Adentrei na sala do CEO da North B. como um furacão. Assim que me viram, as secretárias levantaram imediatamente:
- Senhorita Novaes! – uma delas disse.
Antes que elas falassem qualquer outra coisa, abri a porta, sem pedir permissão. Heitor estava reunido com vários homens, todos sentados ao redor de uma mesa, à esquerda de quem entrava na sala.
- Fora, todo mundo, agora! – Apontei o dedo para a porta.
Heitor começou a mover sua cadeira giratória, de um lado para o outro e me encarou, parecendo se divertir com a situação.
Como ele não falou nada, todos os homens levantaram e foram saindo. Assim que o último deles se foi, fechei a porta com força, dando um estrondo na parede.
- Devo ter medo? – Ele arqueou a sobrancelha, divertidamente.
- Eu vou matar você. – falei, imóvel, sentindo meu coração batendo tão forte que eu mal conseguia respirar.
Claro que eu achei que iria até lá e acabaria com ele. E sim, eu faria isso. Mas primeiramente meu corpo precisava se acostumar com o dele ali, sem querer tocá-lo, mesmo sem a permissão do meu cérebro.
Porra, como eu amava aquele homem e seu jeito debochado de ser. Heitor me tirava do sério... Mas era justo isso que me fazia ser completamente louca por ele.
Ele levantou e abriu os braços, indo em direção às paredes envidraçadas que davam para a rua:
- Pode me matar, Bárbara. Aliás, só termine a porra que você começou.
- Você é a pessoa mais mentirosa e desprezível que eu já conheci.
- Eu? – Ele começou a rir. – O que eu fiz desta vez? Cindy definitivamente está fora da administração da Babilônia. E você decide vir até aqui me matar?
O quê? Cindy estava fora? Como assim? Só me questionei mentalmente, mas ele respondeu, como se tivesse escutado meus pensamentos.
- É isso mesmo que você ouviu. Ela é só a dançarina de pole dance agora. Nada mais. E eu fiz isso por você. Quer que eu faça mais o que para provar que não quero outra pessoa?
- Heitor, você está brincando comigo? O que passa na sua cabeça? Me diz que não consegue ficar sem a loira do pau do meio para seguir a prosperidade de seu prostíbulo, me deixa partir e depois decide tirá-la da função pela qual discutiu comigo? Por isso deu um jeito de me avisar que havia feito isso? – Fiz questão de ironizar cada palavra.
- Estou avisando agora – sorriu, satisfeito. – Tive uma semana muito agitada e cheia de trabalho.
- Claro que sim... Enquanto colocava em prática a minha ideia, roubando da Perrone para a North B, sem um pingo de consideração.
- Está falando dos rótulos?
- Do que mais eu estaria falando, porra?
Ele veio na minha direção e tentou me tocar. Afastei-me imediatamente:
- Você nunca mais vai encostar um dedo em mim, Heitor.
- Isso seria a minha morte... Lenta e dolorida.
- Você bebeu? Chope com alucinógeno?
- Caralho, como eu posso dizer que gosto de você?
Deus, é pior do que eu admitir aos outros que tenho “sentimentos profundos” por ele.
- Heitor, quem gosta não faz o que você fez comigo. Roubou a minha ideia... Eu vim fazer uma entrevista aqui... E ficou claro que o vinho na North B. era só uma hipótese para criação do projeto. Então alguém rouba tudo que tirei da minha mente e diz na reunião, na frente de todos, que teve aquela ideia sozinho. Você fez o que? Não acreditou em mim diante do ocorrido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...