Era seis horas da tarde quando meu celular tocou. Eu havia adormecido e Ben estava deitado ao meu lado, babando de tão apagado.
Levantei e peguei o aparelho dentro da bolsa. Li no visor “Desclassificado Mor” e sorri:
- Oi. – falei, já precisando de colherinha.
- Gostou das calcinhas?
- Bem, como posso dizer... Parecem um pouco pequenas.
- Assim que eu gosto. Ainda faltam oito para a minha coleção. Vou tirar uma a uma e fazer o que você tanto gosta cada vez. – Eu podia imaginar o olhar pervertido dele do outro lado.
- Molhei a calcinha. – Confessei, vendo Ben despertar, arregalando os olhos.
Abri a porta e fui para a sala. Não queria dividir aquela conversa com ninguém... Era só entre nós.
- Quer ver meu pau como está? Posso mandar uma foto, sua tarada.
- Não quero ver não... – comecei a rir. – Não pelo telefone.
- Foi uma noite especial. Podemos repetir hoje.
- Não, Heitor. Eu ainda estou dolorida... E toda marcada. Vamos deixar para o final de semana. Ainda tenho que me focar no trabalho.
- Anon me disse que Sebastian pegou você pelo braço. Eu fui imediatamente até a Perrone, mas o desgraçado não estava lá. Mandei dois seguranças esperarem ele na porta, mas o canalha não voltou para a empresa.
- Heitor, você não fez isso, não é mesmo?
- Claro que eu fiz.
- Eu não preciso disto. Sei me defender. – Bradei.
- Não sabe. Vou acabar com aquele desgraçado.
- Se você tocar em Sebastian, eu mato você.
- Mata? – ironizou. – Podemos fazer um trato. A vida de Sebastian em troca de algo que eu quero muito.
- O que você ainda quer mais de mim? – Perguntei curiosa.
- Quero sua boca...
- No seu pau? – perguntei, antes de ele terminar.
- Garota esperta... Posso imaginar que já está com água na boca.
- Heitor, eu quero Milena e Sebastian juntos. Para ontem. – Ignorei a frase anterior dele.
- Como assim?
- Você ouviu muito bem. Vá mexendo seus pauzinhos que vou mexer minhas colherinhas.
- O que isso quer dizer?
- Que você deve ajudar.
- Eu... Esta parte eu entendi.
- Então vamos juntar os dois. Eles se amam e você também sabe disto. Não devem ficar separados. É injusto.
- Eu conversei com Celine sobre ela pagar alguém para prejudicá-la no processo da North B., Bárbara.
- Falou quando?
- Convidei ela para almoçar hoje.
- Tão rápido assim?
- Ela negou.
- Acha que ela confessaria? Eu não gosto dela, Heitor.
- Não acho que ela confessaria. E também não acho que você mentiu. Mas não quero entrar em atrito com ela. Meu pai está doente... Ela faz bem para ele, mesmo que para mim Celine seja indiferente.
- Alguma cor em especial que eu deva usar por baixo do vestido, Senhor Casanova?
- Vermelho.
Lembrei que esqueci a rosa que ele me deu no escritório e me senti culpada.
- Ok, vermelho. Boa noite.
- Boa noite, Bárbara.
Desliguei o celular e o apertei contra mim, sorrindo sozinha. Deus, eu realmente estava apaixonada. Aquele homem não saía da minha cabeça. E agora eu ainda sonharia com a rosa, esquecida num vaso sobre a minha mesa.
Nos falamos na noite seguinte por quase trinta minutos, por telefone. Estávamos completamente envolvidos e por mais que eu tentasse manter o pé na realidade, já não conseguia.
Contei as horas para o sábado e comecei a me arrumar às seis horas da tarde. Salma havia saído com Daniel e avisou que iria diretamente para a Babilônia depois. E Tony pegou Ben para passarem o final de semana juntos, num lugar qualquer, só os dois, escondidos do mundo todo.
Já imaginei que depois do jantar, nada me impedia de ficar com Heitor durante todo o domingo. Então teríamos tempo para fazermos várias coisas... Além de sexo.
Sete horas o meu telefone tocou. Fui atender e era um número desconhecido. Sempre que acontecia isso eu me preocupava imediatamente com Salma. O fato de ela estar grávida sempre me deixava receosa.
- Alô. – Eu já fiquei tensa.
- Senhorita Novaes?
- Sim, ela mesma.
- Eu sou amigo de sua avó. Estou ligando porque Mandy acaba de ter um infarto. Ela num Hospital aqui perto do sítio.
- Eu... Estou indo para aí.
Eu já estava arrumada, com um vestido vermelho, usando uma minúscula calcinha rendada fio dental da mesma cor.
Liguei para Heitor imediatamente. Mas o telefone estava desligado.
Embarquei num carro com motorista de aplicativo e parti para o Hospital.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...