Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 512

“Flávio”

Cheguei no trabalho das garotas o mais rápido que pude, minha baixinha ficou surpresa ao me ver por ali tão cedo.

- Delegado, ainda falta mais de uma hora para dar o meu horário aqui. – Ela se levantou e me abraçou, mas logo se afastou.

- Eu conheço esse perfume, Flávio, e não é seu. – A baixinha me olhou parecendo ficar chateada.

- É, você conhece, por isso estou aqui tão cedo. – Eu já estava preocupado antes, agora vendo a carinha da Manu eu estava começando a ficar em pânico. – Eu estive com a Sabrina. Mas, por favor, me escuta.

- Claro que eu vou te escutar. Mas eu quero saber bem direitinho por que o perfume dela está impregnado em você. – A baixinha falou e se sentou em sua cadeira me encarando.

- É que... – Eu estava prestes a começar a falar quando o Patrício saiu da sala parecendo distraído. – Não cumprimenta mais os amigos, Patrício?

- Ah, oi, Moreno. Desculpa, estou andando muito distraído. – Patrício me estendeu a mão.

- É, estou sabendo. Algo em que eu possa ajudar? – Eu sabia que ele estava assim porque estava tendo problemas com a namorada.

- Por enquanto não. Eu preciso ir, depois a gente se fala. – Ele se despediu e foi para o elevador. Assim que a porta se fechou eu olhei para a baixinha.

- Ele ainda não se lembrou da Lisa? – Perguntei achando estranho ele não ter reconhecido a minha irmã.

- Ainda não. Agora senta e começa a falar. – A baixinha não estava pra conversa.

- Baixinha, a Sabrina me ligou dizendo que precisava de mim. Eu não quis ouvi-la e desliguei o telefone, aí ela me mandou essa foto. – Mostrei a foto da Sabrina sentada no parapeito da janela para a baixinha.

- E aí o delegado Moreno foi lá bancar o herói? – A baixinha estava ficando brava.

- O que você queria que eu fizesse? – Minha pergunta foi para ela entender que não tinha o que fazer.

- Ligasse para o hotel, para os bombeiros, mandasse uma viatura policial, mas você não precisava ter ido pessoalmente. – Manu me olhava desafiadoramente.

Sim, eu poderia ter feito qualquer uma das coisas que ela sugeriu, provavelmente seria o mais sensato, mas na hora eu só pensava na primeira vez que a Sabrina fez isso quando ainda éramos namorados.

- Ih, o clima tá pesado hoje, hein?! – Rick apareceu na porta da sua sala.

- Está mesmo, Rick. E olha a cara de culpado do meu irmão. O que você aprontou agora, maninho? – Eu não precisava da Lisa querendo saber o que eu havia aprontado.

- Eu, se fosse vocês dois, me preocuparia com o dia que o Patrício descobrir que vocês estão ocultando a sua identidade dele, irmãzinha. Ele vai ficar puto! – Respondi para tirar aqueles dois do meu pé.

- Nesse dia eu estarei desempregada, mas até lá eu vou aproveitar o meu emprego. – Lisandra respondeu e se sentou. – Vem, Rick, vamos ouvir o que o meu irmão aprontou.

- Ele foi ver a ex! – Manu falou sem humor olhando fixamente pra mim. O Rick se apoiou na mesa com a mão na boca e a Lisa farejou o perfume na minha roupa.

- Você deixou aquela mulher nua amarrada em cima da cama? – Rick riu. – Essa mulher não tem dignidade nenhuma.

- Flávio, você vai sair daqui agora e vai pra casa. – Manu finalmente falou, mas foi para me mandar embora.

- Manu... – Eu estava pronto para me arrastar no chão por ela.

- Escute! – Ela ergueu a mão para que eu me calasse. – Eu te escutei, agora você me escuta. Você vai pra casa, vai tirar essas roupas e jogar no lixo, porque esse perfume não vai sair da sua roupa. Depois você vai tomar um banho e tirar qualquer vestígio daquela oferecida do seu corpo. E vai me esperar lá, quietinho. Entendeu?

- Manu, por favor, não fica chateada comigo. – Eu estava preocupado, ela não parecia contente e certamente ficaria chateada comigo, ou pior.

- Entendeu, Flávio? – Ela insistiu.

- Entendi. – Eu entendi que ela conversaria comigo na privacidade da nossa casa. – Mas vocês não estão de carro, eu volto para buscar...

- Não precisa, Flávio, eu levo as garotas. – Rick respondeu sério. – Vai, faz o que a Manu pediu e espera em casa para vocês conversarem.

- Está bem, eu vou te esperar em casa, baixinha. – Tentei me aproximar dela, mas ela se afastou.

- Não toque em mim fedendo ao perfume dela. – Manu reclamou e me apontou o elevador.

Me senti um garoto sendo mandado para o castigo, mas fiz exatamente o que a baixinha pediu, saí do escritório e fui pra casa, jogar as roupas fora e tomar um longo banho para tirar qualquer vestígio da Sabrina de mim.

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