No dia seguinte acordamos cedo. O cheirinho do café que minha mãe passava na cozinha invadia todos os cômodos da casa. Pedrinho estava eufórico e meu pai o pegou e levou até o curralzinho para tirar o leite da vaca. Quando voltaram meu filho tinha um bigodinho de leite e uma canequinha esmaltada azul na mão.
Nos sentamos e tomamos o café ouvindo os passarinhos cantarem. A casa era muito confortável e grande. Tinha janelas enormes e o ar fresco da manhã entrava por elas juntamente com a luz do sol.
Saímos para dar uma volta e a propriedade tinha um ótimo tamanho. Era suficiente para um pomar bem variado, uma horta com todo tipo de legumes e hortaliças, um curral com uma vaca, um chiqueiro com dois porcos e um galinheiro com muitas galinhas. Pedrinho se divertiu colhendo os ovos com minha mãe.
Na frente da casa havia um jardim cheio de flores coloridas e um pequeno lago onde uma família de patos se divertia com a água. A casa era ladeada de uma varanda colonial, com redes penduradas em cada canto e bancos de madeira sob as janelas.
Nos fundos da casa havia uma área de churrasqueira com cozinha e uma piscina, isso fez Pedro ficar ainda mais feliz. Mais atrás havia uma nascente de água e um pequeno riacho que corria por toda a extensão da propriedade. Pedro olhou pra mim com aqueles olhinhos violeta brilhando e disse:
- Mamãe, chama o Alessando pá nadá comigo chama?
- Filho, o Alessandro está muito longe, lá na outra cidade, dessa vez não vai dar. – Expliquei ao meu filho e vi o sorriso de compreensão da minha mãe.
Meus pais estavam realmente vivendo muito bem naquele lugar, fiquei muito feliz por isso. Melissa chegou depois do almoço e meus pais mostraram tudo pra ela com orgulho.
- Nossa, Sr. Antônio, mas isso aqui é o paraíso! Ai, agora eu quero aposentar e morar num lugar assim. – Melissa falou sinceramente. Ela e meus pais se davam muito bem e havia muito carinho entre eles.
- Aqui é sua casa, Mel. Quando quiser é só vir. – Meu pai falou com o braço sobre o ombro da minha amiga.
Mais no fim do dia a Melissa me chamou para ir até a cidade, para dar uma volta com o Pedro. Minha mãe aproveitou para nos pedir para comprar algumas coisas no mercado. Nos arrumamos e fomos.
Melissa estacionou na praça e nós descemos do carro. Fomos até o pipoqueiro e compramos pipoca. Sentamos ali e ficamos contemplando a tarde e nos lembrando de tantas vezes que ficávamos ali sentadas conversando.
Demos umas voltas, nada tinha mudado aqui, nem mesmo as línguas maldosas de sempre que ficavam falando mal de mim e me chamando de perdida e ao meu filho de bastardo. Mas isso não me incomodava mais. O preconceito das pessoas ali já não me afetava.
Entramos no mercado e começamos a pegar as coisas da lista que minha mãe havia feito. Quando entrei no corredor dos biscoitos dei de cara com o meu ex-namorado Cláudio. Ele estava magro demais, com os cabelos bagunçados, a barba por fazer e uma camisa amarrotada. Era uma figura esquisita, por um momento agradeci a Deus por ter me livrado dele.
- Então você voltou, Catarina. Até que demorou mais do que eu pensei. – Cláudio falou em tom de deboche.
- Vim apenas visitar meus pais, Cláudio, e você não tem nada com isso. – respondi tentando desviar dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......