Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 113

Parei na frente da North B., sentada no banco do carona do Maserati, na vaga escrita CEO.

- Ei, desclassificado, eu trabalho na empresa da frente. – Apontei, ironicamente.

- Gosta de me provocar, não é mesmo? – ele me encarou e passou a mão dentro do meu vestido, se dando em conta de que eu não estava usando calcinha. – Você... Não vai trabalhar sem calcinha, não é mesmo?

- Devolva a minha e eu coloco, tarado roubador de calcinhas. – Provoquei.

- Não... Esta é minha e eu não vou devolver. Vou usar na sua ausência... Acredite.

Abri a porta e desci do carro:

- Então, vou trabalhar com Sebastian Perrone, sem calcinha. – pisquei.

Ele desceu tão rápido que já estava na minha frente:

- Nem pensar.

- Quer que eu faça o que, Heitor? Já estou atrasada. Ninguém vai perceber que estou sem calcinha, não se preocupe.

- Ok, vá e mando Anon lhe entregar uma calcinha.

- Anon? – arqueei a sobrancelha.

- Vou mandar que ele compre imediatamente.

- Jura que vai perder tempo se importando com a porra da minha calcinha?

- Juro. Será a primeira coisa que vou fazer... Aliás, vou fazer agora mesmo. – Ele pegou o telefone e começou a ligar.

Revirei meus olhos e suspirei. Confesso, eu gostava de saber que ele sentia ciúme de mim. Estava saindo quando ele me puxou pelo braço, encarando-me, ainda ao telefone:

- Bom trabalho. – Me deu um beijo molhado no pescoço.

Olhei para os lados e havia várias pessoas passando. Ele simplesmente não se importava se alguém nos visse? Creio que realmente ele estava disposto a ficar comigo... Só comigo.

- Bom trabalho, desclassificado. – Pisquei, já percebendo Anon vindo na nossa direção, usando óculos escuros e terno, gravata e camisa pretos.

Atravessei a rua e entrei no prédio na Perrone, não tão grande quanto o da North B., mas importante, além de estar na rua principal da capital de Noriah Norte, junto das principais empresas do país.

Ok, Bárbara, vida real chamando! Cumprimentei quem eu vi cordialmente, até chegar à minha sala.

Suspirei novamente, já cansada antes mesmo de falar com Sebastian sobre tudo que havia acontecido para eu chegar até a Delegacia e Ben tê-lo tirado de casa para me resgatar, mesmo não precisando, já que eu estava junto do dono da porra toda mor.

Fiz meu trabalho e na hora do almoço estava descendo para comer algo quando a porta do elevador se abriu e dei de cara com meu chefe, CEO da Perrone.

Entrei e disse, educadamente:

- Bom dia, senhor Perrone. – Me escorei no fundo do elevador, tentando encontrar as palavras certas.

- Posso saber que horas chegou e onde estava?

Claro que ele só estava falando comigo daquele jeito porque estávamos só nós dois no elevador.

- A hora que cheguei o senhor pode saber, mas com quem eu estava não é da sua conta.

- Sou seu chefe. – falou furioso.

- E eu sou sua funcionária... Nada mais. Não lhe devo satisfações sobre minha vida pessoal.

- Não quando eu não preciso sair quase de madrugada pra tirar minha funcionária da cadeia.

A porta do elevador se abriu e chegamos ao térreo.

- Almoço com seu chefe hoje. – Avisou.

- Isso é um pedido ou uma ordem? – parei.

- Um pedido, Babi.

- Ok, já que é um pedido, eu aceito.

A porta se abriu automaticamente e dei de cara com Anon.

- Anon 1? O que você está fazendo aqui? – olhei imediatamente para as mãos dele, que carregava uma sacola.

Porra, Heitor não estava brincando.

- Sinto muito não ter entregado sua encomenda antes, senhora Bongiove. Mas não me autorizaram entrar no prédio, por eu ser segurança do senhor Casanova.

- Por que Anon 1 não pode entrar aqui, Sebastian?

- Nada que tenha a ver com Heitor passa por esta porta. – Ele disse seriamente.

- Obrigada, Anon 1. – Peguei a sacola das mãos dele e abri rapidamente.

Caralho, muitas calcinhas. Fechei imediatamente.

- Você... Que comprou?

- Sim... Espero que sejam do seu gosto. – Ele sorriu e vi seus dentes pela primeira vez.

Olha que Anon 1 não era de se jogar fora. Até porque Anon 2 era feio.

Eu sorri e ele virou as costas e atravessou a rua movimentada.

- Agora o segurança pessoal de Heitor lhe traz encomendas?

- E eu vou ter que me demitir aqui mesmo, Sebastian, já que não posso mais cruzar esta porta.

- Do que você está falando? – ele olhou nos meus olhos, confuso.

- Você acabou de dizer que nada que tenha a ver com Heitor cruzaria esta porta.

- E você está tão envolvida com ele assim?

- Qual é a sua, desclassificado? Me rejeitou umas mil vezes, fez até um limite de idade para que eu não pudesse entrar na sua vida. Daí eu me apaixonei por outro homem e você decide que me quer?

Ele começou a ficar enrubescido, para não dizer furioso. Claro que eu precisava da porra do emprego, mas Sebastian não tinha direito de querer mandar na minha vida.

- O que você disse? – ele perguntou.

- Que você me rejeitou inúmeras vezes e...

- Você está apaixonada por Heitor Casanova? – ele quase gritou.

- Eu? Não... Eu não disse isso. Certamente você ouviu errado.

Eu disse? Ou não disse? Ele ficou me encarando. Porra, eu acho disse!

- Bárbara, você não pode se envolver com Heitor... Por que...

- Por quê? Vamos, fale, Sebastian? Porque eu já sei o que se passa entre vocês. E Heitor não está mais com Milena. Consequentemente o caminho está livre para você. E quer saber mais? O noivado deles era de aparências... Por conta da desclassificada da mãe dela. O passado é passado. O que houve entre o seu pai e o pai dele não tem nada a ver com vocês dois.

- Babi, sua louca, tem a ver com nós dois sim... Comigo, com ele, com Milena e com você.

- Comigo? – eu ri, sarcasticamente. – Estou chegando agora nesta história, Sebastian. E sinceramente, só quero que tudo se ajeite. Eu levei anos da minha vida para me reconstruir. E se eu queria que fosse o desclassificado do Heitor Casanova a me fazer esquecer tudo e me apaixonar novamente? Claro que não. Mas aconteceu e pronto. Não há como voltar atrás. E quer saber? Milena gosta de você ainda.

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