Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 807

“Lisandra”

Eu abri uma pequena fenda em um dos olhos para ver a expressão da Manu. Ela me olhava com curiosidade, como se estivesse absorvendo o que eu havia dito. De repente, um sorriso brotou nos seus lábios e os seus olhos brilharam de emoção e eu abri os meus olhos mais confiante. Ela se levantou e me abraçou.

- Sua boba! Por que eu ficaria brava? Lisa, isso é maravilhoso! Nossos filhos vão ser primos e vão crescer juntos! – A Manu estava sorrindo enquanto falava. – Minha nossa, o Patrício vai surtar quando souber! Ele vai ficar muito feliz.

- Ai, Manu! Obrigada. Você é muito generosa. E eu espero mesmo que o Patrício fique feliz, porque nós nunca falamos sobre isso. – Eu suspirei.

- Deixa de ser boba, ele te ama e até eu sei que o Pat sempre quis ser pai. Ai, meu deus, eu vou ser tia! E vou ser mãe! Ai é muito lindo isso! – A Manu estava genuinamente feliz e empolgada.

- Eu espero que você continue feliz assim quando ouvir o que eu tenho pra contar... – A Olívia suspirou do outro lado da tela.

- Não me assusta, Olívia! Vocês estão bem aí? O que aconteceu? – A Manu observou a tela totalmente preocupada.

- Está tudo bem, Manu. Mas eu também tenho um segredo que só essas duas e o médico sabem. Manu, não foi planejado, mas eu também estou grávida. – A Olívia revelou receosa.

- AAAAAAHHHH! – A Manu deu um pulo e um grito, chamando a atenção de todos no restaurante. – Ai, me desculpem, me desculpem, mas fiquei emocionada! – Ela voltou a se sentar. – Minhas duas cunhadas e eu estamos grávidas ao mesmo tempo! Vocês não percebem o quanto isso é maravilhoso? Eu não poderia desejar nada melhor nesse momento, passar por isso, pelo milagre de gerar uma vida pela primeira vez, ao mesmo tempo que vocês duas. Nós vamos nos ajudar e nos apoiar, compartilhar esse momento. Isso é perfeito! Nossos filhos vão crescer juntos, serão primos, serão como irmãos! Ai, meu deus, nós precisamos de momentos perfeitos para contar isso para os futuros papais!

- Ai, Manu, você é tão generosa! – A Olívia estava se desmanchando em lágrimas e eu também me emocionei.

- Ah, isso é tão lindo! Eu vou ser a titia mais coruja do mundo! – A Melissa suspirou. – E eu já estou tendo idéias. No seu caso, Lisa, eu sei exatamente o que você pode fazer.

Meus olhos brilharam. A Melissa tinha as idéias mais extravagantes e, depois da minha noite com o Patrício, eu tinha decidido que queria dar a notícia a ele de modo muito especial.

- E o que você tem em mente? – Eu perguntei ansiosa.

- Você consegue guardar esse segredo até o próximo sábado? – A Melissa perguntou e eu a olhei sem entender.

- O próximo sábado? Por que no próximo sábado? Isso é em dois dias. – Eu perguntei sem entender, mas eu sabia que tudo o que a Melissa orquestrava tinha uma razão.

- Porque no sábado vai ser perfeito! E porque eu preciso de tempo para providenciar o que você vai precisar. – A Melissa sorriu e começou a contar sua idéia e era realmente boa. Eu gostei e nós fomos colocando tudo no papel para que depois tomasse forma, as idéias surgiram e no fim do almoço eu já tinha o momento perfeito para contar ao Patrício que ele seria pai.

Depois do almoço a Mel me levou ao apartamento e eu peguei o restante das minhas coisas, dei uma última olhada em volta, eu fui feliz ali, onde tudo começou. Eu sentiria falta desse lugar, mas eu sabia que seria feliz na minha nova casa.

Quando cheguei a escritório, vi um bilhete sobre a minha mesa. Com a caligrafia impecável e elegante do Patrício, o bilhete dizia: “Srta. Lisandra, na minha sala, agora!”. Eu ri, aquilo era uma piada. Eu dei uma batidinha leve na porta e entrei. Ele estava em uma ligação e abriu um sorriso quando me viu. Eu caminhei até ele e me sentei em seu colo.

- Mas olha que assistente atrevida, vai entrando e se sentando no colo do chefe assim. – Ele brincou quando desligou o telefone.

- Mas é que o meu chefe é um gato! – Eu brinquei e ele riu.

- Eu senti tanto a sua falta! – Ele suspirou.

- Cariño, foram só duas horas. – Eu ri.

- Estou falando dos últimos trinta e três dias. Eu estava definhando sem você. – Ele me olhou bastante sério.

- Pois não pareceu. A mim, pareceu que você andava se divertindo muito com toda aquela rabugice e implicância e todas as vezes que você gritava comigo e depois me agarrava. – Eu reclamei me lembrando dos nossos embates enquanto estivemos separados.

- Ah, com a parte que eu te agarrava eu me diverti muito mesmo. – Ele sorriu. – Agora me diz, você foi ao apartamento?