- Ai-Meu-Deus... Você falou com Milena sobre isso? – ele colocou as mãos no rosto, atônito. – Você não tem os mesmos genes que eu. Porque você é a porra de uma louca desvairada.
- Claro que não tenho os mesmos genes que você, seu imbecil. E quer saber? Prefiro ser a louca desvairada do que uma covarde, que deixa o amor da sua vida por conta de um passado ridículo, que não tem nada a ver com você.
- É sobre a minha família... O meu pai. Heitor fez a sua cabeça.
- Eu tenho cara de manipulável?
- Porra, porra, porra! Tenho vontade de esganar você, Babi.
- Sebastian... Quem é você? – arqueei a sobrancelha, sentindo meu coração bater forte. – Eu... Não quero brigar. Sou grata por tudo que você fez por mim. Mas já passei tempo demais fazendo o que outra pessoa queria. Isso não vai acontecer de novo... Principalmente porque eu mal o conheço. Pelo menos Jardel no início fingiu ser diferente. Você não... Está dando as caras rápido demais. Qual é a sua, afinal?
- Me desculpe, Bárbara.
O olhei, ainda confusa. Por algum motivo, e eu não sabia exatamente, gostava daquele homem. Mas caramba... Ele era só meu chefe... Que eu conheci praticamente “ontem”.
Ele pegou a sacola da minha mão e abriu, levantando uma calcinha rendada, fio dental, que certamente não taparia nem um terço do que quer que fosse.
- Que porra é essa? – segurou a calcinha pelo dedo, enquanto olhava incrédulo.
Puxei a sacola da mão dele e guardei a calcinha. Por Deus, Anon era um pervertido!
- Estou fora. – Virei as costas e comecei a andar.
O desgraçado me seguiu.
- Me desculpe, Bárbara.
- Não estou ouvindo você... – comecei a cantarolar “These Days”.
Ele me puxou pelo braço novamente, me fazendo parar. Dei uma bofetada na cara dele, que levou a mão ao rosto, aturdido.
- Me desculpe, Sebastian, mas me deixe em paz. Você teve oportunidade de ficar comigo, mas não quis. Fugiu como o diabo foge da cruz. Agora eu vou ficar com Heitor... E você não vai me impedir.
- Que parte de “eu não estou a fim de você” não ficou claro, porra?
- Pare de gritar. Estamos no meio da rua, seu maníaco transtornado. Por muito menos eu bati em Heitor. Isso não vai ficar assim. Acha que por ter ido na delegacia e pago minha fiança tem direitos sobre mim ou sobre meu corpo? Não, não tem. E quer saber, vou pagar cada centavo do que você me adiantou do salário. Bem que eu achei que era esmola demais... Até salário adiantado e...
Ele tapou a minha boca:
- Cala a boca, caralho. Eu amo Milena.
Fiquei quieta e quando percebi Anon 1 estava retirando Sebastian à força de perto de mim, enquanto ele tentava se desvencilhar daquele “homem em metros” que o segurava.
- Pode ir embora, senhora Bongiove. – Anon disse, enquanto o segurava firmemente.
- Babi, espera. Precisamos conversar. – Sebastian pediu, quase gritando.
- Obrigada, Anon. – Eu saí correndo, sem olhar para trás.
Cheguei em casa e fechei a porta, transtornada. Nem consegui me mover. As lágrimas caíram imediatamente. Parecia um pesadelo. Sebastian parecia tão bonzinho. E ainda teve o descaramento de dizer que amava Milena no final.
Que ódio!
Salma apareceu, vindo do corredor.
- Babi? O que houve? – ela estava de pijama e com cara de sono.
Eu sequer conseguia falar. Ela correu e foi fazer um chá e quando percebi estava ligando para Ben, mandando-o vir imediatamente para casa.
Sentei no sofá esperando que o chá viesse logo, para que eu pudesse me acalmar. Quando acabei o chá fervente que tinha na xícara, que tive que tomar aos poucos para não queimar a língua, Ben entrou na porta. E eu já estava bem mais calma.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...