- Bom dia, Catarina. Tudo bem? – Mariana entrou na sala sorridente e me cumprimentou deixando a bolsa de lado antes de olhar pra mim.
- Bom dia, Sra. Mariana. Eu estou bem e a senhora? – Eu estava de pé separando uns documentos e quando me virei a vi com a mesma expressão da Mel e da vendedora na loja. Eu estava usando meu vestido, meus sapatos novos e aquela lingerie indecente que a Mel comprou para mim.
- Catarina Vergara, parece que você saiu da página de uma revista! Menina você está lindíssima nesse vestido.
- Obrigada, senhora. – Respondi meio sem graça, pensando se eu não exagerei. Mas ela logo tirou a minha dúvida.
- Olha, você vai causar muito boa impressão no chefe. Ele chega hoje, fiquei até surpresa, pois o programado era que eles só retornassem na sexta, mas parece que o Alessandro resolveu agilizar tudo e os arremates serão feitos daqui. Ah, e por favor, para de me chamar de senhora. - Eu sorri com o pedido dela, mas não disse que sabia que o chefe estava para chegar. – Bom, vamos trabalhar.
A manhã passou voando e eu fui almoçar com a Mariana. Ela é incrível, inteligente, simpática. Rimos muito durante o almoço e ela quis saber tudo sobre mim e sobre o Pedro. Voltamos para o escritório e continuamos o trabalho.
- Catarina, preciso ir até a contabilidade no sexto andar, devo demorar um pouquinho, mas você já está por dentro de tudo. Se precisar me ligue. Ela saiu e eu continuei trabalhando.
Me levantei para pegar alguns documentos no arquivo atrás da minha mesa, quando me curvei para abrir a terceira gaveta escutei um assobio, isso foi estranho. Me ergui calmamente e quando me virei para a porta dei de cara com dois homens me olhando descaradamente. Olhei para eles, um tinha um enorme sorriso no rosto, provavelmente foi quem assobiou, já que o outro ostentava um semblante muito sério e descontente. Mas ambos eram muito bonitos, juntos eram uma dupla impossível de não notar, como se tivessem sido esculpidos para deleite dos olhos femininos, eles certamente arrancavam suspiros de todas as mulheres que cruzavam seu caminho. Precisei respirar fundo para arejar meus pensamentos, dei um passo a frente e perguntei:
- Boa tarde, senhores. Em que posso ajudá-los?
O que estava sorrindo bateu a mão no ombro do outro e estendeu a mão para me cumprimentar.
- Está dando pra sentir a tensão, gente. – Patrício falou rindo me tirando daquele devaneio. Rapidamente estendi a minha mão.
- Sr. Mellendez. – Foi a única coisa que consegui dizer. Meu chefe olhou pra mim dos pés a cabeça, ele apertou minha mão e eu senti uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo.
- Srta. Catarina, daqui a pouco vou lhe passar a descrição do seu cargo. Vamos, Patrício, quero falar com você antes de ir para a sua sala. – Ele disse enquanto apertava minha mão sem desconectar nossos olhos.
Os dois entraram no escritório do meu chefe e eu desabei na cadeira, estava de pernas bambas. Meu chefe era bonito demais, mas também já deu para perceber que era mau humorado demais. Mas o pior de tudo eram aqueles olhos, azuis violeta para o meu desespero. Acho que eu tenho um fetiche por olhos dessa cor. Quando meu filho nasceu eu pesquisei sobre a cor dos olhos dele que eram exatamente como os do pai, descobri que somente menos de um por cento da população mundial tem olhos dessa cor, são extremamente raros e eu já conhecia três pessoas com os olhos dessa cor. Minhas pernas estavam tremendo e meu coração acelerado. Minha cabeça voou para aquela noite no baile de máscaras, para aqueles olhos azuis violeta que mudaram a minha vida. Depois daquele dia nenhum outro homem me interessou, nenhum outro homem me tocou.
Eu ainda estava em choque quando vi uma mulher entrar como um furacão em minha sala com a Celeste, a secretária, atrás dela dizendo que ela precisava ser anunciada. Mas hoje o dia aqui estava agitado!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......