Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 879

“Anabel”

Quando ele agarrou o meu braço ele usou tanta força que eu senti uma dor como se o osso fosse se partir no lugar que ele apertou. E ele não soltou, nem afrouxou o seu aperto. Eu gritei com ele, mas ele não soltou. E enquanto nós dois nos encarávamos como dois inimigos mortais, eu sentia todo o ódio que ele sentia por mim ali naquele aperto.

- Você vai comigo pra casa, Anabel! Nós precisamos conversar muito seriamente. – O Leonel falou, mas soou como uma ameaça.

- Eu não vou a lugar nenhum com você! – Eu respondi. – E solta o meu braço, ou eu denuncio você também por agressão e por desobedecer a ordem do juiz para que você fique longe de mim.

- Ah, mas você está se achando muito corajosa! Está achando que pode me enfrentar? Não pode, Anabel! Eu sou o seu pai e eu vou te corrigir, por bem ou por mal, você vai aprender a me respeitar e a se comportar com dignidade. – Era muita cara de pau a dele, vir me falar de dignidade.

- Você não sabe o que é dignidade, Leonel! – Eu falei e então me lembrei de uma coisa que eu ouvi nos últimos dias e que era uma grande verdade, então eu repeti pra ele. – Você nunca quis ser o meu pai! Então agora, Leonel, eu é que não quero mais ser sua filha!

- Ah, mas você vai se arrepender amargamente por estar me desafiando assim, sua imprestável! – Se eu tive qualquer dúvida de que ele não me amava, agora eu não tinha mais, o ódio nos olhos dele deixava claro que ele não sentia nenhum afeto por mim, muito pelo contrário.

Perceber que aquele homem que eu chamei de pai a vida inteira nunca me amou foi um golpe muito duro, mas também me deu mais força para enfrentá-lo. Eu não permitiria que ele se aproximasse mais de mim, não permitiria que ele voltasse a me maltratar só porque sentia prazer em me subjugar.

- Você é um ser humano detestável, Leonel! – Eu o olhei enojada, mas eu não consegui segurar as lágrimas. – Eu sinto muito que a minha mãe tenha caído nas suas garras, sinto muito que ela não tenha se salvado e sinto ainda mais por todos os anos que eu perdi da minha vida tentando chamar a sua atenção, tentando ter o seu afeto, mas eu fiz isso só porque eu pensei que você fosse meu pai, mas eu estava enganada, você é apenas o homem que engravidou a minha mãe, mas pai mesmo, isso você nunca foi.

- Sua garotinha mimada e fútil! É uma pena que você não tenha morrido antes de nascer! – Ele tinha os olhos vermelhos de raiva. – Quer saber, Anabel, porque eu nunca te amei? Eu vou te contar. Eu nunca poderia te amar porque você é a filha de uma puta! Uma puta que me traiu e que engravidou de outro homem! Você não tem o meu sangue nas veias, Anabel, nunca foi nada além de um peso que eu precisei carregar para não manchar a minha imagem! Mas eu me arrependo, sua vadia, me arrependo amargamente de ter assumido você! Você só me deu desgosto. Você é como aquela puta da sua mãe, UMA PIRANHA... – Ele estava descontrolado.

Eu não podia ouvir mais e absolutamente sem pensar em mais nada eu desferi uma bofetada em seu rosto. Uma bofetada que foi forte para que ele virasse o rosto e levasse a mão ao local que eu atingi, forte o suficiente para ecoar naquela recepção e chamar a atenção de todos, um tapa que foi forte o suficiente para fazê-lo se calar e soltar o meu braço, um tapa que foi forte o suficiente para deixar a marca da minha mão em seu rosto e deixar a minha palma ardendo.

Mas aquele tapa eu também senti. Doeu em mim muito mais do que nele e estilhaçou o meu coração que já era tão frágil. No fim das contas, ele era meu pai e eu agi exatamente como ele, com raiva, com violência, com ressentimento. Eu dei um passo que não tinha mais volta. Eu não deveria ter batido nele, eu não queria ser igual a ele, mas eu não permitiria nunca mais que ele falasse comigo daquela maneira e agora ele sabia.

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