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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 787

“Lisandra”

Eu cheguei cedo para a minha consulta. Teria tempo para comer alguma coisa e eu estava morrendo de fome. O cheiro que vinha daquele pequeno bistrô estava divino e eu não resisti, mesmo sabendo que talvez fosse melhor estar em jejum para fazer alguns exames. Mas o meu estômago roncou e eu estava com uma fome que há dias eu não sentia.

Eu entrei e logo percebi uma ruiva sentada na mesa perto da janela. Ela parecia esperar alguém e me chamou a atenção porque me lembrou da ex namorada do Patrício, embora a ruiva do restaurante não fosse ruiva natural. Mas também era impossível não notar aquela cabeleira vermelho fogo.

Eu passei por ela e me sentei numa mesinha bem no fundo, quase escondida pelo balcão. O garçom se aproximou e me entregou o cardápio, mas antes que eu fizesse o pedido eu vi alguém entrar, alguém que eu conhecia bem, afinal era o meu namorado. Mas ele não tinha um compromisso com o Alessandro?

Eu observei o Patrício entrar e me preocupei, pois se ele me visse ali e soubesse que eu tinha uma consulta iria se preocupar e querer me acompanhar, mas eu não via uma maneira de passar despercebida, pois eu tinha horário marcado e se ele demorasse ali eu teria que passar por ele para sair.

Mas eu fiquei surpresa com a intimidade que a ruiva e ele se cumprimentaram. Já senti uma coisa ruim, aquilo estava estranho. Ele foi se encontrar com uma mulher que eu nunca tinha visto e aquilo não me parecia um compromisso profissional.

Fechei o cardápio e fiquei observando. Me incomodava muito o fato de ele estar ali com uma mulher, ainda por cima uma ruiva, e a forma como ele permitia que ela estivesse perto, que ela tocasse nele, aquilo era muito pessoal, até meio íntimo.

Ele parecia olhar algo e ela falava quase no ouvido dele e ele sorria. Eu estava a ponto de ir até lá e colocar um basta naquela palhaçada, mas aí eu vi o exato momento em que eles se beijaram. Foi um beijo quase indecente. Aquilo dilacerou o meu coração. Mas o que significava aquilo? Era por isso que ele andava tão estranho e cheio de mistério? Ele estava me traindo? Mas por que ele fez isso? Por que me trair? Não poderia ter terminado comigo primeiro?

Eu senti as lágrimas molharem o meu rosto e o garçom se aproximou e perguntou se eu estava bem, me arrancando do meu torpor. Então, eu me levantei e fui até a mesa deles, parei em frente aos dois.

- Imagino que o senhor não vá voltar para o escritório hoje, Sr. Guzman. – Eu o encarava, vendo em sua boca a mancha daquele horrível batom vermelho e seus olhos culpados sobre mim.

- Não, o Sr. Guzman não vai voltar para o escritório hoje. – A ruiva respondeu com ar de deboche e o Patrício simplesmente não fez nada.

Estava tudo muito claro pra mim. Ele preferia as ruivas, era óbvio. Então, por que ele não terminou comigo? Era tudo o que eu queria saber, por que me trair?

Eu saí dali depressa e quando cheguei à rua corri para o hospital, me escondi na recepção enquanto a recepcionista liberava a minha entrada e o vi passar correndo. Como todo traidor pego no flagra, agora ele correria atrás de mim para se explicar. Mas aquilo não precisava de explicação, não tinha explicação.

Eu fui para a minha consulta como quem arrasta um corpo morto em combate. Eu estava devastada, sentia como se minha vida tivesse acabado. Eu me sentei na sala de espera e respondi automaticamente as perguntas da secretária do médico, era como se eu a ouvisse num sonho, um sonho muito ruim.

Quando o médico me chamou, eu estava trêmula e alheia ao que acontecia ao meu redor.

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