Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 721

“Patrício”

Talvez a minha pergunta tenha pegado os meus amigos de surpresa ou talvez eu fosse um idiota que não soubesse diferenciar amor de atração. Mas eu precisava saber como ter certeza, como eu saberia que era ela a mulher certa, aquela com quem eu iria querer passar o resto da vida, a que faria o meu estômago gelar e por quem eu ficaria ansioso, a que seria a dona dos meus olhos e do meu coração?

- Eu acho que eu não entendi! – O Rick me olhava como se eu falasse em outro idioma.

- Por que da pergunta, Patrício? O que aconteceu? – Alessandro me perguntou.

- Aconteceu tudo e não aconteceu nada. – Se eu estava confuso, imagina eles. – Eu sinto que eu quero ficar com ela e quando ela está longe eu morro de saudade. Eu estou muito encantado por ela, mas é totalmente diferente daquilo que eu senti pela Virgínia. Até o sexo com ela é diferente, me faz sentir coisas diferentes.

- Calma, Patrício! Organize as idéias, meu irmão! – Alessandro tinha um sorrisinho no rosto. – Eu descobri que a Catarina era a mulher da minha vida quando eu a mandei embora. Vocês se lembram disso? Eu sofri como um condenado, nada mais me importava e ficar longe dela era como se eu estivesse sendo torturado, eu sentia dor o tempo todo.

- Cara, isso já faz tempo! – O Rick riu.

- É, já faz tempo! – O Alessandro concordou. – Patrício, não tem muito como explicar, você vai se dar conta no momento certo. É como se uma chave virasse dentro de você e você se desse conta de que quer ficar com essa mulher por toda a vida.

- É, pelo que o Flávio já me falou, foi mais ou menos assim com ele também. – Me lembrei de quando o Flávio se apaixonou pela Manu, ele disse em algum momento que foi diferente de tudo o que ele já havia sentido antes.

- Irmão, fica tranquilo, você vai perceber quando menos esperar. Mas se eu tivesse que apostar, eu apostaria a minha mão direita que a Lisandra é a mulher da sua vida! – O Alessandro sorriu pra mim.

- Por que você acha isso? – Perguntei.

- Patrício, a forma como você olha pra ela, como se seu mundo começasse e terminasse nela. A forma como você sorri pra ela, como se ela fosse o ser mais importante do universo. Mas, principalmente, a forma como você olhou para ela na casa do Alessandro naquele dia, logo depois que vocês começaram a ficar juntos, quando nós chegamos e você a viu brincando com o Augusto e não se deu conta de que haviam outras pessoas ao seu redor, você só tinha olhos para ela. – O Rick explicava didaticamente e eu sorri me lembrando daquele dia, ela estava tão linda!

- E por causa desse sorrisinho aí, que me faz ter certeza de que você está pensando nela, em como ela é linda e perfeita! – Alessandro apontou para o meu rosto.

- Mas ela é linda e perfeita! – Eu respondi e então me dei conta do que eles estavam falando e de como eles tinham razão. Eu já estava me apaixonando por ela.

- Sorte sua! É ela, Patrício! Eu não tenho dúvida. – O Rick riu e o meu sorriso ficou maior.

- Isso é bom, então! Obrigado, meus amigos! – Concordei com o ânimo renovado e cheio de esperança. – Senhores, jantar lá em casa hoje. Todo mundo. – Avisei e me coloquei de pé. – Agora eu vou ali na minha sala ver o que a minha assistente anda fazendo.

- Sei, bem o que você vai fazer! Até parece que eu não passei por isso. – Alessandro riu. – Tranquem a porta. – Ele falou antes que eu saísse da sua sala.

Passei pela mesa da Manu e ainda estava sorrindo. Ela apenas me olhou de forma complacente. Entrei na sala da Lisandra e ela estava atenta ao que fazia no computador. Eu me abaixei atrás dela e dei um beijo atrás da sua orelha, ela tombou a cabeça, me dando mais acesso ao seu pescoço.

- E acabaria vendo o que não queria. Anda, Flávio, deixa de ser ranzinza. Eu estou feliz, sua irmã está feliz. – Olhei para a Lisandra. – Ou não está, meu doce? – Ela sorriu e me abraçou.

- Muito feliz, cariño! – Ela apoiou a cabeça em meu peito e eu beijei a sua testa.

- Viu?! – Olhei de novo para o Flávio.

- Ah, mas olha que lindos! – Minha mãe falou, ela vinha da cozinha com a dona Inês. – Eu vou tirar uma foto. – Minha mãe tirou uma foto minha e da Lisandra, nós estávamos abraçados, ela apoiava a cabeça em meu peito e eu beijei a sua testa de novo.

- Mãe, me manda essa foto, por favor. É a nossa primeira foto juntos, meu doce! – Falei com a Lisandra e minha mãe estava mais do que empolgada por tirar aquela foto.

- Até parece que vocês não tem milhares de fotos juntos. – O Raul reclamou.

- Não como namorados, cunhado. – Expliquei o que ele já devia saber.

Peguei meu celular no bolso, sem deixar que a Lisandra se afastasse do meu abraço e olhei a foto que minha mãe tirou, era perfeita, mostrei para a Lisandra e ela sorriu. Minha mãe tirou duas fotos, na primeira nós estávamos abraçados sorrindo e eu olhando para ela. A segunda foi no momento em que eu beijei a testa da Lisandra, ela havia fechado os olhos, como se quisesse absorver cada sensação dos meus lábios em sua pele. As duas ficaram boas, mas a segunda, parecia um momento íntimo e cheio de carinho. Eu gostei muito. A coloquei como tela de fundo do meu celular, agora eu poderia olhar pra ela sempre, mesmo que ela não estivesse por perto.

Durante todo o tempo em que estivemos em minha casa eu mantive a Lisandra perto, não me descuidei dela nem por um minuto, não permiti que ela fugisse para a cozinha. Ela sorria e conversava tranquilamente, parecia mais relaxada por estar ali e eu fui relaxando com o passar do tempo. Mas nós não tivemos nem um momento a sós e eu já estava sentindo falta dos seus beijos, de modo que, assim que voltamos para o escritório, eu a levei direto para a minha sala.