Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 103

- Só quero você ajoelhado se for no meio das minhas pernas, Heitor.

Porra, eu disse isso mesmo? Quem é você, Bárbara Novaes? O que é este sentimento que parece cegar você? O que é esta coisa, que faz com que o frio na barriga seja constante, fica sem ar, seu coração dispara e quando não vê este homem, ainda assim ele não sai da sua mente?

Pelo visto ele também não esperava pela resposta que eu dei, porque ficou um pouco sem ação.

- Vou trocar de roupa... Prometo ser rápida.

- Leve o tempo que quiser... Só não garanto que vou suportar esperar aqui e não invadir seu quarto.

- Vai conseguir sim... Você acaba de pedir em namoro uma mulher de pijama, recém-saída da cama. Então consegue qualquer coisa, Heitor Casanova. – Sorri e corri em direção ao quarto.

Assim que abri a porta, Ben estava mexendo no meu armário, com todas as portas escancaradas.

- O que... Você... Está fazendo? – fiquei confusa. – Não estava na sua cama, sonhando com os anjos... Ou demônios?

Olhei para a cama e sobre ela tinha um conjunto de lingerie branco, rendado, minúsculo.

- Ben, de onde você tirou isso?

- Salma tem vários guardados. – Ele falou baixo. – Não se preocupe que é novo, ela nunca usou. E sinceramente, isso é muito mais a sua cara do que a dela, porque é totalmente delicado e passa inocência.

- Eu não sou inocente.

- Enfim, você vai perder a virgindade de novo. Uma rapidinha no elevador não conta, Babi.

- Ben, quantos himens você acha que eu tenho?

Enquanto eu encontrava uma roupa para vestir ele passava a escova nos meus cabelos. Botei um vestido branco, para combinar com a lingerie. Ben pegou um scarpin que sabia que eu gostava e borrifou muito perfume em mim enquanto eu o calçava.

- Deus... Ele vai achar que sou de outro mundo. Quanto tempo levei? Três minutos?

- O suficiente para arrasar, amiga.

- Como estou? – olhei-me no espelho.

- Pelo menos um batom. – ele pegou um de cor vermelha na minha maleta de maquiagem e colocou nos meus lábios.

- Está bom assim, Ben.

- Babi? – ele chamou quando eu já estava saindo.

- Sim?

- Faz oral nele.

- Não... Ainda não.

- Babi... Faz... E dá todos os buracos.

- Você está louco, Ben?

- Aproveita cada segundo daquele corpo perfeito de Heitor Casanova... Se esbalda, amiga, goza no mínimo cinco vezes.

Pisquei e sorri:

- Isso eu acho que vai acontecer.

Heitor estava escorado na parede, ao lado da porta. Usava uma calça caqui e camisa branca, com as mangas dobradas umas duas voltas. Os cabelos estavam bem penteados e percebi que ele havia sido generoso com o perfume também. Aquele homem era lindo. E meu, todo meu. Ah, Deus, é mais do que eu pedi, mas menos do que mereço. Ok, não me dê ouvidos. Acho que estou preparada para merecer alguém legal. Eu não sou uma má pessoa. Mesmo as vezes que errei, foi tentando acertar.

- Você... Está linda. – Ele veio na minha direção.

- Então... Podemos ir?

- Sim, Bárbara... Imediatamente.

Descemos as escadas de mãos dadas, dedos enlaçados e ele me segurava firmemente. Parecia um sonho. Eu estava saindo com Heitor Casanova. E o pior... Eu estava gostando dele, mesmo sendo um desclassificado.

Entrei no Maserati. Embora eu soubesse que não era zero quilômetro, tinha cheiro de carro novo.

Ele ligou o carro e ouvi o som do motor. Eu não era uma amante de carros, mas um Maserati era um Maserati. Não tinha como ignorar aquele carro.

- Alguém aí tinha curiosidade em entrar no Maserati? – ele observou a minha admiração.

- Este carro é simplesmente perfeito.

Ele riu:

- Por isso que você decidiu riscá-lo?

Comecei a rir:

- Me desculpe... Foi mal, tarado desclassificado.

- Agora que sei o significado disto, não tenho certeza se quero ser chamado assim.

- Acho que criei esta palavra para você, Casanova. – O olhei debochadamente.

- Obrigado... Nunca me senti tão lisonjeado antes. – Ironizou.

- Onde estamos indo? – perguntei, quando o vi pegando a autoestrada.

- No melhor Motel de Noriah Norte.

- No... Palace Noriah Norte?

- Sim.

- Eu... Jamais imaginei um dia pisar os pés lá.

- É o que você merece, Bárbara. O melhor.

- Estou ansiosa. – Confessei.

- Ben disse que você nunca havia ido num Motel.

- Em partes, sim.

- O que seria “em partes”? – arqueou a sobrancelha.

- Eu fui... Uma noite.

- Porra, então já foi. Fiquei imaginando como agiria, por ser sua primeira vez.

- Eu fui algumas horas... Com um... Prostituto. Então não sei se conta.

- Prostituto? – ele me olhou, desviando a atenção do trânsito. – Você pagou um prostituto?

- Não, não paguei. Achei que era um homem normal. Eu... Estava há dois anos se sexo... Então Ben e Salma, minha amiga... Pagaram ele.

- Você está dizendo que seus amigos pagaram um prostituto pra comê-la? – ele estava incrédulo.

- Sim... – coloquei as mãos no rosto, envergonhada, rindo.

- Porra, Bárbara... Você não precisava de um prostituto. Eu pagaria para comê-la.

- Aliás, falando em pagar, eu acho que ganhei um Maserati. Afinal, vou passar a noite com você. – Debochei.

- Não mesmo... Não me largou de volta onde prometeu, então me devia esta noite... Inteira... Ou melhor, vai ficar comigo até o horário que eu quiser.

- Não o devolvi são e salvo porque fomos presos, senão teria voltado e sabe disso.

- Não mesmo... Você me fez ir preso. Me obrigou a dirigir uma moto.

- Desclassificado. E como é mesmo que disseram? “Prática de ato obsceno em público”.

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