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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 619

“Manuela”

Notei que o Flávio e o Camilo se afastaram, mas o que me chamou a atenção mesmo foi que o Flávio de repente ficou agitado e me pareceu meio estressado. O que havia acontecido entre aqueles dois? Fiquei observando e o Camilo também parecia preocupado enquanto falava. Eu já estava quase indo até eles, mas a Lisa me chamou.

- Cunhadinha, tem certeza de que você vai se casar em quinze dias? – A Lisa parecia tão agitada quanto o Flávio.

- Por que da pergunta? – Eu não entendi o que a preocupava.

- Porque o Patrício disse que vai voltar para o casamento, o Flávio o convidou para ser padrinho. Junto comigo! – Aí eu entendi o desespero da Lisa.

- Ô, Lisa, mais cedo ou mais tarde o Patrício vai voltar. Você vai ter que enfrentá-lo. E tem mais, vai me dizer que você não quer voltar a vê-lo? – Tentei convencê-la de que era melhor assim, mas ela estava realmente preocupada.

- Ai, Manu, eu quero vê-lo. Mas eu não quero enfrentá-lo. – Lisa era um poço de incertezas.

- Olha, seja lá o que acontecer entre vocês quando ele voltar, eu vou estar ao seu lado. – Eu queria confortá-la.

- Promete? – Ela fez um beicinho pra mim como se fosse uma criança.

- Prometo. – Nos abraçamos e nesse momento o Flávio chegou.

- O que houve? – Ele perguntou alarmado.

- Nada. – Lisa respondeu emburrada e ele me encarou como quem espera uma explicação.

- Parece que o Patrício virá para o casamento. – Expliquei e ele bufou.

- Eu avisei que deixá-lo se enganar era uma péssima idéia. – Flávio olhou com desaprovação para a irmã. Desde o início ele reclamou por ela não ter se apresentado ao Patrício corretamente. – Lisa, você pode levar os nossos pais, o Raul e a Paula para o aeroporto?

- Claro, vou chamar o Rick para ir comigo. – Lisa se virou e foi em busca do Rick que estava fazendo a Dona Inês sorrir com alguma história interessante.

- Algum problema, grandão? – Perguntei vendo a expressão do Flávio.

- Nada que não possamos lidar. – Ele me deu um sorriso fraco. – Vem, vamos nos despedir dos meus pais e depois vamos para o apartamento.

Achei melhor não enchê-lo de perguntas ali, se ele não falou era porque o assunto deveria ser muito importante para ser tratado no Clube Social. Nos despedimos da família dele e fomos para o apartamento com a minha família.

- Camilo, eu não entendi porque você desmarcou o nosso vôo. – Meu pai perguntou ao meu irmão no elevador.

- Pai, nós vamos precisar ficar por mais um ou dois dias. – Camilo respondeu, mas ele estava tenso.

- Um ou dois dias? De jeito nenhum, Camilo, eu tenho que organizar as coisas para o casamento. – Olívia protestou veementemente.

- Oli, é preciso. – Meu irmão respondeu simplesmente.

Entramos no apartamento e eu já não me aguentava mais, encarei o Flávio e o Camilo assim que a porta foi fechada.

- Muito bem, qual dos dois vai dizer o que está acontecendo? – Coloquei as mãos na cintura e os encarei. Eles se olharam.

- O que você disse, Flávio? – Meu pai o encarou como se não tivesse ouvido uma palavra.

- Eu sinto muito, Sr. Orlando. – O Flávio encarou o meu pai. Eu estava chorando e abracei o meu pai, suas lágrimas começavam a molhar o seu rosto.

- Mas... não pode ser... - Meu pai me apertou em seus braços, mas logo se recompôs. – Como isso aconteceu?

- Ele foi encontrado com marcas de espancamento em um beco atrás de um cassino. Testemunhas disseram que ele estava jogando nesse cassino há várias noites e que acabou fazendo uma dívida grande. Perdeu mais do que tinha e não teve como pagar. Foi colocado para fora do cassino e depois o encontraram morto. Pelo que disseram o cassino é de um mafioso e não é a primeira vez que isso acontece lá. Mas a polícia investiga e não chega a lugar nenhum nunca. – Flávio explicou. – Sr. Orlando, eu sei que é difícil, mas eu recomendo que o senhor não vá atrás dessa história, é muito perigoso.

- Claro, Flávio. Você tem razão e isso não vai trazer o Juliano de volta, mas pode nos trazer muitos problemas. – Meu pai concordou. – Como eles chegaram a você, Camilo?

- Encontraram os documentos do Juliano, sabiam de onde ele era. Informaram a embaixada que entrou em contato com o delegado Albano e ele me ligou. Ele sabe da história toda, então não teve dúvidas. – Camilo contou. – Pai eu pedi ao nosso advogado que cuidasse de tudo, estou aguardando ele me informar quando o corpo chega para podermos fazer o sepultamento.

- Fez muito bem, meu filho. – Meu pai respirou fundo. – Flávio, eu vou precisar falar com a Rita, você pode me ajudar a conseguir permissão para vê-la?

- Se o senhor quiser, Sr. Orlando, eu mesmo falo com ela. – Flávio ofereceu.

- Não, filho, é minha responsabilidade, apesar de tudo eu fui casado com aquela mulher por quase vinte anos. – Meu pai era um homem digno e não fugia das responsabilidades, nem daquelas que ele pensava serem dele.

- Eu vou organizar tudo para o senhor então. – Flávio concordou.

- Vocês se importam se eu for para o quarto, preciso ficar um pouco sozinho. – Meu pai sempre ficava sozinho quando algo era demais para ele, ele se isolava por um curto tempo, como se precisasse chorar sozinho e se recompor.

Meu pai se retirou e eu me joguei nos braços do Flávio, que tentava me consolar, mas eu sentia muito por aquela vida perdida!

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