Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 11

- Acha que ele tem uma amante? E pode ser a loira do meio do pole dance? – questionei, agora mais curiosa ainda.

- Cindy? – ele balançou a cabeça. – Bem, Heitor Casanova é noivo. E a probabilidade de você encontrar a noiva dele na Babilônia é quase zero. Mas dentre todos os casos dele, Cindy é o mais sério.

- Os casos? Bem, eu já tinha ouvido falar sobre a síndrome de gostoso cafajeste dele. Mas a tal Cindy me tratou como se fosse a real dona de tudo, acredite.

- Eu não sei como você chegou ao senhor Casanova... Sinceramente, isso é muito difícil. Mas Cindy age mesmo como se fosse dona de tudo. Ela sabe o apreço que o chefe tem por ela.

- E a noiva?

- Bem, eu não sei nada sobre ela. O Google pode lhe dizer algo.

- Cindy é a dançarina do meio do pole dance, certo?

- Ela mesma. Mas não nos falamos muito. Ela é tratada quase como uma celebridade por todos. E não se mistura com os funcionários da Babilônia, mesmo sendo uma. Como eu disse, ela é a boneca do dono da porra toda. Eu só sou o barman.

- Cindy é garota de programa? Acha que o senhor Casanova paga por ela?

Ele gargalhou:

- Sinceramente, eu não sei. E não creio que alguém saiba. Embora todos saibam do caso deles, são discretos no que diz respeito ao resto.

- E ele já dormiu com outras garotas da boate? Tipo... As que dançam nas caixas de vidro?

- Eu... Não sei. – Ele deu de ombros, confuso. – Por que seu interesse por Heitor Casanova e suas amantes?

- Eu... Não tenho interesse nenhum... Só o achei extremamente... Como posso dizer? Babaca.

- Babaca não é exatamente uma ofensa para ele.

- Eu o chamei de babaca desclassificado... Na cara dele.

Ele riu:

- Você disse isso para ele? Meu Deus, como ousou?

- Ele me mandou pra rua... Sem passagem de volta. – Ri, balançando a cabeça. – E tudo porque eu queria fazer xixi... Só isso.

- “Babaca desclassificado”. O que seria “desclassificado”?

- Ordinário, ruim, safado... Asqueroso, miserável, desprezível...

- Preciso anotar isso, caso alguém me xingue assim algum dia. Para mim, desclassificado não passava de alguém que não foi classificado. – Ele riu divertidamente.

- Eu achei que qualquer pessoa sabia o que significa “desclassificado” como ofensa. – Fiquei confusa.

- Eu acho que o senhor Casanova não sabe o que significa ocultamente estas seis coisas bem ruins. Ele deve achar que não foi classificado... Só isso.

Começamos a rir.

A viagem com motorista de aplicativo nunca foi tão divertida e interessante. Conversamos sobre várias coisas. Ele até pegou meu telefone para ajudar, caso soubesse de empregos, pois o fato de levar diferentes pessoas para vários lugares fazia com que estivesse sempre por dentro de tudo.

Assim que desci em frente ao prédio onde eu morava, já era noite.

Apertei o botão do elevador, só na esperança de que pudesse estar funcionando. Mas não estava.

Subi as escadas, quase rastejando de tão cansada. Minhas pernas ainda doíam da noite passada.

Assim que abri a porta, vi Ben sentado no sofá, com um balde de pipoca e uma garrafa de vinho tinto. O filme da vez era “À espera de um Milagre”.

- Filme para chorar? – perguntei, fechando a porta.

Os olhos dele estavam avermelhados. Sentei ao seu lado e fui abraçada.

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