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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 866

“Anabel”

Eu olhava para a Melissa, mas estava pensando em quantas coisas aconteceram na minha vida e que eu achava que eram coincidências, mas pelo visto não eram.

Quando a Ilana foi morar em minha casa ela inventou que eu estava saindo à noite às escondidas, pela janela do meu quarto, mas eu nunca havia saído. No entanto, ela fez o meu pai acreditar. Eu levei uma surra e fiquei de castigo.

No dia seguinte ela se machucou e inventou que eu havia batido nela porque ela havia contado que eu fugia e a mãe dela fez o meu pai me tirar do meu quarto e colocar a Ilana lá. O meu quarto se tornou o quarto dela. E a Irina ainda convenceu o meu pai que eu deveria ser castigada por me comportar mal e deveria ser colocada no quarto do sótão, que nem era um quarto e não tinha janela. Era só um ambiente frio e sem mobília na casa, que parecia ficar em outra realidade.

A Ilana sempre inventava coisas contra mim, se machucava e falava que eu tinha batido nela, arrancava as cabeças daquela coleção de bonecas horrorosa e falava que tinha sido eu, uma vez ela chegou até a cortar o próprio cabelo e jogar a culpa em mim. Todas as vezes que ela inventava algo eu levava uma surra e era trancada no meu quarto. Lembrando dessas coisas eu percebi o quanto aquela armação do vídeo se parecia com uma maldade da Ilana e como a Melissa tinha razão.

- Quanta maldade! Quer saber, aqueles três se merecem, mas eles não vão me tirar mais nada! – Eu falei sentindo uma determinação crescer dentro de mim.

- É assim que se fala, Ana! – Melissa me incentivou.

- Isso mesmo, Bel, nós vamos acabar com a farra deles. – O Don concordou e eu imaginei que ele já estivesse pensando em algo.

- Olha, eu mandei aquele vídeo para ser examinado pela perícia e eles devem me responder nos próximos dias. – O Flávio começou a falar. – Se houver qualquer manipulação, nós vamos saber. E também já sabemos de onde ele saiu e eu já consegui autorização para fazer uma batida no endereço, vamos até lá amanhã.

- Flávio, você pode dar uma verificada na amiga piranha e nos casinhos da biscate? – A Mel pediu e o Flávio concordou.

- Anabel, fica tranquila, nós vamos limpar o seu nome e as pessoas vão ter que te pedir perdão! – O Flávio garantiu e ouvir aquilo me deu esperança, não que eu quisesse pedidos de perdão, mas eu queria que todas aquelas humilhações parassem.

- Ah, gente, quase esqueci. – Melissa se lembrou de algo. – A piranha amiga da biscatinha estava no Clube Social aquele dia, no dia da confusão. Você não a viu lá?

- Não! Pra ser sincera eu não a vejo desde o dia da festa na faculdade. – Eu respondi e ainda sentia vergonha daquilo.

- A festa do outro vídeo. – O Flávio falou e eu quis me enfiar em um buraco. – Nós já identificamos dois dos rapazes que eram responsáveis pela festa. Eles moram em outra cidade agora, mas eu já pedi a um colega que converse com eles informalmente. Você não se lembra de nada, não é?

- Eu me lembro de chegar na festa e essa garota estava lá, eu aceitei uma bebida, mas depois disso as coisas se tornam um borrão e eu não me lembro de ter ido para aquele quarto ou do que aconteceu lá. – Eu expliquei.

- Você foi a um hospital? – O Flávio me encarou e eu senti o amargo das escolhas ruins que eu havia feito na vida.

- É como se fosse outra pessoa, doutor! – O Flávio respondeu com graça.

- Que bom! Pena que o Leonel não tem conserto. Agora vamos ao meu novo e mais divertido caso, acabar com o Leonel. Isso vai me dar um prazer que vocês nem imaginam. Já foi divertido da primeira vez com a Anabel, imagina a segunda vez como vai ser interessante. – Ali tinha história.

- Depois eu quero saber a fofoca, doutor. – A Melissa riu e todos olharam pra ela. – A gente nunca sabe quando uma informação vai ser útil!

- Ah, Melissa, seu pai te ensinou direitinho, conhecimento é poder! – O advogado parecia divertido. – Vamos lá, Donaldo, como você pediu, eu entrei com a ação requerendo que seu pai, a esposa e a filha adotiva sejam obrigados a deixar de usar o sobrenome Lancaster.

- Mas, gente, como se obriga uma pessoa a deixar de usar o próprio sobrenome? – O Rick se surpreendeu, mas eu não.

- Lancaster não é o sobrenome do Leonel, era o sobrenome da Antônia. Aquela raposa esperta adotou o sobrenome dela quando se casou. – O pai do Rick contou e quase todos na sala olharam pra ele. – Gostei disso, Donaldo! O sobrenome Lancaster tem um peso enorme no mundo dos negócios, tirá-lo do Leonel será como se lhe tirasse dinheiro. Ele vai ficar uma fera.

- Vai mesmo! – O Don riu. – Mas eu decidi agir porque não é justo que ele se aproprie do que era da minha mãe, nem mesmo do sobrenome. Ele teve a cara de pau de dizer que eu carregava o sobrenome dele, vocês acreditam?! Mas, doutor, quais as nossas chances?

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