- Eu sinto muito. Imagino que deva ter sido difícil para vocês. Perdi minha mãe e sei a dor que isso causa. Uma ferida que jamais cicatriza.
- Então os dois desfizeram a sociedade e meu pai pagou muito mais do que Casanova havia investido na empresa, simplesmente para se livrar dele.
- E a parte que seu pai mandou matar Casanova pai?
Mais uma vez Sebastian ficou calado um bom tempo antes de responder:
- Isso foi depois.
- E Milena?
- Nossa relação começou a estremecer. Ela gostava muito de Allan e a mãe havia casado com ele há poucos anos. Celine perdoou, mas logo deu um jeito de perseguir a filha e tirar tudo que lembrasse a minha família do caminho, por medo de Allan se envolver novamente com a minha mãe.
- E isso aconteceu?
- Sim... Quase dois anos depois minha mãe ficou grávida. E era de Allan. Ou seja, o caso deles seguiu, mesmo ambos jurando que aquilo havia acabado.
- E sobre a criança?
- Minha mãe entrou em desespero. E meu pai mudou de quarto na nossa casa. Ou seja, ficariam sob o mesmo teto, mas o casamento estava definitivamente acabado. Ela procurou Allan, que disse que não assumiria o filho.
- Ele fez isso? – perguntei, tentando imaginar Allan tendo aquela atitude. Ele parecia tão ético, bondoso.
- Sim. E Celine viajou para o meu país, a fim de destruir a minha mãe. Elas não se conheciam pessoalmente. Então a víbora entrou na minha casa, falou coisas horríveis para minha mãe, a agrediu... E minha mãe teve um aborto espontâneo no dia seguinte.
- Porra!
- Então minha relação com Milena acabou. Não tinha mais como levarmos aquilo adiante. Eu fiquei do lado da minha mãe e ela ficou do lado de Celine. Minha mãe entrou em depressão profunda e meu pai mandou matar Allan.
- Como assim? Pagou alguém e disse “vai lá e mata aquele desgraçado que engravidou a minha mulher?”
- Mais ou menos isso. Não pagou diretamente, visto que a pessoa era nosso funcionário e já recebia um salário mensal.
- Se fosse tão fácil assim... – Eu ri, sarcasticamente. – Me empresta seu funcionário, já que ele recebe mensalmente, e pede para ele matar o desgraçado que engravidou a minha mãe e a deixou sozinha também... E detalhe, ele fez como o idiota do Allan Casanova e não quis assumir, mesmo sabendo da minha existência. Ele não merece um tiro no meio da cara?
- Eu sinto muito, Babi. – Sebastian pegou minha mão.
- Não sinta... Eu não sinto.
- Nunca teve vontade de conhecê-lo?
- Claro que não. Por que eu quereria conhecer alguém que me ignorou por 27 anos? Esta pessoa sequer merece que eu pense nela. Claro que na infância tive certas neuras por ser uma das poucas crianças que não tinha pai. Uma coisa é você ter pais separados. Outra é viver a vida sem saber quem é o homem que literalmente “fodeu” com a vida da sua mãe e sumiu sem deixar vestígios. Eu sequer sei se um dia houve sentimento entre eles... Ou se fui fruto de uma noite e nada mais. Ela nunca foi capaz de falar comigo sobre isso. Então eu imagino que tenha sido ruim para ela, ou não seria tão difícil tocar no assunto.
- Um canalha...
- Um Allan Casanova... – me ouvi falando.
Ele ficou em silêncio novamente, parecendo longe dali.
- E o que houve, então? – perguntei, tentando entender o restante.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...