“Patrício”
A noite que a Lisandra me deu foi surreal! Ela era perfeita, linda demais, um anjo que eu ousei cobiçar. Enquanto ela dançava naquele pole dance, subindo e descendo, o meu coração ia sendo condenado. O que aquela mulher estava fazendo comigo? Ela não me deu escolha, eu não tinha para onde fugir e de repente meu peito ficou pequeno demais para tudo o que eu estava sentindo. E o que eu estava sentindo? Isso não era paixão. Era tão diferente. Era algo que eu não havia sentido antes. Era outra coisa, algo que me assustava.
Ela dormiu tranquila no meu peito e eu não consegui pregar os olhos, meus pensamentos estavam disparados em minha mente. Logo que o dia começou a clarear eu me levantei com cuidado, me vesti e saí do apartamento. Eu precisava pensar, mas quanto mais eu pensava, mais eu me desesperava.
Peguei um taxi e fui parar na praia. Porto Paraíso era uma cidade litorânea, mas eu quase não ia à praia. Então eu me sentei num banco ali diante do mar e eu nem tenho idéia de quanto tempo eu fiquei ali. Num dado momento eu fui me sentar num restaurante que tinha uma varanda de frente para o mar e eu passei mais um bom tempo ali olhando para o oceano, que parecia escuro e agitado.
Enquanto eu olhava o quebrar das ondas na praia, meu celular tocou no bolso da minha calça, era uma chamada do celular pessoal do Alessandro, eu precisava atender.
- Oi, irmão! – Atendi a ligação e estava torcendo para não ter acontecido nenhum desastre na empresa que precisasse que eu estivesse lá nesse momento.
- Irmão, como você está? – Foi a primeira coisa que o Alessandro me perguntou.
- Cara, não sei. – Respirei fundo.
- Do que você precisa? – Alessandro perguntou e eu me surpreendi, como ele sabia que eu precisava de algo?
- Como você sabe?
- A Lisa falou para o Rick que eu te pedi para atender um cliente. Nós dois sabemos que isso é mentira, mas eu acho que ela não sabe, embora o Rick esteja apostando que ela desconfie.
- Merda! Como ela está? – Eu não queria mentir pra ela, mas eu não sabia o que dizer. E agora eu não queria que ela se sentisse mal.
- Sinceramente, não sei. Ela está trabalhando e pelo que vi quando passei pela sala dela, ela resolveu fazer o trabalho de um ano em um dia.
- Alê, eu precisei me afastar pra pensar. – Acabei confessando ao meu amigo tudo o que aconteceu na noite anterior e tudo o que vinha acontecendo desde que a Lisandra se tornou a minha assistente.
- Meu amigo, do que você está fugindo? – O Alessandro tinha razão eu parecia estar sempre fugindo dela.
- Eu tenho medo, Alessandro, de não me recuperar uma terceira vez. – Era verdade, eu sentia que não sobreviveria se me entregasse mais uma vez e voltasse a ser abandonado.
- Patrício, da primeira vez você precisou recuperar o seu ego e não o seu coração. E eu entendo, afinal, você foi deixado quase no altar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......