Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 780

“Lisandra”

Eu estava muito animada com o meu sábado, principalmente depois da declaração de amor maravilhosa que o Patrício me fez logo ao acordar. Ele era mais perfeito do que eu tinha sonhado! Pena que ele teve que sair, mas o Rick estava precisando dos amigos e os dois estavam sempre indo ao clube jogar tênis.

Eu aproveitei a minha manhã com a Wanda, nós estávamos organizando o almoço do dia seguinte, o Patrício havia convidado a todos os amigos para o almoço e seria muito divertido. A Wanda e o Romano estavam animados com isso também e me contavam histórias de outras vezes que o Patrício reunia os amigos.

O interfone tocou e o Romano, depois de atendê-lo, foi até a porta da frente. Quando voltou eu não acreditei em quem havia chegado. E sozinho!

- Oi, gata! Eu estava meio entediado em casa, então resolvi vir atormentar você e o Patrício um pouco. – O Rick entrou na cozinha e me deu um beijo no rosto e depois fez o mesmo com a Wanda. – Vocês precisam de alguma ajuda para o almoço de amanhã?

Eu estava olhando para o Rick, totalmente confusa, sem saber o que pensar.

- Cadê o Patrício? – Foi tudo o que eu consegui dizer.

- Não sei... – O Rick me respondeu meio inseguro. – Eu deveria saber?

- Deveria! Deveria sim! – Eu fui tomada por uma raiva quase incontrolável. Se o Patrício achava que podia me fazer de idiota, ele estava muito enganado.

- E por que eu deveria saber? – Agora o confuso era o Rick.

- Porque, pelo que eu sei, ele está no clube com você! – Falei e cruzei os braços, mas pelo canto do olho vi o Romano se movimentar para sair da cozinha. – Romano, quietinho aí! Ninguém sai dessa cozinha, ninguém liga para a avisar o Sr. Mentiroso Guzman, ninguém faz nem um movimento que seja para alertá-lo. E você, Ricardo, pode começar a me explicar, porque ele me disse que se encontraria com você.

- Co-comigo? – O Rick ficou desconcertado. – Será que eu esqueci...

- Ricardo, não me enrola! – Me levantei e caminhei em direção a ele. – Você e o Patrício não tinham marcado nada, não é mesmo?!

- É... nã... quer dizer... – O Rick estava muito confuso, como se não soubesse o que inventar. – Lisa, eu posso ter me esquecido.

- Não, você não se esqueceu! Você é como eu, praticamente uma agenda ambulante, nunca se esquece de um compromisso. – Eu o encarava como quem espera uma explicação. Mas ele não tinha nenhuma.

- Lisa, calma. Eu não sei onde está o Patrício, mas eu tenho certeza que isso tem uma boa explicação.

O Rick estava tentando me acalmar, mas era tarde demais, eu já estava bolando mil e uma teorias do caos em minha cabeça. Mas em todas as minhas teorias o Patrício havia mentido para se encontrar com uma mulher. Agora eu queria saber quem era ela.

- Ricardo, acho bom você começar a falar ou eu vou arrancar a verdade de você! – Eu fui caminhando em direção a ele e ele se afastava a cada passo que eu dava, até que ficou contra a parede.

- Que verdade, Lisa? Mulher, eu não sei do que você está falando. – O Rick me olhava confuso.

- Ah, sabe, eu tenho certeza que sabe. Com quem ele foi se encontrar, Rick?

- Lisa, eu juro que não sei! Calma! Tenho certeza de que o Patrício não está fazendo nada demais, talvez esteja te preparando uma surpresa.

- Eu não vou comer o camarão. – Olhei para ele impaciente.

- Mas você pode se confundir. – O Rick estava rindo.

- Querida, cheguei! – Ouvi a voz descontraída do Patrício vindo do corredor, muito animadinho para o meu gosto. Eu encarei o Rick com um sorriso perverso.

- Aqui na cozinha, querido! – Chamei e ouvi o seu cantarolar se aproximando. Seja lá o que ele foi fazer, ele voltou bem alegrinho.

- Oi, meu do... ce... – Eu nem me virei para encará-lo, mas pela cara do Rick eu podia imaginar a do Patrício.

- Oi, querido! Como foi o seu encontro com o Rick no clube? – Perguntei sem tirar os olhos do Rick, que, sob o meu olhar atento, não podia fazer nenhum sinal para ajudar o amigo.

- Droga! – O Patrício pestanejou baixinho.

- É... droga! Pego na mentira, querido! – Eu me virei e vi o Patrício com as mãos na cintura e olhando pra baixo, como se estivesse tentando pensar em uma boa desculpa.

Ele parecia muito culpado, tão culpado que eu cogitei até a possibilidade dele ter ido encontrar aquela ruiva. Eu me senti decepcionada. Todos ao meu redor ali estavam desconcertados. Me virei para a Wanda com calma e falei:

- Wanda, faça apenas a paella de frutos do mar. – Peguei o meu celular no balcão e saí da cozinha.