Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 32

Cheguei ao prédio do Alessandro e fiquei impressionada com o lugar, a fachada era linda e muito moderna. Me identifiquei e o porteiro me liberou. No elevador, comecei a repassar mentalmente todas as coisas que eu faria para atormentar meu chefe.

A Mel e eu ficamos acordadas até tarde escolhendo roupa, sapato, lingerie e traçando a estratégia de sedução, como ela chamou.

Ela me convenceu a usar um vestido alaranjado, uma cor viva e chamativa. Ela disse que contrastava com minha pele clara e o cabelo escuro e me deixava radiante. Era um vestido na altura dos joelhos, justo com uma fenda em cada lateral, de modo que quando eu me sentava mostrava pernas demais, tinha o decote quadrado e alças largas. Escolheu um conjunto da calcinha e sutiã brancos de renda e fitas, uma sandália preta super alta de tiras e arrumou o meu cabelo meio preso com duas mechas caindo no rosto. Caprichou na maquiagem bem natural. E de acordo com a Melissa eu estava pronta pra enlouquecer qualquer um.

Então aqui estou eu, nesse elevador, pensando em como provocar o meu chefe, quando deveria estar pensando no trabalho.

O prédio era de um apartamento por andar e o elevador já abria dentro do apartamento. Fiquei impressionada, tudo muito claro, muito elegante, mas não muito ostentoso, era mais pra moderno e exalava poder, era a própria personalidade do meu chefe retratada ali.

Entrei, passei pelo hall já escutando as risadas do Patrício enquanto. Um homem de uns cinqüenta anos veio ao meu encontro, me cumprimentando com muita cortesia.

- Srta. Catarina, bom dia, eu sou o Jorge, por gentileza, eles estão na varanda, me acompanhe.

Agradeci e segui o Jorge. Estavam na varanda o Alessandro, a Mari, o Rick e o Patrício. Quando entrei eles ficaram mudos e eu ouvi o assobio do Patrício e o Rick começou a cantar pretty woman. Já estava virando rotina isso.

- Bom dia, estavam falando de mim? – cumprimentei brincando.

- Catarina, você está deslumbrante nesse vestido! – Patrício me elogiou.

- Se eu não fosse casado, Cat, eu não ia te dar paz. – o Rick emendou.

- Se você não fosse casado, Rick, e eu não soubesse que é louco pela Taís, você seria demitido neste momento! – Alessandro falou sorrindo. – E a senhorita, vai ter que começar a usar burca! – se levantou e caminhou até mim me dando um beijo no rosto e me puxando pela mão de forma muito possessiva.

Cumprimentei a Mariana antes de me sentar. Quando cruzei as pernas ouvi o Alessandro falar no meu ouvido:

- Vou mandar o Jorge trazer uma toalha para cobrir essas pernas maravilhosas!

Eu sorri, mas ele nem teve tempo, o Sr. Alencar chegou em seguida.

- Bom dia a todos! – Ele cumprimentou com alegria. - Catarina, querida, como fico feliz em vê-la novamente. Como você está? – falou me beijando nas duas faces.

- Muito bem, Sr. Alencar, obrigada. E o senhor? – respondi muito feliz em tornar a vê-lo.

- Graças a você me reerguendo, minha jovem!

- Imagina, eu não fiz nada. Mas fico feliz que as coisas estejam caminhando bem.

Ele apertou minha mão e falou para o meu chefe:

- Alessandro, cuide bem dela, essa moça é uma jóia muito preciosa!

- Eu sei disso, Alencar, estou bem de olho nela. – Alessandro respondeu e piscou pra mim.

- E você, Mariana, vai mesmo pra Londres? – perguntou com um olhar muito sentimental para a Mari.

- Mas eu posso colocá-lo como chefe do setor. – Alessandro respondeu.

- Mas se você fizer isso pode acender um alerta e ninguém vai confiar nele. – Alencar explicou. – Todos os funcionários que você precisará contratar serão contratados com funções menos importantes, isso faz com que ninguém dê importância pra eles e eles passem despercebidos. Você também vai colocar uma copeira e um faxineiro a mais em cada andar.

- E isso porquê? – Patrício perguntou.

- Explica pra eles, Cat, foi você quem me ensinou isso. – Alencar falou animado.

- É que são pessoas invisíveis. Estão em todo canto e ninguém os vê. Tendem a pensar, equivocadamente, que são pessoas com pouca inteligência, então não se preocupam com o que falam perto deles. Existe um preconceito em relação a pessoas mais humildes, pessoas arrogantes com uma situação financeira melhor pensam que são incapazes. No caso do Sr. Alencar, uma das faxineiras sabia exatamente para onde o contador mandava o dinheiro desviado, mas ela não tinha todas as peças para ter certeza de que ele estava roubando a empresa. – falei com convicção.

- E foi exatamente essa faxineira que conseguiu as provas que eu precisava para denunciar o contador, graças a Catarina que deu atenção ao que ela tinha a dizer. Hoje essa mulher é minha secretária pessoal, está estudando e vai ser uma grande profissional, ela tem uma inteligência notável. – Alencar emendou.

- É uma idéia genial mesmo! – Rick falou. – Lá no escritório eu vejo como alguns simplesmente ignoram a existência dos funcionários dos serviços gerais e outros. Que bom que você os notou, Cat. – Sorri encabulada.

- Então vamos agir. Alencar, passa para o Patrício a lista de todos que precisarem ser contratados e em quais funções. – Alessandro falou sorrindo pra mim. – Patrício, não sei como você vai fazer, mas essas pessoas tem que ser contratadas sem que ninguém suspeite.

- Ah, isso é fácil, eu tenho como cuidar para o Nestor do recursos humanos contrate exatamente quem queremos. – Rick falou sorrindo. – Ele me deve alguns favores. Nossas famílias se conhecem desde sempre, é um cara honesto, posso dar um jeitinho de fazê-lo contratar sem ele perceber que está sendo direcionado. Só acho que devemos fazer as contratações aos poucos, pode ser estranho contratar várias pessoas ao mesmo tempo.

- Perfeito, Rick, o Nestor e o ritmo de contratação são com você. – Alessandro assentiu.

Terminamos o almoço e foram todos para a empresa resolver a mudança e como fariam as contratações. Alessandro e eu ficamos no apartamento dele para analisar os extratos das contas bancárias do Grupo e era muita coisa.