Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 731

“Patrício”

Depois que deixei a Lisandra no escritório eu voltei pra casa e passei a manhã trabalhando com o meu pai. Desde que fui trabalhar com o Alessandro eu mantenho uma função nas empresas do meu pai que eu exerço virtualmente, é mais como se eu só ficasse de olho para me certificar de que tudo está funcionando. Eu tenho assento no conselho e participo de todas as reuniões de forma remota. Mas algumas vezes o meu pai precisa que eu examine a papelada, que verifique balanços, coisas do gênero, e para isso nos reuníamos.

Quando minha mãe nos avisou que era hora do almoço nós estávamos encerrando a nossa pequena reunião. Saímos do escritório no exato momento em que o Flávio estava chegando.

- Patrício, você sabe o que a minha irmã tinha pra fazer que ela precisou da minha esposa hoje? – O Flávio me perguntou depois de cumprimentar a mim e ao meu pai.

- Flávio, tudo o que eu sei é que a Lisandra e a Manu iam almoçar com a Mel. – Respondi e o Flávio abriu um sorriso.

- A maluca está envolvida? – Ele perguntou.

- Sim, a Lisandra me disse que não viria para o almoço e almoçaria com a Manu e a Mel. Por que?

- Ah, cunhado, se a maluca está envolvida, minha esposinha linda deve estar armando uma surpresinha pra mim. Sempre que ela me faz uma surpresa a maluca se envolve e dá umas idéias. – O Flávio tinha um sorriso bobo no rosto.

- Ou talvez quem vá receber uma surpresinha seja eu, meu amigo! – Sorri e o Flávio me encarou.

- Minha irmã não vai fazer surpresinha pra você do tipo que a minha esposa faz pra mim. – O Flávio estava sem humor e eu não aguentei.

- Sei não! Hoje de manhã ela me fez uma surpresinha deliciosa no apartamento! – Impliquei com o Flávio, mas estava me lembrando de como a Lisandra se entregou pra mim essa manhã, contra a parede do closet.

- Eu não preciso dessas imagens na minha cabeça, Patrício! – O Flávio me encarava emburrado.

- Ah, cara, mas eu preciso delas na minha. – Eu ri e fomos em direção à mesa.

Depois do almoço, eu já estava me preparando para ir para o escritório, mas recebi uma mensagem da Lisandra pedindo que eu esperasse por ela em minha casa. Achei estranho, mas confirmei que a esperaria.

- O que foi, Patrício? – O Flávio percebeu a minha expressão para o celular.

- A Lisandra pediu para eu esperá-la aqui. – Então uma idéia surgiu na minha cabeça e eu ri. – É, acho que a Mel estava mesmo ajudando a minha namorada com uma surpresinha.

O Flávio me encarou como se quisesse arrancar a minha cabeça. E eu caminhei rindo para a sala. Vinte minutos depois escutei o ronco de um motor e uma buzina do lado de fora da casa. Aquilo chamou a minha atenção. A buzina soou mais uma vez. Logo o Romano surgiu com um sorriso.

- Patrício, a Lisa chegou, acho melhor você ir encontrá-la. – O Romano me avisou. Era estranho ela não ter entrado ainda.

Me levantei e fui em direção a porta. Saí de casa e vi a Lisandra parecendo uma atriz de cinema dos anos cinquenta, na direção de um carro conversível, com o xale que eu trouxe da Espanha para ela sobre os cabelos, óculos escuros, o cotovelo apoiado na porta do carro e a mão sob o queixo. Ela exibia um sorriso enorme e brilhante. Eu olhava para ela fascinado, era perfeito, ela era perfeita!

Ela desligou o carro e saiu dele com graça e desenvoltura e veio até a mim, parando bem em minha frente.

- Sua carruagem veio te buscar, cariño! – Ela colocou a mão no meu rosto. Meu sorriso era tão largo quanto o dela.

- Me explica de onde saiu esse esportivo conversível. – Pedi sorrindo.

- Comprei! Me rendi aos carrinhos de brinquedo, desempenho superior, melhor dirigibilidade, mais potência. – Ela respondeu com uma felicidade que era contagiante. – Sem contar que eles tem um design lindo e diferenciado. – Ela passou o dedo indicador sobre o meu peito.

- Devo ficar com ciúme do seu novo brinquedinho, meu doce? – Não resisti e passei os braços por sua cintura.

- Não, não deve, ele só me faz lembrar você, foi só por isso que eu o comprei.