“Ricardo”
Eu voltei para a minha sala me sentindo péssimo, eu realmente tinha agido mal com a Anabel. E eu precisava dar um jeito para que ela me desculpasse rápido, não estava gostando de ficarmos assim. Pensei em mandar flores, como diria o Heitor, é um clássico do romance. Mas eu sabia que seria pouco. Mesmo assim eu liguei para a floricultura e mandei entregar um grande arranjo de rosas vermelhas com um cartão pedindo desculpas.
Enquanto eu aguardava para saber o efeito que as flores causariam, o Alessandro e o Patrício entraram em minha sala.
- Mas que cara de defunto é essa? – O Patrício perguntou e eu estalei a língua, estava meio mal humorado.
- Ih, isso tem cara de ter sido encrenca com a Ana. – O Alessandro riu. – Sabe como é, agora tem que rastejar.
- Não acho que seja pra tanto. – Respondi sem nenhuma diversão.
- Eu nem acredito que vou ver isso, o Rick, da tríade dos perfeitos do grupo, fez alguma bobagem! – O Patrício riu.
- Tríade dos perfeitos? – Eu perguntei sem entender.
- Você, o Flávio e o Nando, o resto de nós já fez alguma bobagem em algum momento. – O Patrício explicou e quase me fez rir. – Vai, abre o coraçãozinho, conta pra gente o que você fez.
Mal não faria se eu contasse a eles o que havia acontecido, talvez eles pudessem me ajudar a pensar em algo. Então eu contei o que tinha se passado e enquanto eu contava recebi uma mensagem da Anabel dizendo que as flores eram lindas, mas eu não a compraria com elas. Eu mostrei para os rapazes que começaram a rir como dois idiotas.
- Não dá pra dizer que ela está errada, confiança é a base do relacionamento. – O Alessandro pontuou. – Mas também não é como se ela fosse te deixar por isso.
- Mas ela está muito brava. – Eu lamentei.
- Encontre uma forma de acalmá-la, faça algo que seja tão especial que ela esqueça que estava brava. – O Alessandro sugeriu.
- Como o quê? – Eu perguntei, estava aceitando sugestões.
- Um jantar romântico? – Ele sugeriu, mas isso não era muito diferente das flores.
- Um pedido de desculpas honesto e sincero em um jantar romântico. – Era uma idéia, mas eu sentia que precisava de mais.
- A peça em casamento. – O Patrício sugeriu e começou a rir. Eles não estavam levando aquilo a sério.
- O que ela fez quando você estava chateado? – O Alessandro perguntou e eu me lembrei da lingerie vermelha e dei um pequeno sorriso. – É o que você tem que fazer.
Nós conversamos um pouco mais e eles saíram da minha sala, recomendando que eu resolvesse as coisas rápido com a Anabel. No fim das contas eles até tinham me ajudado. Assim que eles saíram eu liguei para a Melissa e perguntei onde elas tinham comprado aquela lingerie vermelha.
Eu fui até a loja e a vendedora me mostrou o mesmo conjunto em outras seis cores diferentes, preto, verde esmeralda, rosa shocking, azul turquesa, branco e roxo, eu acabei comprando um de cada cor. Ela arrumou todos dentro de bonitas caixas para presente. Depois comprei as outras coisas, inclusive um sapato de cada cor das lingeries, e, quando eu já tinha tudo o que precisava, fui para casa e avisei ao Douglas que cuidasse para que a Anabel chegasse em casa na hora e segura.
Ela saiu do banheiro usando o conjunto rosa shocking para o meu deleite, estava estonteante e absurdamente sexy. Ela ainda colocou o mesmo colar longo de pérolas, caminhou até a poltrona com aqueles saltos matadores como se flutuasse e se sentou, a mesma pose sexy de uns dias antes. Ela pegou a taça sobre a mesa e sorveu um gole do vinho que eu já havia servido. Então colocou a taça novamente sobre a mesa.
- Agora, Ricardo, eu vou deixar você fazer o que pretendia. – Ela usou as mesmas palavras que eu disse a ela no outro dia, totalmente tranquila e confiante.
- Então se prepare. – Eu me lembrei do que ela havia dito, me levantei e fui me ajoelhar em frente a ela.
Nossa noite foi intensa e apaixonada. Eu pedi desculpas a ela com cada toque, cada beijo, cada movimento do meu corpo sobre o dela. E eu tinha certeza de que tinha sido perdoado, a forma como ela se entregava, tão sem reservas, me dizia isso. Mas no dia seguinte, antes de sair para o trabalho, enquanto ainda tomávamos o café da manhã, ela me encarou.
- Por que você está tão felizinho? – Ela perguntou e eu beijei a sua mão.
- Porque a minha garota não está mais brava comigo. – Eu respondi todo confiante.
- Quem disse? – Ela juntou as sobrancelhas em surpresa.
- O seu corpo, os seus beijos, tudo o que você fez noite passada. – Eu estava dando beijos ao longo do seu braço enquanto falava.
- Mas é muito confiado mesmo! – Ela bufou, mas parecia divertida com a situação. – Veja bem, Ricardo, você ainda tem cinco chances de me convencer a perdoá-lo, acho que deve fazer bom uso delas, porque você só estará perdoado quando e se eu vestir o conjunto branco.
O aviso dela me pegou desprevenido, eu olhei para ela, tentei falar, mas simplesmente deixei o meu corpo cair de volta na cadeira. Eu estava desolado, embora estivesse ansioso para vê-la com os outros conjuntos, eu achei que ela já teria me perdoado. Eu pensei que tinha sido convincente o suficiente na última noite, mas ela iria me testar, eu já deveria imaginar. Aquela diabinha linda tinha todo o poder sobre mim e, no fim das contas, foi o melhor pedido de desculpas de toda a minha vida. Mas o conjunto branco? Ah, esse foi o último que ela vestiu, no sábado à noite, e finalmente eu fui totalmente perdoado.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......