Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 108

Ele apertou minha bunda com força e gemi alto, sentindo em seguida ele gozar dentro de mim, mais uma vez.

Escorei minha cabeça na cabeceira da cama, tentando recuperar meu fôlego, sem saber nem mesmo o que dizer daquilo. Prazer, intenso, sem palavras, maravilhoso... Sem tempo para camisinha?

- Ok, a primeira vez foi acidente... E agora? – ele perguntou, rindo.

- Agora eu não sei... Eu posso não ter lembrado... E você?

- Eu posso ter querido gozar dentro de você, Bárbara...

Retirei minha cabeça da parede, ouvindo meu coração batendo forte. Meu rosto estava quente e eu sentia que meu corpo começava a suar levemente. O encarei, sem saber o que dizer. Minha cabeça sabia que eu tomava anticoncepcional, então, de alguma forma, eu estava tranquila quanto a engravidar. Mas sobre pegar alguma DST eu não estava.

- Eu faço exames regularmente... E não transo sem camisinha. – Tentou me consolar.

- Eu... Pude perceber. – Debochei, saindo de cima dele e deitando sobre a cama completamente desarrumada, quase sem lençóis.

- Eu quero gozar em cada parte do seu corpo... – alisou meus seios.

Peguei o dedo dele e chupei avidamente, o encarando, enquanto ele fechou os olhos e mordeu o lábio, louco de desejo.

- Eu posso querer que você comece por aqui... – chupei até o fim e soltei.

- Você... Faria isso?

- Claro. Assim que você me garantir que terminou com suas mil mulheres.

Ele deitou ao meu lado e virou o rosto para mim:

- Terminei, Bárbara. Eu quero você... Só você. Sei que pode parecer precipitado, mas eu... Eu... – ele tirou os olhos dos meus. – Eu posso estar gostando de você.

A minha vontade era de gritar. Mas eu me contive. Então meu coração decidiu sair de ritmo, parecendo me trair. Eu conseguia vê-lo batendo intensamente, no meu peito, do lado de fora. Acreditar ou não? Deus, ele parecia tão sincero. Eu mesma estava gostando dele... Me apaixonando... Talvez até amando.

Alisei seu rosto:

- Eu não tenho vocação para ser a outra, Heitor. Eu já fui traída... Muitas e muitas vezes. E sei que quando transamos no elevador, você era comprometido. Mas saiba que só estou aqui porque acreditei que eu seria a única na sua vida. E só me terá por completo quando eu me certificar de que o que você está dizendo é verdade.

- E o que significa ter você por completo, Bárbara.

- Significa te dar o meu coração, sem medo, sem ressalvas. – Confessei, olhando nos olhos dele.

- Como algum homem que teve você em seus braços foi capaz de traí-la... Sequer tocar outra mulher?

- Porque ele era um homem sem escrúpulos, um ordinário, desprezível... Doente. Ele era muito mais que um desclassificado... Ele era... Um monstro.

- E agora ele está morto?

- Sim.

- O que aconteceu com ele?

- Overdose. – falei, envergonhada.

- Quanto tempo vocês ficaram juntos?

- Oito anos... Os piores de toda a minha vida... Aqueles que eu queria poder apagar para sempre da minha mente.

- Só de pensar que alguém possa ter feito mal a você, eu sinto tanta raiva... Que nunca pensei sentir. E eu nem o conheci.

- Passou. Demorou, mas passou. E aquela Bárbara não existe mais. Ela deu lugar à outra, forte, que não segura palavras ou pensamentos.

- Eu gosto muito desta Bárbara. – Ele sorriu. – Ela é diferente das mulheres que faziam tudo que eu queria... Porque elas também queriam algo em troca. Esta Bárbara surgiu na minha vida para provar que nem todo mundo está atrás do meu dinheiro. Ou da vida boa vida que eu posso proporcionar.

- Acha que jamais alguém se aproximou de você por sentimento de verdade?

- Não acho... Tenho certeza.

- E... Milena?

- Fez o que a mãe queria. Ela nunca gostou de mim. Nem eu dela. Foi sexo entre adolescentes. Inevitável... Estávamos sempre juntos.

- E a loira do pau do meio?

Ele riu:

- Qualquer dia vou me pegar chamando minha funcionária de “loira do pau do meio”. Ou quem sabe as outra duas de loira do pau da direita ou loira do pau da esquerda.

