"Rafael"
Eu estava na casa nova preparando a surpresa que eu faria para a minha doida na nossa noite de núpcias. Eu a levaria para a nossa casa e tornaria cada cantinho dela especial. Eu tinha providenciado umas coisas e estava colocando tudo em ordem com a ajuda do Anderson, a Adèle cuidaria para que todo o resto estivesse em ordem para depois do casamento.
- Rafael Ferri! - Eu ouvi a voz do Flávio ecoar pela casa quando eu já estava descendo as escadas para ir embora.
- Delegado Moreno, veio dar as boas vindas ao seu novo vizinho? - Eu fui até ele, que estava de pé na entrada ao lado do Breno, masd os dois estavam muito sérios.
- Na verdade, eu vim te dar voz de prisão! - Ele respondeu completamente sério, o meu coração disparou no peito e eu só conseguia pensar que merda tinha acontecido agora.
- Você veio... - Eu limpei a garganta, sentindo o nervosismo se espalhar pelo meu corpo. - Você veio me prender?
- Mãos pra frente, Rafael, eu vou te algemar. Breno, revista! - O Flávio não tinha nenhum traço de humor no rosto. - Você está sendo detido para a sua despedida de solteiro! Você tem direito a um padrinho de defesa, você não deve permanecer calado, mas tudo o que você disser será usado contra você esta noite. Amanhã a essa hora mais ou menos você será condenado a viver o resto da sua vida preso a uma baixinha meio doida e que a gente sabe que te ama! - O Flávio começou a rir e tirou um par de algemas de pelúcia rosa do bolso traseiro da calça.
- Sem calcinha nos bolsos, nem marcas de batam no pescoço ou perfume feminino na camisa. Nenhum sinal de outra mulher, delegado. - O Breno terminou de me revistar e o Flávio me algemou enquanto ria. Foi só então que eu notei o Anderson tirando fotos com uma das câmeras da Rúbia.
- Seus palhaços! Eu aqui quase tendo um infarto, pensando em que confusão eu tinha me metido agora e vocês fazendo piada. - Eu tentei ficar sério mas não consegui.
- Você precisava ver a sua cara! - O Flávio estava gargalhando. - Anda, vamos te levar para aproveitar a sua última noite com a ilusão da liberdade, porque a gente sabe que você está preso desde o dia que conheceu a Hana!
- E precisa me algemar mesmo, Flávio? - Eu perguntei e ele fez que sim.
- E você tem que escolher o seu padrinho de defesa, aquele que vai ficar sóbrio, te manter na linha e que vai mentir por você quando a Hana quiser saber o que aconteceu na sua festinha! E já te aviso que não sou eu, eu sopu o policial que te revistou. - O Breno respondeu e eu estava rindo e olhei para o Anderson.
- Nem olha pra mim, eu não vou mentir por você e correr o risco da ferinha quebrar algo que eu considero importante. - O Anderson avisou.
- Eu estou ferrado, porque o único que tem uma mulher normal e que não vai ameaçá-lo tem a língua solta. - Eu comentei enquanto eles me levavam para a viatura.
- É, o Bóris não é uma boa opção mesmo não! - O Anderson coçou o queixo. - Se preocupa não, você ainda tem opções! Eu levo a sua caminhonete.
- Espera, vocês vão me levar de viatura? - Eu perguntei enquanto o Flávio abria a porta.
- De viatura, com direito a sirene e luzes piscando! - O Flávio sorriu.
E não bastou que eles me levassem de viatura, com sirene ligada e luzes piscando, o Flávio parecia um lunático dirigindo em alta velocidade. Quando ele estacionou no hospital eu achei a coisa mais estranha, que lugar era esse para ter uma despedida de solteiro?
- Por que nós estamos no hospital? - Eu perguntei enquanto saía do carro.
- Porque o Fernando não quer se afastar daqui, mas ele queria participar da festa, e todas as nossas mulheres estão aqui na despedida de solteira da sua doida! - O Breno explicou e tudo fez sentido, a Melissa não deixaria de participar de alguma forma.
Nós entramos no hospital e fomos para o andar do Fernando, havia uma festa preparada lá e todos os caras estavam nos aguardando. Assim que chegamos eles me receberam com gritos e estourando confetes e serpentinas. O Bóris se aproximou e me entregou uma camisa branca escrito "o noivo: chefe da guangue" e colocou um arco com um véu no meu cabelo e eu comecei a rir. Então ele me mostrou a camiseta que ele e todos os outros estavam usando, eram pretas e estava escrito "gangue do noivo".
- Anda, Rafa, escolhje o seu padrinho de defesa! - O Flávio incentivou e eu olhei entre todos ali.
- Desculpa, Don, mas você é o único que sabe guardar segredos aqui! - Eu sorri e ele levou as mãos ao rosto.
- Ah, cara, como se você não soubesse que a minha dona é um general! - Ele reclamou em um tom divertido e o Bóris se aproximou dele e colocou um arco com orelhas de coelhinho na cabeça dele e uma gravata borboleta rosa gigante no seu pescoço.



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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......