Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 134

- Sebastian, por que seu pai abriu a empresa em Noriah Norte, afinal? Não foi por mim, foi para provocar Allan, não é mesmo?

- Ele disse que quando a encontrasse, esta Perrone, no seu país, lhe pertenceria. E ele já sabia que iria morrer em breve. Então, realmente era o desejo dele que você fosse a CEO daqui. E eu comandaria os negócios no meu país. O problema é que ele investiu muito... Em pouco tempo. Queria deixar tudo pronto antes de morrer.

- E...

- Bem, você vai ganhar uma filial da Perrone.

- Eu não quero.

- É sua... A questão é: está falida.

- A Perrone está falindo? – Não contive a risada. – Claro, eu não poderia esperar outra coisa. Você só me contratou porque estava falindo.

- Babi, eu contratei você porque é minha irmã. Eu só queria confirmar isso. Se você não fosse da área de Publicidade, eu encontraria um trabalho para você em qualquer lugar que pudesse incluí-la. Agora, se quer falar de azar, podemos fazer isso. Parabéns, papai lhe deixou uma empresa. Só que ela não gera lucros.

Suspirei e logo comecei a gargalhar.

- Isso não é engraçado, Babi.

- Sebastian, não se estresse com isso. Eu nasci falida. Acha mesmo que eu me importaria? Dinheiro nunca foi meu lance. Eu sempre priorizei ser feliz... Quero o suficiente para seguir minha vidinha, no meu apê sem elevador, andando a pé, contando a grana pro uber, vendo o show do Bon Jovi lá de trás, onde ele parece uma formiga... – balancei os ombros. – Um sapato de marca, uma roupa de grife, um vinho caro... Isso é bônus da vida.

- Eu queria lhe dizer que você está rica... Mas não é bem assim a situação.

- O bom é que você consegue manter a pose. Se não tivesse me contado, eu não teria adivinhado. Tony sabe?

- Sim.

- Me refiro... A falência.

- Sim. De nós sermos irmãos, ninguém sabe. Só nós dois.

Passei a mão no rosto, sentindo a pele quente. Muita coisa para um dia só. Eu já era ansiosa por natureza. Certamente não dormiria naquela noite nem com remédio dobrado.

- Eu sei que foi investido muito nos rótulos. Não quero acabar com tudo. Vamos seguir, do jeito que a gente decidiu. Pode ser? Eu não tenho medo de Heitor... Nem da porra da North B. – Falei, decidida.

- Você... Voltou para ficar?

- Por hoje, sim – sorri. – Mas amanhã já não sei se não vou pedir demissão de novo.

Sebastian suspirou:

- Ainda bem que não conheci você criança. Acho que eu iria bater em você, puxar seus cabelos, empurrá-la ladeira abaixo... – ele riu.

- Ia levar uns tapas, isso sim. Pode perguntar para Salma... Eu batia bem.

- Nela?

- Também. – Sorri, envergonhada.

- Eu ouvi uma conversa aqui na empresa que alguém arrancou os cabelos de Cindy Connor na North B. Por Deus, me diga que não foi você.

- Bem... Em minha defesa, eu digo: ela começou. E... Não foi de propósito. Como eu ia imaginar que o rabo dela não era cabelo de verdade?

- Meu Deus! – ele colocou a mão no rosto. – Me diga que esta irmã não vai acabar com a minha vida tão tranquila! Desde que ela apareceu tudo virou de cabeça para baixo.

- Você pediu, desclassificado. Foi atrás de mim... Implorando.

- Ei, eu não implorei. – Ele enrugou a testa.

- Mas pensou em implorar.

- Não.

- Confessa que não vive sem mim.

- Ok, eu confesso.

Levantei e fui para a porta.

- Onde você vai, Babi?

- Acabar com Heitor e a porra que ele fez.

Ele levantou e veio atrás de mim, tentando me impedir de sair:

- Você não pode fazer isso.

- E você não pode me manter trancada aqui para sempre. Sabe que eu vou ir... Uma hora ou outra.

- A senhora precisa se identificar no balcão principal para subir.

- Não vou me identificar, quero fazer uma surpresa para Heitor. – a encarei, já furiosa.

- Não pode... Não tem autorização para subir.

- Ela pode subir.

Virei para Anon 1, parado na minha frente. Suspirei e sorri:

- Oi, Anon... Que saudades. – o abracei.

- Oi, senhora Bongiove.

- Bem, pelo menos coloque o crachá de visitante. – ela pregou na minha roupa.

- O senhor Casanova jamais impediria a entrada da senhora Bongiove. – Anon disse à ela, que não contestou, indo de volta ao balcão.

- Você é um segurança que fica sempre perto de Heitor ou do lado de fora do prédio?

- Bem... Eu sou fumante. Então vez ou outra preciso... Fumar. – confessou, baixinho.

- Isso é um segredo?

- Na verdade mais ou menos. O senhor Casanova sabe que eu fumo, mas finge que não.

- Hum... Mas sua real função é protege-lo, não é mesmo?

- Claro.

- Então acho melhor você subir comigo. Eu vou matar ele. Pode tentar salvá-lo.

Anon 1 riu:

- Pode subir, senhora Bongiove. O senhor Casanova vai ficar feliz com a sua visita.

Dei de ombros e entrei no elevador. Antes da porta se fechar, acenei para ele:

- Eu te avisei, Anon 1. Você que não quis acreditar em mim. Vou matar Heitor. E aposto que ele não vai ficar feliz com a minha visita.

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