Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 461

“Flávio”

Aquela situação tinha sido o estopim da minha indignação. Minha irmã estava em apuros e eu precisava ajudá-la de algum modo. Eu estava completamente irritado e comecei a falar alto, quem sabe eles acordariam daquele devaneio de casamento forçado.

- Vocês dois não se dão conta do que estão fazendo? – Falei indignado assim que o irritante do Guilherme saiu. – Ele vai fazer a Lisa sofrer. Ele nunca vai largar essa vidinha de filhinho de papai inconsequente. Ele nunca vai tratá-la com respeito. Sabem quantas mulheres ele já agrediu? Querem que minha irmã seja uma delas?

- Abaixa a voz, Flávio. Isso aqui não é aquela delegacia imunda! – Meu pai falou tão alto quanto eu. – Já disse, o casamento da sua irmã não é da sua conta. Mas o seu sim. E é bom que você volte para Campanário e assuma a sua esposa.

- Mas nem que o inferno congele! – Respondi. – Não sei como a sentença de divórcio foi anulada, mas eu me divorcio de novo!

- Pra quê, Flávio? Para continuar sua aventurazinha com aquela mocinha? Você se dá conta que está sendo infiel ao seu casamento? – Foi a vez da minha mãe falar.

- NÃO É UMA AVENTURAZINHA! – Gritei, mas minha mãe não recuou.

- NÃO GRITA COMIGO. – Minha mãe me enfrentou de frente. – O que aconteceu, Flávio? Você era apaixonado pela Sabrina. Ela foi embora e você ficou arrasado. Agora ela voltou, ela quer recomeçar com você, recuperar o tempo perdido. Pensei que você ficaria feliz com isso. – Minha mãe falava como se realmente soubesse das coisas, como se tivesse certeza do que me faria feliz.

- Mãe, a Sabrina foi uma ilusão. Nós nos divorciamos e ela foi embora com um belo patrimônio que ganhou com esse casamento. Se ela voltou agora é porque há algum interesse e não sou eu. – Era realmente o que eu pensava. Não caía nessa de que ela gostava de mim, não mais.

- Flávio, ela mudou, colocou a cabeça no lugar. Ela me jurou que está arrependida, que te ama. Ela quer ter filhos com você. Vocês podem construir uma família feliz, encher essa casa com meus netos. – Minha mãe estava obsessiva com esse negócio de netos.

- Mãe, a Sabrina não me ama, ela só está interessada em alguma coisa. Por favor, você não é ingênua assim! – Reclamei.

- E daí, Flávio? – Meu pai perguntou. – Ainda que haja algum interesse dela, pelo menos você está casado com uma mulher linda, que está a sua altura e que você gosta. Não é nenhum sacrifício. Vocês podem ter uma boa vida juntos. – O conceito de sacrifício do meu pai contemplava unicamente os interesses dele e de mais ninguém.

- Vou falar pela última vez. Vocês são meus pais e eu os amo, apesar de serem tão intransigentes e se acharem donos da razão, mas eu nunca vou voltar com a Sabrina, do mesmo jeito que eu nunca vou voltar para a empresa. Me deserde, pai, me renegue, mas eu não vou condenar a minha felicidade para agradar a vocês. – Fui muito claro.

- Você não sabe o que diz. – Minha mãe lamentou, mas eu não me contive.

- Sinto muito, mas a garota, como você disse, não é negociável. Se você fizer qualquer coisa para nos afastar ou para prejudicá-la, eu rompo em definitivo com a família. – Fiquei de pé.

- Por favor, Flávio, ela nem é o tipo de mulher com quem você se envolveria. É só uma garota comum, comum e jovem demais. Se você não quer voltar com a Sabrina, tudo bem, mas escolha alguém que sirva pra você. – Meu pai insistiu.

- Já disse que não! Pense bem, pai, você sabe que eu não faço ameaças vazias. – Meu pai me olhou beligerante, mas eu não cederia.

- Você vai se colocar contra a sua família por causa de uma mocinha que ninguém sabe de onde saiu? Uma garota sem eira nem beira? Sem um sobrenome? Sem estirpe? – Minha mão parecia chocada.

- Só você e o meu pai ligam pra isso, mãe. A mim não importa nem um pouco. Eu a amo e não vou deixá-la. E se vocês fizerem qualquer coisa para nos separar eu vou sim me colocar contra a família. – Respondi, cansado daquela discussão, era como falar com as paredes, não chegaria a lugar nenhum.

Me despedi dos meus pais. Estava na hora de voltar pra casa, já tinha sido estressante demais. Meus irmãos e minha cunhada me levaram ao aeroporto. Prometi a minha irmã que não permitiria esse casamento maluco que meus pais queriam impor a ela e me despedi, sabendo que as coisas não estavam resolvidas, longe disso. Mas, nesse momento, eu só queria voltar pra casa, voltar para a minha baixinha, para vida que eu escolhi e para a mulher da minha vida.

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