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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 618

“Camilo”

Nós estávamos todos reunidos no Clube Social para o almoço, esperando que o Flávio chegasse com a minha irmã. A família do Flávio era muito interessante. A Lisandra era como a Manu, um raio de sol, encantava a todos, eu entendia porque as duas estavam se dando tão bem, a Lisandra era extrovertida, divertida e bem humorada. O Raul era um homem sério, que contemporizava as situações, sabia exatamente como equilibrar as coisas e as pessoas, mas era bem mais relaxado do que o Flávio.

Já os pais do Flávio eram um tipo totalmente diferente de pessoas, eles eram interessantes, se gostavam não faziam cerimônia, mas se não gostavam torciam o nariz. Eles foram muito sinceros conosco, admitindo que em princípio não estavam contentes com a relação do Flávio e da Manu, mas que agora estavam muito felizes. Eles fizeram questão de contar tudo o que aconteceu e como o Sr. Moreno conheceu a Rita, se desculparam formalmente e demonstraram realmente gostar da minha irmã agora, o que me deixava mais tranquilo.

Eles passariam uns dias na fazenda conosco e aproveitaríamos para estreitar relações pessoais e profissionais. Em princípio eu estava meio em dúvida sobre fazer uma parceria profissional com eles, mas o Raul havia me feito uma proposta que realmente me agradou e que seria muito benéfica para as nossas empresas.

A Lisandra e o Rick estavam se encarregando de nos entreter, contando histórias engraçadas. Os dois eram inseparáveis e pareciam se entender muito bem. A conversa fluía leve e divertida entre o nosso grupo.

Meu celular tocou e eu me afastei para atender, mas eu nunca imaginei o que eu escutei naquela ligação. Fiquei realmente desnorteado. Depois de ouvir tudo e tomar algumas decisões, liguei para o meu advogado e depois para a minha secretária e passei instruções, pedindo que mantivesse tudo em sigilo por enquanto. Eu confiava nela e sabia que ela manteria a boca fechada. Voltei para a mesa tentando parecer tranquilo, eu ainda estava pensando como contar isso ao meu pai e eu nem ia querer contar para a Manu. Mas a minha esposa me conhecia como a palma da mão, tratou logo de me mandar uma mensagem perguntando o que era, no entanto eu achei melhor não falar, pelo menos não antes do almoço. Disse apenas que eram assuntos da empresa.

O Flávio e a Manu chegaram, minha irmã estava radiante e eu estava odiando que a notícia que eu havia recebido fosse afetá-la, porque eu sabia que iria. E quanto mais o tempo passava, mais eu ia ficando tenso.

- E aí, casal, já temos data? – Lisandra perguntou ansiosa.

- Ainda não tivemos tempo, Lisa! – Flávio falou com a irmã em um tom de advertência e depois suavizou a voz. – Eu só espero que a baixinha não esteja pensando em me enrolar por muito tempo.

- E o que é muito tempo pra você? – Eu perguntei curioso, pois a Olívia levou oito meses para preparar o nosso casamento.

- Um mês é tempo demais, cunhado. – O Flávio respondeu olhando para a Manu que arregalou os olhos, fazendo todos rirem.

- Como a Melissa diz, você é bem igual aos seus amigos. – Manu sorriu. – Mas já que você está com pressa e nós já moramos juntos mesmo, o que você acha de nos casarmos no primeiro dia do ano lá na fazenda? Nossos amigos e nossa família já estarão reunidos lá.

- Isso é daqui a quinze dias, Manu! – Olívia olhou para a minha irmã estupefata. – Não sei se conseguimos organizar um casamento em tão pouco tempo.

- Se dê por satisfeita, Olívia, o Alessandro e a Catarina organizaram um casamento em três dias. – Rick riu.

- Olívia, eu sei que um casamento como foi o seu não se organiza em quinze dias, mas eu quero algo simples, lá na fazenda e com poucas pessoas. Quer dizer, se o Flávio concordar. – Manu olhou para o noivo apreensiva.

- Minha baixinha, por mim eu me casaria com você hoje mesmo! – Flávio segurou a mão da Manu sobre a mesa e a olhou com carinho.

- Ah, mãe, eu não havia pensado nisso até agora. – Flávio deu de ombros.

- Acontece que a Sabrina e a mãe não são pessoas que acreditam ou que têm fé. Eu tenho as minhas convicções, mas respeito a de cada um, eu queria muito ter casado o meu filho na igreja, mas elas recusaram. – Dona Inês explicou. – Mas, Manu, a decisão é de vocês dois, eu respeito o que vocês decidirem, até porque não adianta fazer uma cerimônia religiosa se vocês não acreditarem que deus está abençoando vocês.

- Eu gostaria de me unir a você perante deus, baixinha. – Flávio encarou a minha irmã que tinha um sorriso enorme no rosto.

- Sempre foi o meu sonho, me casar na capela da fazenda! – Manu olhou para o nosso pai. – Pai, nós vamos usar a capela!

Todos rimos e quando o Flávio a beijou nós aplaudimos, estávamos felizes em vê-los felizes. Manu merecia essa felicidade mais do que ninguém. Mas eu me lembrei que tinha uma notícia desagradável para dar e estava torcendo para que isso não afetasse os planos da minha irmã. Quando o almoço terminou, dei um jeito de puxar o Flávio no canto.

- Diga, cunhado! – O Flávio parecia o homem mais feliz sobre a terra.

- Flávio, aconteceu uma coisa e eu não sei como a Manu e o meu pai vão reagir. – Eu precisava de ajuda com isso e olhei para o meu cunhado buscando por esse apoio.

- Cara, o que foi? Parece até que alguém morreu. – Flávio sorriu, mas logo desfez o sorriso ao ver a minha cara. – Não acredito! Não é possível... fala, Camilo, fala de uma vez pra gente pensar em como amenizar as coisas para a baixinha. Não é possível, logo hoje!

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