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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 832

“Ricardo”

Acordei com o meu despertador estridente tocando na mesinha de cabeceira ao lado da cama em que a Anabel dormiu. Eu ainda usava um despertador, era um velho hábito que a modernidade dos smartphones não havia me tirado. Estiquei o braço sobre ela e desliguei aquela coisinha barulhenta.

- Celulares possuem a função despertador! – Ela comentou sem se mexer ao meu lado.

- Hum, eu tenho alguns hábitos antigos. – Eu dei um beijo em seu rosto e ela esfregou o corpo em mim e se virou.

- É um brinquedinho bonitinho. – Ela me encarou com os olhos semi cerrados e um sorriso deslumbrante.

- Você fez como as mulheres fazem naqueles filmes de comédia romântica? – Ela me olhou como se não tivesse entendido a minha pergunta. – Você acordou mais cedo e se levantou, penteou o cabelo, lavou o rosto, escovou os dentes e se maquiou e depois voltou para a cama?

- Não. – Ela respondeu rindo.

- Então eu estava certo, quanto mais bagunçada, mais linda você fica! – Eu examinei cada traço perfeito do seu rosto, seu nariz delicado e arrebitado, seus cílios escuros e fartos caindo sobre seus olhos, suas bochechas levemente rosadas, seus longos cabelos emaranhados entre nós. Ela era linda e irresistível.

- Você faz bem para a minha estima. – Ela riu. – Mas sabe que você também é lindo demais, Ricardo?

- Eu sou? – Olhei pra ela meio encabulado, eu não estava acostumado a receber elogios. A Taís nunca os fazia e eu me mantinha afastado de outras mulheres, porque eu era casado, mesmo que fosse um casamento aberto que eu tentava veladamente voltar a fechar.

- Ah, você é, lindo, por dentro e por fora. E você é uma delícia também, sabia? – Ela continuou e aquilo me fascinou, ela era espontânea e não se constrangia em dizer o que pensava.

- Não eu não sabia. – Passei a mão em seu rosto. – Você está me agradando. Mas, mesmo assim, eu preciso te dizer uma coisa. – Ela me olhou séria. – Você não baba, mas você ronca como um escapamento furado. – Ela arregalou os olhos surpresa e eu comecei a rir.

- Que deselegante apontar esse detalhe, Ricardo! Eu sabia que você tinha que ter algum defeito. – Ela deu um tapinha em meu ombro. – Eu não ronco, eu tenho sono de princesa.

- Ah, é? E como é o sono de uma princesa? – Eu estava me divertindo com a expressão engraçada dela de falsa ofendida.

- Princesas não roncam, ressonam. Então o que você ouviu, se é que ouviu, não foi um ronco, foi um ressonar, leve e delicado. – Ela concluiu e eu ri ainda mais.

- É muito bom acordar ao lado de alguém bem humorado assim. – Eu comentei, me lembrando de tempos em que acordava ao lado de uma mulher que nem sequer dava bom dia, pois acordava de mau humor e o máximo que eu conseguia dela pela manhã era um selinho antes de sair para o trabalho.

- Também acho. Mas seria melhor ainda acordar ao lado de alguém com tesão. – Ela me devolveu e eu a encarei. Com um movimento rápido eu a prendi debaixo de mim e me esfreguei nela.

- Assim está bom pra você? – Eu estava pronto pra ela no momento em que senti o seu perfume, antes mesmo de abrir os olhos. Ela abriu mais as penas, para me acomodar melhor.

- Huummm! Isso está quase perfeito pra mim. Melhor só se estivesse dentro...

Eu nem esperei mais, estiquei a mão, abri a gaveta e tirei um preservativo, me ajoelhei na cama e o vesti, voltando a pairar sobre ela, me apoiando em meus cotovelos.

- Fazendo assim, eu não resisto, moça bonita. – Me alinhei a sua entrada e abaixei a minha boca para capturar a dela, minha língua se enredando na dela.

Minha mão deslizou pelo seu torso, segurando o seu seio, apertando-o e sentindo a deliciosa maciez de sua pele e meu polegar dedilhou o seu mamilo rijo. Suas mãos delicadas vagaram até o meu traseiro e se ancoraram ali, me apertando e encorajando a invadi-la.

- Você sabe que eu não vou me contentar só com um banho. – Ela riu. – Isso demoraria muito e eu preciso ir.

- É, vai ter que ficar pra depois então. – Eu a beijei e nós saímos da cama. Eu estava tentado a agarrá-la e voltar para a cama e passar o dia lá, mas nós dois tínhamos obrigações a cumprir. – Vou pegar suas roupas pra você.

- Posso usar o seu banheiro? – Ela perguntou como se não tivesse passado a noite na minha cama e eu ri.

- Você está em sua casa. – Eu dei um beijo em sua testa e fui pegar as suas coisas.

Quando voltei para o quarto deixei tudo sobre a cama e fui para o banheiro. Ela estava em frente ao espelho acabando de prender o cabelo em um coque totalmente bagunçado. Era uma imagem linda. Ela se virou e beijou o meu peito ao passar por mim.

- Vou vestir uma bermuda e te levo até o carro. – Falei enquanto ela se agitava para fora do banheiro.

- Não se preocupe, você também está atrasado. Pode ir tomar o seu banho, eu bato a porta quando sair. – Ela estava realmente agitada.

- Tem certeza? – Olhei para ela em dúvida. Ela colocou o vestido sobre a cabeça e pulou em meu pescoço, me oferecendo um beijo que me fez querer arrastá-la para o chuveiro comigo.

- Certeza, delícia! Se você continuar assim, se exibindo nu em minha frente, eu vou acabar faltando ao trabalho. – Eu ri da sua constatação.

- Está bem! Eu te ligo mais tarde. – Eu dei mais um beijo rápido nela e fui para o banheiro.

Quando saí do closet eu já estava pronto para o trabalho. Olhei a cama que estava completamente arrumada e não fui eu quem fez isso. Sobre o meu travesseiro, perfeitamente esticada, estava uma calcinha laranja minúscula. Eu ri, passando os dedos pela delicada peça e me lembrando do quanto ficava linda naquela moça bonita que estava virando o meu juízo. Então eu a guardei junto com as outras na gaveta do criado ao lado da cama, eu já havia desistido de devolvê-las, eram minhas. Assim, eu saí para o trabalho com uma alegria que eu não sentia há muito tempo.

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