Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 118

Era seis horas da tarde quando meu celular tocou. Eu havia adormecido e Ben estava deitado ao meu lado, babando de tão apagado.

Levantei e peguei o aparelho dentro da bolsa. Li no visor “Desclassificado Mor” e sorri:

- Oi. – falei, já precisando de colherinha.

- Gostou das calcinhas?

- Bem, como posso dizer... Parecem um pouco pequenas.

- Assim que eu gosto. Ainda faltam oito para a minha coleção. Vou tirar uma a uma e fazer o que você tanto gosta cada vez. – Eu podia imaginar o olhar pervertido dele do outro lado.

- Molhei a calcinha. – Confessei, vendo Ben despertar, arregalando os olhos.

Abri a porta e fui para a sala. Não queria dividir aquela conversa com ninguém... Era só entre nós.

- Quer ver meu pau como está? Posso mandar uma foto, sua tarada.

- Não quero ver não... – comecei a rir. – Não pelo telefone.

- Foi uma noite especial. Podemos repetir hoje.

- Não, Heitor. Eu ainda estou dolorida... E toda marcada. Vamos deixar para o final de semana. Ainda tenho que me focar no trabalho.

- Anon me disse que Sebastian pegou você pelo braço. Eu fui imediatamente até a Perrone, mas o desgraçado não estava lá. Mandei dois seguranças esperarem ele na porta, mas o canalha não voltou para a empresa.

- Heitor, você não fez isso, não é mesmo?

- Claro que eu fiz.

- Eu não preciso disto. Sei me defender. – Bradei.

- Não sabe. Vou acabar com aquele desgraçado.

- Se você tocar em Sebastian, eu mato você.

- Mata? – ironizou. – Podemos fazer um trato. A vida de Sebastian em troca de algo que eu quero muito.

- O que você ainda quer mais de mim? – Perguntei curiosa.

- Quero sua boca...

- No seu pau? – perguntei, antes de ele terminar.

- Garota esperta... Posso imaginar que já está com água na boca.

- Heitor, eu quero Milena e Sebastian juntos. Para ontem. – Ignorei a frase anterior dele.

- Como assim?

- Você ouviu muito bem. Vá mexendo seus pauzinhos que vou mexer minhas colherinhas.

- O que isso quer dizer?

- Que você deve ajudar.

- Eu... Esta parte eu entendi.

- Então vamos juntar os dois. Eles se amam e você também sabe disto. Não devem ficar separados. É injusto.

- Eu conversei com Celine sobre ela pagar alguém para prejudicá-la no processo da North B., Bárbara.

- Falou quando?

- Convidei ela para almoçar hoje.

- Tão rápido assim?

- Ela negou.

- Acha que ela confessaria? Eu não gosto dela, Heitor.

- Não acho que ela confessaria. E também não acho que você mentiu. Mas não quero entrar em atrito com ela. Meu pai está doente... Ela faz bem para ele, mesmo que para mim Celine seja indiferente.

- Alguma cor em especial que eu deva usar por baixo do vestido, Senhor Casanova?

- Vermelho.

Lembrei que esqueci a rosa que ele me deu no escritório e me senti culpada.

- Ok, vermelho. Boa noite.

- Boa noite, Bárbara.

Desliguei o celular e o apertei contra mim, sorrindo sozinha. Deus, eu realmente estava apaixonada. Aquele homem não saía da minha cabeça. E agora eu ainda sonharia com a rosa, esquecida num vaso sobre a minha mesa.

Nos falamos na noite seguinte por quase trinta minutos, por telefone. Estávamos completamente envolvidos e por mais que eu tentasse manter o pé na realidade, já não conseguia.

Contei as horas para o sábado e comecei a me arrumar às seis horas da tarde. Salma havia saído com Daniel e avisou que iria diretamente para a Babilônia depois. E Tony pegou Ben para passarem o final de semana juntos, num lugar qualquer, só os dois, escondidos do mundo todo.

Já imaginei que depois do jantar, nada me impedia de ficar com Heitor durante todo o domingo. Então teríamos tempo para fazermos várias coisas... Além de sexo.

Sete horas o meu telefone tocou. Fui atender e era um número desconhecido. Sempre que acontecia isso eu me preocupava imediatamente com Salma. O fato de ela estar grávida sempre me deixava receosa.

- Alô. – Eu já fiquei tensa.

- Senhorita Novaes?

- Sim, ela mesma.

- Eu sou amigo de sua avó. Estou ligando porque Mandy acaba de ter um infarto. Ela num Hospital aqui perto do sítio.

- Eu... Estou indo para aí.

Eu já estava arrumada, com um vestido vermelho, usando uma minúscula calcinha rendada fio dental da mesma cor.

Liguei para Heitor imediatamente. Mas o telefone estava desligado.

Embarquei num carro com motorista de aplicativo e parti para o Hospital.

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