- Não tire o foco do assunto, Heitor.

- Ok, interesse. E talvez Cindy seja a mais interesseira de todas.

- Se sabia disto... Por que continuou?

- Sexo de qualidade e uma funcionária que rende muito dinheiro a Babilônia. Então eu também tinha interesses.

- O que é sexo de qualidade? – perguntei, arqueando a sobrancelha, curiosa.

Ele levantou da cama, completamente nu, me encarando:

- Sexo de qualidade é algo que eu achava que conhecia... Até hoje.

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele me pegou no colo novamente. Não contestei, até ele entrar comigo na hidro, morna, cheia de espuma, convidativa.

Ele sentou e puxou meu corpo para junto de dele, me colocando entre suas pernas.

Heitor pegou uma garrafa de espumante de dentro do balde de gelo e me entregou uma taça. O som da tampa da garrafa ecoou no ambiente e voou para longe de nós. Vi o líquido claro e borbulhante enchendo a taça. Ele trouxe sua taça e tocou na minha, tilintando os cristais:

- À nossa primeira noite perfeita! – Disse, seriamente.

- A primeira de muitas... – Bebi o líquido, sentindo o sabor perfeito e deitei minha cabeça no ombro dele.

Continuei bebendo ali, recostada nele, rezando internamente para aquele momento não acabar nunca e que quando eu abrisse os olhos no dia seguinte, não fosse um sonho e realmente tivesse acontecido, cada minuto daquela noite perfeita.

Ficamos um tempo sem dizer nada, só aproveitando o tempo que tínhamos juntos. Acho que ele também sabia que aquilo poderia ser um sonho. Heitor encheu a mão de espuma e espalhou no meu colo, acima dos seios, acariciando levemente:

- Me fale sobre você, Bárbara. Eu quero saber a sua história.

Eu ri, amargamente:

- Minha história não é interessante.

- Ainda assim, eu quero saber... Tudo que se refere a você é interessante para mim.

Respirei fundo:

- Minha mãe saiu de casa por causa de um homem, quando ela ainda era muito jovem. Ela pertencia a uma família bem de vida... Estável financeiramente. Abriu mão de tudo por ele. Mas eu não tenho certeza se este homem é o meu pai... Ou se ela conheceu outro depois. Minha intuição diz que sim, que sou filha do responsável por ela ter deixado tudo.

- Ela nunca falou sobre ele?

- Não. Eu sabia que aquilo doía nela. Então nunca quis saber. Mas ela me disse que ele sabia da minha existência.

- Ele nunca procurou você?

- Não. E por isso eu também nunca me interessei em saber sobre ele. Até hoje não me interesso. Vivemos uma vida cheia de altos e baixos, mas com muito amor, só nós duas. Cresci numa casa grande, onde nada me faltava. E achava que a mulher, dona da casa, era parte da minha família. Porém, quando ela morreu, eu soube que ela não era minha avó. Mesmo me tratando com carinho e me enchendo de mimos, ela deixou a herança para os familiares. E eu soube que minha mãe era empregada naquela casa. Procuramos outro lugar para morar e ela arranjou outro emprego. Então passamos para a fase de viver com um pouco de dificuldade. Nunca me faltou nada, mas nos víamos pouco. Ela dava um duro danado para nos sustentar.

- Ela nunca procurou a família, nem em busca de dinheiro?

- Não. Então ela morreu e eu descobri que se não fosse para a casa da minha avó, mãe dela, teria que morar num orfanato. Eu era adolescente... Foram tempos complicados.

- E sua avó de verdade... Como era?

- Perfeita, dócil, gentil e cheia de carinho e paciência. Tentei ser rebelde um tempo, mas ela não se importava. Sempre estava lá, para o que eu precisasse. Então conheci Jardel...

- Com quem ficou oito anos.

- Sim. Eu tinha dezessete na época. Ele era legal quando nos conhecemos. E eu, completamente carente, me joguei naquela relação. A família dele me acolheu e me apaixonei por eles também. Então o pai dele conheceu outra mulher e foi embora de casa, abandonando-os. E a partir dali ele mudou completamente.

- E se jogou nas drogas.

- Sim... E eu não consegui me desvencilhar daquele relacionamento tóxico, que acabava comigo, de todas as formas possíveis. E não me pergunte o motivo, porque eu não saberia explicar.

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