Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 131

- Não posso, Babi. Preciso cumprir a promessa que fiz a ela.

Céus, meu peito doía tanto. Lembrar da minha mãe acabava comigo. Era uma saudade tão grande, tão intensa. E eu sabia eu jamais conseguiria acabar com aquele sentimento dentro de mim. Porque não a veria novamente, com seu sorriso meigo, sua perseverança e otimismo e a certeza que ela me dava de que tudo daria certo, sempre.

Se havia uma promessa para que eu não ficasse sabendo a verdade, mamãe tinha a certeza de que eu iria atrás de vingança do desgraçado.

Claro que eu ia descobrir, de um jeito ou de outro. Não queria saber quem era meu progenitor. Mas sim ter certeza de quem foi o homem que magoou a mulher mais perfeita do mundo todo: a minha mãe.

Mandy limpou as minhas lágrimas e disse:

- Você não é mais uma criança... E eu sei disto. Mas enquanto eu viver, vou protegê-la de qualquer coisa que possa magoá-la.

Ela ligou o carro e partiu novamente. Fomos em silêncio até chegar no sítio.

Assim que entramos em casa, eu disse:

- Vou ficar um tempo por aqui.

- Não... Precisa voltar para sua vida.

- Você precisa de mim.

- Eu sempre me virei sozinha. Você é jovem, está começando o emprego dos seus sonhos. Acha mesmo que vou deixá-la largar tudo por uma velha como eu?

- Você sabe que não é assim.

- Fazemos o seguinte: uma semana. É tempo suficiente para eu me recuperar completamente, se é que já não estou, e você poder voltar aos seus compromissos.

- Vó...

- Se ficar e abrir mão de tudo, vou passar tudo que tenho para o seu nome. E terá que administrar o sítio e tudo que faz parte da rotina dele.

- Não!

Se tinha uma coisa que eu não queria era assumir os negócios da minha avó. Sabia que era meu por direito, quando ela morresse. Mas eu venderia. Não tinha a mínima vocação para aquilo. Claro que nunca disse para ela, pois sabia o quanto era importante para Mandy aquele lugar. Mas viver uma vida fazendo algo que eu não gostava estava fora de cogitação.

Ela riu:

- Eu sabia que diria isso.

- Mandy, por que não vai morar conosco na capital? Tem apartamentos vagos no meu prédio. Claro que não tem elevador... Mas sei lá, a gente poderia improvisar algo.

- Eu amo isso aqui e você sabe disto. Jamais trocaria meu ar puro pela poluição e o vai e vem de pessoas o tempo todo. Aposto que o galo não canta lá pela manhã.

- Claro que não – eu ri. – O celular que é o meu despertador.

- Eu morreria longe das minhas terras.

- E sobre o infarto?

- O médico mandou eu me exercitar mais do que já faço. Disse que caminhar para ver meus bichos não é o suficiente. Então, acho que vou para a academia.

- Sério? – Comecei a rir, imaginando Mandy na academia. Aquilo não daria certo.

- E fazer caminhadas matinais. E cuidar a alimentação.

- Acho que você cuida... Não cuida?

- Uns docinhos em excesso... Gosto de carnes com gourdura...

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