Entrar Via

Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 539

“Flávio”

Voltei para a delegacia com a Olívia, nós abriríamos as caixas que ela trouxe lá, já que a Manu estava em casa. Mas eu ainda estava furioso pelo que aconteceu com a baixinha. E irritado por ela não entender que nos casar resolveria muita coisa.

- Você está irritado porque a Manu não aceitou se casar, não é? – Olívia perguntou.

- É, estou. É tão difícil assim para ela entender? – Perguntei, mas eu nem esperava uma resposta.

- Olha, Flávio, sua idéia é boa, mas você fez do jeito errado. Uma mulher espera ser pedida em casamento de um jeito romântico, com o cara dizendo que quer se casar com ela porque quer passar o resto da vida ao seu lado, pois ela é o amor da sua vida, não porque quer evitar que mãe maluca dela a case com outro. – Olívia riu. – Vocês homens são muito pragmáticos. Nós mulheres gostamos de romance.

- Eu a amo, Olívia, isso deveria bastar. – Reclamei.

- E basta. Tanto basta que ela está morando com você. Mas você precisa dar ela os motivos certos para se casar e não porque vai resolver os problemas. – Olívia estava certa, mas como eu convenceria aquela baixinha teimosa?

Estacionei na delegacia e peguei as caixas. Fui com a Olívia para a minha sala e entreguei uma caixa para ela e fiquei com a outra. Comecei a vasculhar. Haviam alguns objetos que me pareciam inúteis. Algumas pastas com documentos da empresa da família da Manu que me chamaram a atenção, uma pasta com documentos de uma conta bancária e o extrato ali mostrava que havia um bom dinheiro nessa conta. Mostrei a Olívia.

- Esse não é o banco que tem na nossa cidade, mas na cidade que buscamos essas coisas tem um, provavelmente seja de lá. – Olívia explicou.

Olhei mais alguns objetos e nada. Peguei um álbum de fotos antigas e comecei a olhar. Estava organizado com nomes, locais e datas. Em todas as fotos estavam a falecida empregada e a tal Fofa, que a irmã da falecida havia falado ser a amiga. As fotos eram de péssima qualidade, mas a tal Fofa tinha algo de familiar, eu só não conseguia saber o quê.

- Achei, Flávio! – Olívia segurava uma pasta nas mãos. – As páginas arrancadas do diário.

- Finalmente! – Olhei para a Olívia satisfeito. – Vamos ler.

Deixamos o resto dos objetos de lado e começamos a ler aquelas páginas. A medida que eu lia, eu ficava mais e mais chocado com a história que aquelas páginas contavam. Quando terminamos de ler, Olívia e eu estávamos sem palavras.

- Que horror, Flávio! – Olívia tinha lágrimas nos olhos. – Como alguém pode ser tão ruim assim?

- Olívia, eu já vi tanta coisa que isso nem me surpreende, mas me deixa louco só de pensar em como isso vai impactar a Manu. – Respondi já pensando em como a Manu ficaria quando descobrisse aquilo tudo que estava ali.

- É, aqui está claro que a filha que a minha sogra esperava morreu no parto. Então a Manu não é irmã do Camilo, já que a Rita nem esteve grávida. – Olívia balançou a cabeça.

- A Manu deve ser a criança que a enfermeira contou para o Breno que a mãe vive dizendo que foi roubada. Nossa, isso vai ser uma bomba pra ela. – Eu não sabia o que fazer. – Eu já estou arrependido de ter remexido nessa história.

- A Manu não pode saber, Flávio, pelo menos não antes de sair esse DNA e a gente conversar com o meu sogro. – Olívia tinha razão. Mas seria um inferno esconder isso dela por mais tempo.

- Não sei, Olívia. Eu já quase perdi a Manu uma vez por esconder coisas dela. Eu não posso esconder isso, é muito grave. – Respondi.

- Vamos ligar para o Camilo, pedir a opinião dele, eu acho importante. – Olívia tinha razão. Eu concordei e ela fez a vídeo chamada.

- Oi, Oli, você ainda está com a minha irmã? – Camilo atendeu, mas parecia prestar atenção em outra coisa.

- Camilo, larga o que você está fazendo e olha pra mim. Tem alguém aí com você? – Olívia estava aflita.

- Não, Oli, estou sozinho. Ah, oi, Flávio. Como a Manu está? – Camilo tirou os olhos dos papéis que olhava.

- Está em casa com a Melissa. Está bem, dentro do possível depois do que aquela mulher fez com ela hoje. – Respondi.

- Camilo, achamos as páginas que faltavam do diário e mais um monte de coisas. – Olívia se apressou.

- Ele tem razão, Câmi! – Olívia adoçou a voz ao falar com o marido.

- Camilo, você... – Ouvimos a voz do Sr. Orlando, ele havia acabado de entrar na sala do filho. – Filho, você está bem?

- Pai... – Camilo olhou para o pai meio atordoado, respirou fundo e tentou se recompor. – Nós precisamos ir ver a Manu.

- Por quê, filho? Sua irmã está bem? – O Sr. Orlando ficou aflito pela filha.

- Está, mas nós precisamos ir. – Camilo não conseguia explicar ao pai porque precisavam se juntar a Manu.

- Camilo, eu não estou entendendo... – Sr. Orlando parecia mesmo confuso.

- Sogro! – Olívia chamou. – A Manu está bem, mas ela precisa de nós agora. Por favor, venham hoje ainda, ela precisa sentir que tem a nós.

- Oli, querida, eu ainda não entendi o que você foi fazer aí. E agora não estou entendendo porque temos que ir assim tão rápido. – O Sr. Orlando queria explicações e eu não o culpava.

- Sogro. – Foi a minha vez de tentar convencê-lo. – Eu quero que vocês venham. É importante pra Manu se sentir protegida. Ela fica feliz quando vocês estão com ela e o que ela passou hoje foi muito forte, muito difícil.

- Ah, meu filho, você tem razão. Quer saber, nós vamos agora mesmo! – O Sr. Orlando decidiu e a Olívia respirou aliviada.

- Ótimo! Camilo, estou esperando por vocês aqui na delegacia, Olívia está comigo. – Falei e nos despedimos.

Encerrei a chamada e a Olívia respirou fundo. As coisas estavam prestes a tomar um rumo muito diferente.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque