Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 916

“Flávio Moreno”

Eu quis acompanhar pessoalmente a campana em frente a casa do Isidoro, tinha algo nessa história que não estava fazendo sentido pra mim. Eu acreditei em tudo o que a Viviane contou, inclusive que ela não sabia de mais nada, mas tinha algo me incomodando, é o tal do tirocínio policial, depois de tanto tempo na polícia isso era tanto uma maldição quanto uma bênção, porque poderia ser tudo ou poderia ser nada, mas o fato é que algo estava me incomodando e eu quis ver a situação de perto.

Enquanto eu aguardava o desenrolar da situação eu fiquei pensando na Viviane, aquela moça era muito louca, mesmo eu dizendo a ela que não deveria ir até o fim naquele plano esdrúxulo, mesmo eu alertando que ela deveria dar uma desculpa qualquer e sair dessa história, ela me disse que não se importava e que tinha certeza de que a amiga no máximo colocaria o advogado para dormir para sair de lá mais cedo, então que ela iria até o fim e levaria a grana que a amiga prometeu. Isso me aborreceu muito!

- Relaxa, delegado, faz parte do jogo! – O Breno me conhecia bem e percebeu a minha inquietação.

- Eu me sinto conivente com a prostituição, quase como um cafetão, e isso não me agrada! – Eu resmunguei e ele me encarou.

- Flávio, qual é? Ela é maior de idade e sabe o que faz. Isso aqui, meu amigo, é uma investigação e como em toda investigação às vezes nós temos que deixar passar coisas que não gostaríamos. E além do mais, prostituição não é crime, pelo menos aqui nesse país, aliás, dizem que é o trabalho mais antigo do mundo. – O Breno não estava errado, mesmo assim a situação me incomodava.

- É, eu sei, nada contra as “meninas”, cada um ganha a vida como pode ou como quer, mas esse tipo de coisa que essas garotas estão fazendo, porra, não consigo deixar de pensar no quanto elas se desvalorizam. – Eu imaginava que essas duas poderiam ter escolhido outro caminho, principalmente a Ilana, mas elas se enveredaram por essas escolhas ruins.

- Delegado, a Ilana está saindo junto com a Viviane. Vamos atrás? – A Renata me perguntou e no lampejo de uma sensação de que algo ainda aconteceria ali eu tomei a minha decisão.

- Não, Renatinha, vamos ficar aqui de olho no Isidoro. Tem um rastreador no carro da Ilana, vê pra onde está indo e manda uma equipe a paisana seguir e ficar de olho. Tem gente na delegacia pra isso. – Eu dei a ordem e peguei o binóculo.

Era mesmo uma sorte que a casa do Isidoro tivesse aquela imensa porta dupla de vidro e que ele gostasse tanto da vista que tinha ali, nós conseguíamos ver bastante do que acontecia na casa.

Ele acompanhou as garotas até a porta, se despediu e depois voltou para a sala, colocou alguma coisa para tocar no aparelho de som, se afastou para um ponto em que não podíamos vê-lo e, quando voltou, tinha um copo e um charuto nas mãos. Ele se sentou no sofá, como se apreciasse o momento, totalmente relaxado.

Os minutos foram passando e ele estava ali, só sentado, bebendo e fumando, e eu via a cena como se fosse um quadro em exposição, como se nada acontecesse.

- Delegado, a equipe que foi atrás das moças avisou que a Viviane entrou no clube social e a Ilana seguiu caminho. Eles continuam a seguindo. – A Renatinha me avisou vinte minutos depois.

- Tem uma viatura no Clube Social, faz contato e manda ficar de olho na Viviane. – Eu instruí mecanicamente, estava mais interessado no que via através das lentes do binóculo.

Eu percebi que o Isidoro começou a ficar meio agitado, como se alguma coisa o incomodasse e passava a mão pelo estômago freneticamente. Ele se levantou do sofá, caminhou até o ponto em que não podíamos vê-lo e quando reapareceu estava com o copo abastecido outra vez. Ele se sentou, mas não demorou muito a se levantar, olhou para o copo como se pensasse se tomaria o conteúdo, mas o deixou sobre a mesinha de centro, ele não havia tomado mais do que um gole daquela segunda dose. Mas ele começou a andar de um lado para o outro e passando a mão na testa.

- Mas o que está acontecendo? – Eu murmurei achando muito estranha a sua inquietude.

Era suposto que o Isidoro estivesse calmo e relaxado depois de sexo, álcool e tabaco. Mas não, ele parecia estranhamente agitado de um lado para o outro.

- Chefe a Ilana chegou em casa, o que a equipe deve fazer? – A Renatinha me informou.

- Manda ficar lá de olho nela. – Eu respondi e foi nesse momento que o Isidoro caiu de joelhos no chão. – Mas que merda! Vem comigo Breno, Renata liga pra emergência, diz que é urgente.

Eu peguei o fuzil que estava ali e saí correndo em direção a casa do Isidoro, eu não pensei duas vezes antes de quebrar o vidro da porta com o cabo da arma. Quando eu consegui entrar o Isidoro estava quase desmaiando.

- Dr. Isidoro. – Eu chamei e ele me olhou, quase como se implorando ajuda.

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