“Lisandra”
Quando eu vi o vestido sobre o banco no closet, eu sabia que o Patrício ia me fazer alguma surpresa e era óbvio que a Melissa sabia disso. Eu comecei a ficar ansiosa, e as lembranças do dia em que usei um vestido como aquele invadiram a minha mente.
Era um vestido lilás tomara que caia, com o corpete justo e atrás era todo trançado de fita lilás. A saia era ampla e de um tecido leve, tinha muitas camadas e uma fenda que ia até o alto da coxa. Todo o tecido era salpicado de brilho, como se tivesse sido jogada purpurina nele.
A sandália era de um tom mais escuro, em cetim, tinha uma tira sobre os dedos com um laço Chanel e outra tira fina que saía dela e atravessava sobre o pé até o tornozelo e fechava com uma tira fina em volta do tornozelo presa em um detalhe que subia do calcanhar. Era um conjunto lindo e eu me lembrei que eu nem cheguei à festa naquele dia, embora tenha me arrumado e esperado aquela festa com ansiedade.
Eu estava ansiosa por aquela festa porque eu estava ansiosa para que o Patrício me notasse. Mas tudo se tornou uma confusão e o que eu consegui foi que ele brigasse comigo outra vez. Mas aí, no meio da madrugada ele entrou em meu quarto e ele me beijou e o meu coração explodiu em alegria. Ele havia me notado. Mas não durou muito, depois do beijo ele brigou comigo mais uma vez e despedaçou meu coração.
Mas agora tudo era diferente. Ele estava ali, ele era meu, finalmente ele me via e me queria. Consciente dos olhos dele sobre mim eu comecei a me vestir, fazendo um show para ele. Eu percebia cada mínima reação dos seus músculos enquanto me observava, eu percebi o esforço que ele fez para não me interromper, para não me tocar. Ele queria mesmo me ver naquele vestido e isso significava mais do que eu conseguiria explicar.
Eu percebi que eu consegui tudo o que eu queria quando eu tinha quinze anos. Eu percebi que, naquele dia confuso, cheio de brigas e palavras duras, no meio de uma crise alérgica, ele havia me notado. E, embora ele tenha demorado um pouco para aceitar e eu tenha demorado a perceber, ele era meu, sempre foi.
Depois que me vesti, foi a minha vez de observá-lo e eu adorava observá-lo. Era muito sexy a forma como ele, usando a calça e uma camisa social aberta, andava descalço pelo closet buscando as outras peças que usaria e, depois que já estava quase pronto, parava em frente ao espelho, abotoava cada botão restante da camisa e depois, com movimentos precisos e quase artísticos, dava o nó na gravata. Isso me hipnotizava.
Nós saímos e eu estava curiosa para saber onde iríamos, mas ele não disse nada. Quando chegamos àquele descampado e eu vi o balão, enorme e lindo, com uma faixa com os nossos nomes e muitas flores ao redor eu me senti inundada por uma grande alegria, aquela que se sente quando se está prestes a realizar um sonho. Eu sempre quis voar de balão, mas por uma coisa ou outra eu nunca havia conseguido e ele me proporcionaria isso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......