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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 1383

“Hana”

Eu demorei um tempo me arrumando, o Rafael me disse o dia todo que era um dia especial e eu acabei acreditando, então eu me arrumei de um jeito especial, até porque ele tinha se arrumado pra mim, ele fez com que eu me sentasse e observasse enquanto ele se vestia. O problema foi que ele não me deixou tocá-lo e eu queria muito desabotoar aquela camisa branca quando ele acabou de fechá-la.

Eu arrumei o cabelo e fiz uma maquiagem, coisa que a Melissa deu um jeito de me ensinar e agora eu não ficava sem. A Melissa foi como uma fada madrinha pra mim, entrou na minha vida como quem chega sem pedir licença e foi me tirando da minha zona de conforto.

Quer dizer, quem me tirou da minha zona de conforto mesmo foi o meu tio, que entrou no meu apartamento um dia e me disse que eu tinha um emprego e não tinha escolha. Foi assim que eu me tornei assistente do Fernando, por livre e espontânea pressão. Porque o meu tio queria que eu fizesse mais do que ficar trancada escondida no meu apartamento, saindo apenas para ir ao cinema uma vez por semana. Meu tio estava salvando a minha vida pela segunda vez, porque ele fez mais do que me tirar de casa, ele me colocou no caminho da vida que eu sempre quis.

E enquanto eu me lembrava de tuo que tinha acontecido na minha vidano último ano eu coloquei a lingerie linda que o Rafael me deu e me olhei no espelho. Eu nunca tinha me sentido bonita, mas, nesse tempo que eu estava com o Rafael, ele me fez me olhar de outra forma e fez com que eu me percebesse bonita e agora eu me achava uma mulher linda e muito sortuda. Eu tinha tudo o que eu podia querer na vida, eu tinha um emprego que eu adorava, uma famíla amorosa, amigos, um amor que fazia o meu coração palpitar e era um homem decente, que me fazia bem e não me destruía.

Eu me virei e me observei no espelho e me senti sexy e confiante. Eu me perguntei há quanto tempo eu me sentia assim e eu já nem lembrava de tão acostumada que já estava de olhar pra mim e me amar de verdade. Mas me ar conta disso era tão bom, que eu até tinha vontade debeijar o espelho.

Eu peguei o vestido rosa claro que estava pendurado e o vesti. O Rafael tinha mesmo muito bom gosto, era lindo e delicado, mostrava os meus ombros, as minha curvas as minhas pernas. Era um daquelles vestidos perfeitos que fazem uma mulher brilhar e ser notada por ela mesma, pelos atributos que o vestido revelava.

O Rafael não me escondia, ele me revelava para o mundo com orgulho e eu sabia que se não fosse pela ameaça que estava a espreita, ele teria me levado para dançar. Eu estava com saudade de dançar para ele e sentir os olhos dele sobre mim até ele não conseguir mais ficar só olhando.

Aliás, se não fosse pela ameaça que estava a espreita, eu diria que estava vivendo uma vida perfeita. Eu me sentei e calcei os sapatos e dei um sorriso satisfeito, feliz com tudo o que eu era, o que eu tinha e como eu era.

Eu saí do quarto exalando a confiança de uma mulher que sabia o seu lugar no mundo, a confiança de uma mulher que tinha amor próprio e nunca mais aceitaria ser tratada com menos do que merecia.

E o que eu merecia? O que toda mulher merece, amor, respeito, gentileza, valorização, autonomia, e isso incluia autonomia corporal, o famoso “meu corpo, minhas regras”, porque eu entedi que ninguém tinha direito de me tocar se eu não permitisse e que eu não deveria permitir, aceitar ou me conformar com a profanação do meu corpo pela violência. E assim como eu entendi que não deveria aceitar abusos físicos, eu também aprendi a não aceitar abusos morais e psicológicos, nem mesmo da mulher que me gerou.

E foi com a postura de uma mulher poderosa, linda e gostosa pra caralho, porque agora eu me achava tudo isso, que eu saí do corredor e parei no meio da sala, com a mão na cintura como uma modelo, e abri o meu melhor sorriso para a minha família reunida ali. E eu fui recebida com palmas e assovios e comentários que só fizeram com que eu me sentisse ainda melhor. Como era bom receber amor!

- Minha flor, você é linda demais! – O Rafael se aproximou e deu um beijo no meu rosto, depois sussurrou no meu ouvido: - E gostosa pra caralho!

Eu senti um arrepio na pele com a voz dele soando no meu ouvido tão provocativa.

- Prima, você está uma gata! Como você escondeu isso tudo por tanto tempo? – Meu primo do meio, que tinha só quinze anos, mas não era nada tímido como o irmão. Ele se aproximou e me abraçou, me entregando uma caixinha de presente e dentro tinha uma bonequinha japonesa linda. - Eu só achei q ela se parece com você! – Ele comentou e deu de ombros.

Um a um cada um se aproximou e me entregou um presente, de livro a pashmina eu ganhei uma variedade de coisas, mas o presente a tia Luana me fez arregalar os olhos.

- Tia, isso é uma lingerie? – Eu perguntei segurando o conjuntinho vermelho de saia super curta e top e ela deu umma risada.

- Nana, eu pensei que depois que você usou aquela saia branca que eu e dei há tanto tempo, você está pronta para ousar. – Ela sorriu e o Rafael olhou o conjunto em minhas mãos com um sorriso safado.

- Luana, querida, nós adoramos esse presente! – O Rafael respondeu mais que depressa. – Ela vai usar e eu vou te mandar uma foto dela dançando com ele no meu bar. Ou talvez você e o Yusei se animem e você vá para ver pessoalmente como ela fica incrível nas roupas que você compra.

- Conhecendo aquela peste da Mayumi, os pais deveriam estar aliviados por se livrarem dela e os sequestradores teriam que pagar para eles a aceitarem de volta! – O meu primo do meio bufou.

- Haruto Saito, é a amiga da sua irmã e é uma fofa, não fala assim dela. – A tia Luana chamou a atenção do filho, que resmungou qualquer coisa e se sentou. – Não sei porque ele não suporta a pobrezinha da garota! – A minha tia balançou a cabeça e olhou para o filho.

- Minha vez de dar presente, Nana! - A Giovana começou a pular na minha frente empolgada, segurando uma caixa. – Eu mesma comprei, o gracinha me levou depois da escola, já tem uns dias. Espero que você goste!

Eu abri a caixa e tirei lá de dentro uma caixinha de música, era uma bailarina dançando num tipo de coreto, com um teto abobadado azul e com pequenas flores douradas incrustadas. Eu dei corda e a música tocou delicada enquanto aa bailarina girava. A Giovana também me levou as lágrimas.

- Não chora! – Ela me olhou preocupada. – Eu me lembrei que você disse que seu pai te levava para o balé quando você era criança. Mas se você não gostou, pode trocar.

- Ah, querida, vem cá! – Eu a abracei emocionada. – Você me deu algo muito precioso, eu amei de verdade! Eu te amo, Gi! Obrigada!

- Ai, Hana, eu também te amo um monte! – Ela se agarrou a mim e quando nos afastamos nós duas secamos as lágrimas.

- Minhas lindas! – O Rafael deu um beijo na testa da filha e outro na minha e nos manteve em seu abraço por um momento. – Vocês me fazem o homem mais feliz do mundo.

E depois daquele momento cheio de emoção, nós passamos para a mesa de jantar, que tinha sido adaptada para caber mais lugares, já que essa noite meus tios e primos estavam conosco. O que eu não sabia ainda era quanta emoção a noite ainda reservava para mim!

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