainha.
E depois do terceiro toque da segunda ligação o Rafael atendeu.
- O que foi, Rai, a Giovana já te enlouqueceu? – O Rafael atendeu brincalhão, mas eu não estava para brincadeiras.
- Rafael, você está em casa? É importante!
- Eu estou na cama, Rai. É muito importante?
- Pode ser que não, mas eu prefiro pensar que é melhor dar importância e pecar pelo excesso de zelo. – Eu expliquei.
- O que aconteceu? – O Rafael perdeu o humor e perguntou preocupado.
- Rafa, dá pra você abrir a porta pra gente conversar? – Eu pedi, estava nervosa, preocupada, quase desesperada, porque se fosse mesmo o tal John atrás de mim ele queria encontrar a minha filha.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......