“Patrício”
Como era bom esse sentimento que a Lisandra me despertava! E era maravilhoso parar de remar contra a corrente, aceitar que eu a amava e poder dizer isso pra ela. Eu nunca havia experimentado nada assim antes, nenhum sentimento tão forte, tão definitivo, que nada poderia mudar. E ela já havia deixado claro há muito tempo o que ela sentia por mim, eu era correspondido na mesma intensidade e ela nunca teve medo de dizer que me amava.
Amor! Agora eu dizia que a amava com tanta segurança, porque eu sabia que não eram palavras ditas a esmo ou ditas no calor de uma emoção e nem mesmo no auge da paixão fugaz e passageira. Era amor, aquele que vem, chega sem avisar, assusta demais por causa do seu tamanho, mas não vai embora nunca mais.
Eu puxei a Lisandra de volta para dentro do quarto e só me afastei dela por um breve momento, só para fechar a porta e as cortinas. Depois eu a levei para a poltrona e me sentei ali com ela.
- Pra você! – Puxei a caixa de presente para perto dela. – Pensando melhor, é pra gente!
- E o que seria? – Ela olhou a caixa com curiosidade, ainda estava com os olhos úmidos das lágrimas que derramou.
- Abre. Eu espero que você goste.
Ela desfez o laço com cuidado e os balões que estavam presos ali subiram para o teto do quarto, ela riu observando os balões e me encarou.
- Você é meio exagerado! – Seu tom era de pura diversão.
- Ah, você acha? Mas o que te fez pensar isso, o pote de sorvete ou o fato de eu ter te carregado no colo? – Brinquei com ela e o seu sorriso ficou ainda maior.
- Com certeza não foi o espetáculo de fogos que você preparou. – Ela deu uma gostosa gargalhada.
- É muito bom te ver sorrir. – Ajeitei uma mecha do seu cabelo com os dedos. – Abre o presente.
Ela tirou a tampa da caixa e olhou o conteúdo. Dentro haviam dois conjuntos de lingeries, um branco e um vermelho, uma minúscula saia branca pregueada e uma blusinha indecente que ela não usaria fora do quarto e uma sandália de saltos altíssimos também branca.
- Você quer que eu dance? – Ela me perguntou sem tirar os olhos do conteúdo da caixa.
- Ah, eu quero muito! – Respondi animado e ela deu um sorrisinho.
- Você gostou? – Ela perguntou e me pareceu um pouco insegura.
- Foi a coisa mais linda e mais sexy que eu já vi na vida! – E era verdade.
- Mas você já deve ter visto muitas mulheres dançarem no pole dance... – Havia um toque de dúvida em sua voz.
- Muitas, sim. Mas nenhuma como você! – Seus olhos encontraram os meus. – Você parecia um anjo voando naquela barra. Eu quero ver de novo e eu quero ver muitas vezes!
Ela me olhava como se saboreasse cada palavra que eu disse. Sua respiração estava levemente mais rápida e ela passou a língua para umedecer os lábios. Eu coloquei a mão em sua nuca e a puxei para um beijo.
- Eu danço para você todas as vezes que você quiser! – Ela falou com os lábios ainda próximos aos meus.
- São de alegria! Eu não consigo evitar. – Ela estava agarrada ao meu pescoço.
- Então acho que nem devo deixar você ver o último presente. – Instiguei sua curiosidade. Ela se afastou imediatamente de mim.
- Último presente? – Eu fiz que sim com a cabeça. – Onde está?
- Olha a caixa do álbum, meu doce.
Ela olhou e viu uma caixinha branca no fundo, não era grande e passou despercebida quando ela tirou o álbum. Ela a pegou e examinou antes de abrir. Então eu segurei a caixinha em suas mãos e a impedi de abrir, ela me olhou confusa.
- Lisandra, é pra toda a vida, não é? – Eu sabia que sim, mas queria que ela entendesse o quanto significava pra mim antes de abrir aquela caixa. – Porque eu não vou sobreviver se não for.
Eu a olhei como se suplicasse por uma confirmação, procurando em seus olhos qualquer dúvida ou medo que ela ainda tivesse. Ela encostou a testa na minha e respirou fundo.
- Cariño, sempre foi para toda a vida! Eu fui feita pra você! E eu só posso amar você! E não há nada, ninguém, além de você que possa me fazer feliz. Você é o meu mundo, Patrício, sempre foi! Eu te amo pra sempre!
Com isso ela tirou qualquer partícula de medo ou dúvida do meu coração. O meu felizes para sempre me encontrou e eu não poderia pedir mais nada da vida. Eu suspirei, um suspiro de alívio e ao mesmo tempo de contentamento e alegria.
- Posso abrir? – Ela perguntou cheia de vida. Eu fiz que sim e observei a sua empolgação para abrir aquela pequena caixa branca.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......