Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 123

Resumo de A calcinha branca: Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo do capítulo A calcinha branca de Como odiar um CEO em 48 horas

Neste capítulo de destaque do romance Romance Como odiar um CEO em 48 horas, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Apertei o botão do elevador que me direcionaria ao último andar. Sentia meu coração descontrolado e eu nem sabia ao certo o porquê. Eu muito mais queria explicações do que tinha a explicar.

Minha avó passou mal e eu precisei ir... E a porra do telefone de Heitor estava desligado. O que eu mais temia era o que ele me diria com relação a Cindy Connor ter atendido o telefone dele.

Entrei na sala gigantesca da recepção. Havia dois homens esperando, ambos bem-apessoados e usando ternos. Fui diretamente numa das secretárias:

- Quero falar com Heitor Casanova.

Ela levantou os olhos na minha direção:

- Tem horário marcado?

- Não. Mas diga a ele que é Bárbara.

- Bárbara de quê? – a outra se intrometeu.

- Ele sabe de que... – eu sorri e segundos depois fiquei séria. – Agora!

As duas se olharam a riram.

- Posso saber por que vocês estão rindo? Vão chamar Heitor ou eu vou ter que entrar sem ser anunciada?

- Ele está numa conversa importante e posso garantir que vai demorar. – Uma delas falou, sem olhar na minha cara e as duas riram baixinho, debochadamente.

Respirei fundo. Dar um barraco assim, do nada, não pegaria bem. E já estava mais do que na hora de eu me conter em público. Estava no ambiente de trabalho do CEO mais conhecido do país. O fato de ter tido uma noite de sexo perfeito e selvagem com ele não significava nada.

Quando fui sentar na poltrona e aguardar, a porta se abriu. E Cindy estava saindo de lá, com um vestido preto completamente grudado ao corpo, mostrando seus quase dois metros de pernas brancas sem estrias ou celulites. Nos encaramos e eu não me contive:

- O que você está fazendo aqui?

- O que “você” está fazendo aqui... Eu fui convidada. Você também? – ela arqueou a sobrancelha, debochadamente.

- Vocês... Se conhecem? – uma das secretárias perguntou.

- Ela é só um dos casinhos passageiros do Thor. – Cindy me olhou dos pés à cabeça e sorriu.

Caralho, eu estava acabada. Tinha dormido mal pra caramba nas últimas noites, cheia olheiras e não tive tempo sequer de me maquiar antes de sair. Mal escolhi o vestido, pegando o que estava em cima da pilha de roupas.

- “Você” é o casinho passageiro dele. – falei em tom de voz alto, com o dedo em riste.

Brigar com ela de tapa era impossível. Ela devia ter uns 30 centímetros mais do que eu.

Bárbara, acorda! Você não está no colegial, onde podia brigar de se jogar no chão por qualquer motivo. Você é adulta e tem 27 anos... Ponha isso na sua cabeça de 15.

- Liga para o senhor Casanova que acho que a coisa vai esquentar por aqui. – Uma das secretárias disse para a outra.

- Não vai esquentar, não. – falei. – Eu não vim falar com Cindy... Vim falar com Heitor. Onde está a outra secretária? A pelada. – perguntei, aturdida.

Aquela pelada era mais simpática, juro. Olhei atentamente para as duas que estavam ali e usavam uniformes. Que porra fizeram na North B?

A porta se abriu e Heitor apareceu. Ele estava de terno e gravata, impecáveis. Os cabelos bem penteados, sem um fio fora do lugar. Os olhos verdes entraram nos meus e senti um arrepio incontrolável. Que saudade daquele desclassificado desgraçado! E tinha sido só alguns dias sem o ver... E dois sem ouvir sua voz.

- Bárbara? – ele falou depois de um tempo, parecendo surpreso com a minha presença.

- Estou tentando entender o que ela faz aqui. – Cindy falou para ele.

- O que você quer? – ele perguntou, num tom de voz estranho, que não deu para identificar se era educado ou neutro. E para mim neutro era ruim, bem ruim.

- Não... Não há motivos para isso.

- Não mesmo. – Cindy respondeu. – Vá embora e não volte mais, sua interesseira de quinta.

Parei na mesma hora. Eu não conseguia ouvir ofensas e ficar quieta. Cindy foi além da minha capacidade de tolerância. Voltei três passos e olhei para ela:

- Do que você me chamou?

- Interesseira de quinta. – Repetiu em alto e bom som.

Puxei o rabo de cavalo dela, que ficou todo na minha mão, deixando-a com os cabelos na altura dos ombros. Puta que pariu! Olhei para os fios falsos nas minhas mãos enquanto ela me encarava, sem reação.

Quando menos esperei, Heitor me pegou no colo e entrou na sala dele, trancando a porta enquanto Cindy gritava do lado de fora, batendo na porta:

- Eu vou matar esta desgraçada... Abra esta porta, Thor.

Fiquei parada enquanto Heitor pegou o telefone:

- Anon, retire Cindy imediatamente daqui e a leve para casa. Chame mais dois seguranças.

Ficamos nos olhando enquanto eu ouvia o som da voz dela se afastar. Olhei para os cabelos da desclassificada nas minhas mãos e joguei no chão, anojada.

- Este é o tipo de mulher que você anda? – esfreguei minhas mãos com força uma na outra.

- Onde você foi parar? Por que desapareceu? – ele se escorou na mesa.

- Por que ela atendeu o telefone quando eu liguei? Me chamou de “desclassificada” e ainda disse que você não podia atender?

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