- Você não tem ideia do quanto eu ouvi de “Eu preciso de você” nas últimas semanas. – falei, sem olhá-lo. E não sei o motivo, porque eu continuo sendo Bárbara Novaes... Ou simplesmente Babi. Fico a imaginar o que mudou entre mim e as pessoas novas que me cercam. – Olhei para Sebastian. – Eu não posso ser salvação para ninguém... Mal sei salvar a mim mesma.
Sebastian veio até mim e abraçou-me:
- Eu não acho que você vá aguentar ficar longe, Babi. A sua vida inteira está aqui. E ali. – ele apontou para a North B.
Suspirei, resignada. Eu não iria contar a ele sobre o acontecido entre mim, Heitor e Cindy, porque certamente ele diria que me avisou. Mas eu não era alguém que sabia ouvir as pessoas. Eu só ouvia a mim mesma.
- Você acha que eu seria capaz de me apaixonar por Heitor Casanova? – me ouvi perguntando, ainda com os olhos voltados para último andar da North B.
- Não acho que ele mereça o seu amor. Mas acho que Heitor Casanova poderia se apaixonar por você. Porque Bárbara Novaes é diferente de todas as mulheres que ele encontrou pelo caminho até hoje... Disso eu tenho certeza. – Ele riu.
- Eu preciso ir, Sebastian. – Olhei no relógio e me dei em conta de que já estava falando demais e o tempo passava.
- Aguardo você em uma semana. É tempo suficiente para resolver seus problemas com sua avó.
- O que o faz ter tanta certeza de que vou voltar?
- Não tenho certeza. Só estou contando com meus instintos... E com Heitor Casanova.
- Como assim?
- Se não voltar por mim e pela Perrone, você voltará por ele.
Olhei uma última vez pela janela. Dei um beijo em Sebastian e o abracei:
- Lhe dou um retorno em uma semana. Preciso ver como Mandy vai ficar e o que nós duas vamos decidir.
- Combinado. Estarei esperando. Temos um projeto para botar em ação.
- Você poderia já começar, Sebastian. Não podemos esperar ainda mais.
- Eu quero você ao meu lado no lançamento dos novos rótulos.
- Obrigada. – Pisquei e saí.
Olhei para as duas secretárias, que estavam no computador. Nem perceberam que eu havia saído da sala.
Andei até a sala de Tony e bati na porta. Demorou até alguém abrir a porta. Entrei e vi Ben completamente descabelado e Tony com a roupa amassada. Certamente estavam transando ali. E eu aposto que estava bom demais, pelos rostos vermelhos dos dois. Eles nem falar foram capazes, pegos de surpresa por mim.
- Eu... Vou até a North B. – avisei Ben.
- Eu vou junto. – Ele veio na minha direção, tentando se recompor.
- Não. Isso é uma coisa que eu preciso fazer sozinha. – Fui firme, ou ele realmente me acompanharia.
- Eu... Sinto muito pela sua avó, Babi. – Tony disse.
- Obrigada, Tony. Agora, por favor, trate de segurar seu companheiro porque eu preciso ir sozinha até a North B.
- Pode deixar que Ben vai fazer o que você está pedindo. – Ele garantiu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...