“Anabel”
Eu olhava para a Melissa, mas estava pensando em quantas coisas aconteceram na minha vida e que eu achava que eram coincidências, mas pelo visto não eram.
Quando a Ilana foi morar em minha casa ela inventou que eu estava saindo à noite às escondidas, pela janela do meu quarto, mas eu nunca havia saído. No entanto, ela fez o meu pai acreditar. Eu levei uma surra e fiquei de castigo.
No dia seguinte ela se machucou e inventou que eu havia batido nela porque ela havia contado que eu fugia e a mãe dela fez o meu pai me tirar do meu quarto e colocar a Ilana lá. O meu quarto se tornou o quarto dela. E a Irina ainda convenceu o meu pai que eu deveria ser castigada por me comportar mal e deveria ser colocada no quarto do sótão, que nem era um quarto e não tinha janela. Era só um ambiente frio e sem mobília na casa, que parecia ficar em outra realidade.
A Ilana sempre inventava coisas contra mim, se machucava e falava que eu tinha batido nela, arrancava as cabeças daquela coleção de bonecas horrorosa e falava que tinha sido eu, uma vez ela chegou até a cortar o próprio cabelo e jogar a culpa em mim. Todas as vezes que ela inventava algo eu levava uma surra e era trancada no meu quarto. Lembrando dessas coisas eu percebi o quanto aquela armação do vídeo se parecia com uma maldade da Ilana e como a Melissa tinha razão.
- Quanta maldade! Quer saber, aqueles três se merecem, mas eles não vão me tirar mais nada! – Eu falei sentindo uma determinação crescer dentro de mim.
- É assim que se fala, Ana! – Melissa me incentivou.
- Isso mesmo, Bel, nós vamos acabar com a farra deles. – O Don concordou e eu imaginei que ele já estivesse pensando em algo.
- Olha, eu mandei aquele vídeo para ser examinado pela perícia e eles devem me responder nos próximos dias. – O Flávio começou a falar. – Se houver qualquer manipulação, nós vamos saber. E também já sabemos de onde ele saiu e eu já consegui autorização para fazer uma batida no endereço, vamos até lá amanhã.
- Flávio, você pode dar uma verificada na amiga piranha e nos casinhos da biscate? – A Mel pediu e o Flávio concordou.
- Anabel, fica tranquila, nós vamos limpar o seu nome e as pessoas vão ter que te pedir perdão! – O Flávio garantiu e ouvir aquilo me deu esperança, não que eu quisesse pedidos de perdão, mas eu queria que todas aquelas humilhações parassem.
- Ah, gente, quase esqueci. – Melissa se lembrou de algo. – A piranha amiga da biscatinha estava no Clube Social aquele dia, no dia da confusão. Você não a viu lá?
- Não! Pra ser sincera eu não a vejo desde o dia da festa na faculdade. – Eu respondi e ainda sentia vergonha daquilo.
- A festa do outro vídeo. – O Flávio falou e eu quis me enfiar em um buraco. – Nós já identificamos dois dos rapazes que eram responsáveis pela festa. Eles moram em outra cidade agora, mas eu já pedi a um colega que converse com eles informalmente. Você não se lembra de nada, não é?
- Eu me lembro de chegar na festa e essa garota estava lá, eu aceitei uma bebida, mas depois disso as coisas se tornam um borrão e eu não me lembro de ter ido para aquele quarto ou do que aconteceu lá. – Eu expliquei.
- Você foi a um hospital? – O Flávio me encarou e eu senti o amargo das escolhas ruins que eu havia feito na vida.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......