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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 602

“Flávio”

Fiquei um tempo com a minha baixinha em meus braços, em completo silêncio, apenas a sentindo junto a mim. Mas ela precisava descansar e eu também.

- Vamos pra cama, baixinha, amanhã é feriado, mas você tem um batalhão de hospedes para entreter. – Ela sorriu e me encarou.

- Acho que precisamos de uma casa maior. – Ela sugeriu com um sorriso encantador.

Eu a observei com cuidado, aquela sugestão significava que ela iria querer ter a família por perto. Mas significava que ela estava mesmo disposta a um futuro comigo.

- Você quer uma casa maior? – Perguntei cauteloso e ela fez que sim.

- Olha, temos os seus pais e os seus irmãos e o meu pai e o meu irmão, imagina quando reunirmos todos? Eu gostaria muito de ter almoços de domingo em família, como a Hebe, irmã do Heitor faz. Gostaria de reunir os amigos, como a Cat e o Alessandro. E gostaria de ter filhos um dia, como a Sam e o Heitor.

- Filhos? Como a Sam e o Heitor e a Cat e o Alessandro? – Ela acendeu uma esperança em meu coração.

- Eu disse como a Sam e o Heitor, não como a Cat e o Alessandro, aqueles dois tem cinco crianças, aquilo é uma creche! – Ela revirou os olhos e eu achei a coisa mais linda.

- Como você quiser, baixinha! Do jeito que você quiser! Desde que você continue comigo.

- Eu vou ficar com você pra sempre, grandão! – Ela me deu um beijo doce e cheio de promessas. – Agora vamos pra cama que tem duas cunhadas me esperando pra fofocar.

Eu não pude deixar de rir, as garotas deviam estar mesmo ansiosas.

Na manhã seguinte, me levantei sentindo o cheiro do café recém passado. Cheguei a sala de jantar e havia uma mesa posta digna de um rei. Havia de tudo, inclusive o bolo de cenoura que a baixinha fazia e que era o melhor que eu já havia comido. Fui até a cozinha e a encontrei de pés no chão, passando o café e cantarolando uma música que não identifiquei. A abracei por trás e dei um beijo em seu pescoço.

- Não dormiu? – Perguntei em seu ouvido.

- Não. Eu sinto sua falta. – Ela terminou de preparar o café e se virou para me abraçar.

- Eu também sinto a sua. Temos que comprar a casa nova logo. – Ela estava com a cabeça apoiada no meu peito e eu senti o seu sorriso.

- Isso significa... – Eu sabia o que ela queria perguntar e apenas fiz que sim.

- Bom dia, filhos! – Minha mãe se virou pra nós e sorriu, parecia com o ânimo renovado. – Querida, os outros já estão à mesa.

Na sala de jantar encontramos a Paula, a Lisandra e o meu pai, esperando para o café da manhã. Meu pai se levantou e deu um beijo na face da Manu.

- Manu, a que horas você se levantou para fazer tudo isso? – A Paula perguntou.

- Eu acordo cedo, Paula. É um hábito. E eu adoro preparar a mesa para a família. Minha avó me ensinou muitas coisas, entre elas que alimentar as pessoas é o maior gesto de amor que podemos ter, quando preparamos uma refeição e alimentamos alguém, significa que essa pessoa é importante para nós. Ela dizia que podemos comprovar isso vendo a mãe que alimenta o filho em seu próprio seio, dando a ele vida através do alimento que vem de si mesma, num gesto supremo de amor e cuidado. – Manu sempre lembrava da avó e dos ensinamentos, agora explicava mais um e eu imaginava o quão especial a avó dela era.

- Que lindo, Manu! – Minha cunhada estava até um pouco emocionada.

- Esta é a primeira refeição que eu ofereço a essa família. – Manu olhou para os meus pais. – Vocês são importantes para nós e são bem vindos em nossa casa. Esse é o meu gesto de fé, boa vontade, respeito e carinho para vocês.

Minha mãe se emocionou com as palavras da Manu. Meu pai, que estava sentado ao seu lado, se virou para ela e se curvou, pegando suas mãos e depositando um beijo em cada uma.

- Você agora é a nossa filha. – Meu pai mostrou que se rendeu a Manu. Ele fez isso apenas uma vez antes e foi quando recebeu a Paula na família, quando o meu irmão a pediu em casamento. Isso, para mim, tinha um significado maior do que ele poderia imaginar.

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