Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 115

Ele seguiu batendo na porta, sem dar intervalo.

- Será que devo bater nele também? – Salma perguntou.

- Doente! – gritei do lado de dentro. – Tarado!

- Ok, você pediu Babi: eu jamais ficaria com você porque eu amo Milena. – Ele falou, do lado de fora. – E sim, eu tive um relacionamento com ela no passado... E eu fui o pai do bebê que ela perdeu.

Salma e Ben me olharam.

- Babado forte. Você não pode perder isso. – Ben arqueou a sobrancelha.

- Caralho, eu vou dormir, porque certamente agora ele vai parar de gritar, porque você vai abrir a porta, não é mesmo? – Salma me indagou.

Levantei e abri a porta, olhando para o rosto dele vermelho e os olhos azuis faiscando de raiva.

Meus amigos foram saindo e Ben parou no corredor, dizendo:

- Estou de olho em você, Sebastian. Qualquer coisa, eu termino o serviço que comecei.

- Você me deu um tapa, porra! – ele gritou para Ben, que pouco se importou, saindo.

Apontei o dedo para que ele sentasse no sofá. Usei a poltrona, ficando de frente para ele.

- Comece, Sebastian... Iniciando pela parte do porque está atrás de mim se eu sou uma simples funcionária na sua empresa. E sou boa no que faço, não tenho dúvidas, mas você consegue alguém tão capaz do que eu para gerenciar sua parte de marketing na empresa, caso se esforce.

- Allan Casanova não é um senhor bonzinho, que ajuda todo mundo, ok? Ele é um cafajeste, assim como Heitor.

- Me conte, Sebastian. Me convença do que está falando. Eu ouvi a versão de Heitor e sinceramente, não me pareceu que eles são os vilões nesta história.

- Babi, Allan foi para o meu país com o intuito de derrubar a empresa do meu pai, que é a maior produtora de vinhos lá.

- Então já existia uma rixa entre as famílias antes disso?

- Não, não existia.

- Então são negócios, Sebastian... Assim como você criou uma empresa de bebidas e usou um prédio na frente da North B.

- Mas eu não comercializo o mesmo que eles. E agora Heitor quer seguir o que o pai começou, a anos atrás e iniciar a produção de vinhos, simplesmente porque é o que os Perrone produzem.

- Ainda vejo tudo como negócios. E sinceramente, você sabe que produzir vinhos como a Perrone é praticamente impossível. A North B. vai tentar, mas não vai tomar o lugar de vocês no mercado. O carro forte deles é refrigerantes e cervejas e você sabe disto. Aliás, eu sou só uma Publicitária... Preciso mesmo lhe falar sobre coisas tão lógicas? Ou sua visão de negócios é tão limitada?

- Está cega por Heitor. Ele seduziu você.

- Eu não sou assim, Sebastian e você já deveria ter entendido isso, pelo pouco tempo que nos conhecemos.

Ele suspirou:

- Bárbara, se você soubesse o quanto tudo isto está sendo difícil para mim. Juro que se pudesse, eu jogava de uma vez tudo sobre você... Mas não quero me precipitar.

- Estamos falando do que exatamente, Sebastian? - Fiquei confusa.

- Allan montou a empresa no meu país. Uma filial da North B, com intuito de produzir vinhos melhores. – Ele seguiu, trocando de assunto, aturdido. – A empresa dele não era tudo que é hoje. Naquela época a North B. já tinha grande potencial, mas nem perto do império atual. Allan acabou comprando uma propriedade para produzir uvas, próximo das nossas terras. Meu pai sabia que o local era impróprio para a produção de uvas e passou por cima da sua ira, avisando o dono da North B.

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