Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 477

“Flávio”

Entrei na delegacia depressa e encontrei o delegado na cozinha conversando com outros policiais. Chamei o Bonfim e fomos até a sala dele. Expliquei o que tinha acontecido e vi o seu rosto paralisar em choque.

- Que merda, Flávio! – Bonfim balançou a cabeça.

- Uma grande merda, Bonfim. – Concordei.

- Mas vai ficar pior, muito pior. – Olhei pra ele sem entender. – Eu falei com a Melissa tem uns vinte minutos, logo que você me mandou a mensagem perguntando onde eu estava.

- Ela te ligou? – Perguntei já sentindo o pânico crescer dentro de mim.

- Não, eu que liguei pra ela, precisava de um conselho pra resolver uma situação com a minha mulher. – Bonfim esfregou os olhos.

- E daí? O que vocês falaram? – Perguntei já sentindo o desespero crescer.

- Daí que ela me perguntou se você estava de plantão e eu disse que não. Ou seja, ela sabe que você mentiu e a essa altura, sua baixinha com certeza já sabe. – Isso era um grande problema e eu senti minha cabeça girar.

- Porra, Bonfim! – Coloquei as duas mãos no rosto já pensando na bomba que estava prestes a explodir. – Isso vai dar merda!

- Nem vem, eu não podia imaginar que você estava com esse abacaxi nas mãos. – Eu sabia que ele tinha razão, o vacilo foi meu, pois eu sabia que ele e a Melissa se falavam com frequência. – E os rapazes e eu já estávamos cansados de te avisar que isso não ia prestar. Agora, imagina o caos que vai ser a Manuzinha descobrir esse rolo todo por outra pessoa. Pios ainda, imagina se ela vai pra casa e pega a tal Sabrina lá. Cara, aí nós podemos encomendar seu funeral!

- Não me assusta, delegado! Mas eu sei que você tem razão. Eu sei, o vacilo foi meu, deveria ter te ligado. Merda! Eu deveria ter contado pra Manu há muito tempo. – Bufei e pensei por um momento. – Agora ferrou tudo. Ela vai me deixar, Bonfim! Ela vai me deixar e eu não vou aguentar. – O desespero tomou conta de mim.

- Ei, Flávio! Calma! Vamos resolver as coisas com calma. Primeiro a gente se livra da mulher no seu apartamento, depois você tenta se explicar com a Manuzinha. – Bonfim tinha toda razão.

- Verdade! Vem comigo, me ajuda a colocar a Sabrina pra correr e depois eu penso em como me explicar pra baixinha. A baixinha não pode pegar a Sabrina no apartamento. – Falei já indo em direção a porta.

- Você se enrolou com essa mentira, Flávio. Não vai prestar. – Bonfim me alertou, como vinha fazendo há tempos e eu sabia que já deveria tê-lo escutado.

- Eu já nem sei mais o que fazer, Bonfim. Mas eu sei que eu tenho que tirar aquela vadia da minha casa. E rápido! – Falei sentindo o desespero crescer.

- Por acaso agora você compartilha mulheres, Flávio? – Quanta audácia dessa mulher! Eu quis voar no pescoço dela, mas o Bonfim discretamente me conteve e passou a minha frente se colocando entre nós.

- Moreno, aquele dia eu até pensei que ela fosse decente! Mas vejo que me enganei. – Bonfim falou comigo e depois se dirigiu à Sabrina. – Não, querida, nós não compartilhamos mulheres, mas ainda que compartilhássemos você não faz o meu tipo e com certeza não faz o tipo do Moreno, pelo menos não mais. – Bonfim a olhou com desdém. – Sabe como é, nada contra, mas nós não gostamos das vadias. – Eu quis rir, já tinha visto o Bonfim encarnar a figura do delegado que passa por cima de qualquer um que o incomode com arrogância e grosseria, mas dessa vez seria bem divertido, então resolvi deixá-lo conduzir a situação.

- Quem você pensa que é, seu merda? – Sabrina baixou o nível. Ela era uma barraqueira nata, escandalosa e boca suja, mesmo tendo sido criada em uma boa família e frequentado as melhores escolas, isso era da personalidade dela, que ela até tentava esconder atrás da figura de mulher elegante, mas perdia a linha muito fácil.

- Meu deus, Moreno, que mulherzinha vulgar! Olha, eu já vi prostitutas mais decentes na delegacia. – Bonfim lastimou e com toda a calma voltou a falar com a Sabrina. – Vamos, vadia, se veste e vamos conversar lá na sala. Ou se você preferir, tem uma viatura esperando lá embaixo e podemos ir resolver esse caso na delegacia.

- Não fala assim comigo. – Sabrina elevou a voz. Mas uma voz mais alta que a dela foi ouvida atrás de mim.

- Olha só, mais uma vadia que acha que pode tocar no que é dos outros! – Melissa surgiu na porta do quarto e eu fechei meus olhos sentindo a alma sair do meu corpo. Agora a chapa ia esquentar. – Por que essa vadia ainda está de lingerie no seu quarto, Moreno?

Eu simplesmente não conseguia responder, foi como se eu tivesse ficado mudo. Relutantemente abri os olhos e vi a Manu ao lado da Melissa, olhando a cena com desprezo. Atrás delas estavam todos os nossos amigos.

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