- Só quero você ajoelhado se for no meio das minhas pernas, Heitor.
Porra, eu disse isso mesmo? Quem é você, Bárbara Novaes? O que é este sentimento que parece cegar você? O que é esta coisa, que faz com que o frio na barriga seja constante, fica sem ar, seu coração dispara e quando não vê este homem, ainda assim ele não sai da sua mente?
Pelo visto ele também não esperava pela resposta que eu dei, porque ficou um pouco sem ação.
- Vou trocar de roupa... Prometo ser rápida.
- Leve o tempo que quiser... Só não garanto que vou suportar esperar aqui e não invadir seu quarto.
- Vai conseguir sim... Você acaba de pedir em namoro uma mulher de pijama, recém-saída da cama. Então consegue qualquer coisa, Heitor Casanova. – Sorri e corri em direção ao quarto.
Assim que abri a porta, Ben estava mexendo no meu armário, com todas as portas escancaradas.
- O que... Você... Está fazendo? – fiquei confusa. – Não estava na sua cama, sonhando com os anjos... Ou demônios?
Olhei para a cama e sobre ela tinha um conjunto de lingerie branco, rendado, minúsculo.
- Ben, de onde você tirou isso?
- Salma tem vários guardados. – Ele falou baixo. – Não se preocupe que é novo, ela nunca usou. E sinceramente, isso é muito mais a sua cara do que a dela, porque é totalmente delicado e passa inocência.
- Eu não sou inocente.
- Enfim, você vai perder a virgindade de novo. Uma rapidinha no elevador não conta, Babi.
- Ben, quantos himens você acha que eu tenho?
Enquanto eu encontrava uma roupa para vestir ele passava a escova nos meus cabelos. Botei um vestido branco, para combinar com a lingerie. Ben pegou um scarpin que sabia que eu gostava e borrifou muito perfume em mim enquanto eu o calçava.
- Deus... Ele vai achar que sou de outro mundo. Quanto tempo levei? Três minutos?
- O suficiente para arrasar, amiga.
- Como estou? – olhei-me no espelho.
- Pelo menos um batom. – ele pegou um de cor vermelha na minha maleta de maquiagem e colocou nos meus lábios.
- Está bom assim, Ben.
- Babi? – ele chamou quando eu já estava saindo.
- Sim?
- Faz oral nele.
- Não... Ainda não.
- Babi... Faz... E dá todos os buracos.
- Você está louco, Ben?
- Aproveita cada segundo daquele corpo perfeito de Heitor Casanova... Se esbalda, amiga, goza no mínimo cinco vezes.
Pisquei e sorri:
- Isso eu acho que vai acontecer.
Heitor estava escorado na parede, ao lado da porta. Usava uma calça caqui e camisa branca, com as mangas dobradas umas duas voltas. Os cabelos estavam bem penteados e percebi que ele havia sido generoso com o perfume também. Aquele homem era lindo. E meu, todo meu. Ah, Deus, é mais do que eu pedi, mas menos do que mereço. Ok, não me dê ouvidos. Acho que estou preparada para merecer alguém legal. Eu não sou uma má pessoa. Mesmo as vezes que errei, foi tentando acertar.
- Você... Está linda. – Ele veio na minha direção.
- Então... Podemos ir?
- Sim, Bárbara... Imediatamente.
Descemos as escadas de mãos dadas, dedos enlaçados e ele me segurava firmemente. Parecia um sonho. Eu estava saindo com Heitor Casanova. E o pior... Eu estava gostando dele, mesmo sendo um desclassificado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...