Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 138

Resumo de Maria Lua não tem pai (II): Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo do capítulo Maria Lua não tem pai (II) de Como odiar um CEO em 48 horas

Neste capítulo de destaque do romance Romance Como odiar um CEO em 48 horas, GoodNovel apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Tivemos um jantar tranquilo, sem conversas reveladoras. Só havia espaço para planos com nossa pequena, que dentro de no máximo seis meses estaria conosco.

Depois da sobremesa, sim, porque Salma conseguiu em uma hora preparar uma comida gostosa e ainda uma sobremesa dos deuses, fomos para a sala. Ben e Salma sentaram no sofá e eu me joguei no chão, sobre algumas almofadas.

- Que filme vamos olhar? – Ben perguntou, mexendo no controle da TV.

- Que tal “Revelações de Bárbara Novaes”? – sugeri.

Os dois me olharam, surpresos.

- É uma mistura de comédia romântica, com uma pitada de drama. Vamos, vai ser legal.

Ben botou o controle sobre o braço do sofá e me olhou:

- Adoro este filme. Comece, por favor. Já liguei o play...

Respirei fundo e comecei a contar tudo que havia acontecido naquele dia, começando com a ligação de Sebastian e terminando com o “eu te amo” de Heitor Casanova.

Quando acabei, os dois ficaram um tempo sem dizer nada. Até que Ben decidiu falar:

- Ok, Heitor faz tudo errado. Mas não é com intenção de magoar você. Ele tenta surpreendê-la e agradá-la... Mas não sabe como fazer.

- Não, não vou deixar você defender Heitor, Ben. Ele pegou a minha ideia e pôs em prática na empresa dele.

- Para tentar levá-la para lá, ficando ao lado dele.

- Isso não é certo.

- Caralho, Bárbara e o que é certo nesta vida? – ele levantou. – Sebastian ser seu irmão não é certo. Salma ter sido abusada pelo padrasto na infância não é certo. Perrone ter abandonado sua mãe depois de engravidá-la não é certo. Ele mandar que ela tirasse o bebê não é certo... Você ter ficado oito anos ao lado de Jardel não é certo... E você ficou. E quando a gente pergunta: como conseguiu sobreviver a tudo aquilo por tanto tempo, qual é sua resposta? – me encarou.

- Eu... Não sei.

- Caralho, Jardel errou por oito anos. Ele fez as piores coisas que alguém pode fazer: obrigou você a ter relações sexuais com ele, a fez buscá-lo em becos com traficantes, pondo sua vida em risco, transou com prostitutas, fez você experimentar drogas... Fora o que a gente não sabe, porque certamente você não nos contou tudo. E a questão é: você perdoou Jardel, todas as vezes.

- É diferente...

- Sim, é bem diferente. Thor roubou sua ideia com o intuito de fazê-la ficar com ele, mas em troca colocou seu nome para que você receba cada centavo da sua criação. “Ah, mas ele fez errado”. – Imitou minha voz. – Claro que fez. E quem não erra, porra? Você é a rainha das decisões erradas, minha cara.

- Ben, você não está sendo justo comigo. – Falei, chateada.

- Não estou mesmo. Estou sendo honesto. É o que eu acho e ponto final. Se vou mudar de opinião? Não.

- Salma... – Olhei para ela, em busca de ajuda.

- Eu... Não sei o que dizer. Só ouvi a parte: “Ele gritou eu te amo de dentro do escritório” – ela sorriu. – E isso por si só já bastava para mim, no seu lugar, perdoá-lo.

- Vocês não o conhecem para defendê-lo. – justifiquei.

- E quem conhece você? – Ben começou a andar. – Eu mal me conheço, caralho. Eu disse que jamais na vida aceitaria me envolver com alguém que tivesse vergonha do que eu sou, do que eu gosto, que não me assumisse. A vida inteira eu lutei contra isso e joguei muito homem bom fora por causa do meu orgulho e decisão de jamais ser segunda opção de alguém. Sabe o que eu sou hoje? A porra de um amante, que reza para que um dia seja assumido, mesmo sabendo que a probabilidade é quase zero. Sabe por quê? Porque se fosse para ele ter terminado com a noiva, já teria feito. Se eu concordo com isso... Não, claro que não. Mas a vida é tão curta, caralho. Eu o amo. Deixá-lo por orgulho... – riu, com escárnio. – Não... Não vou mais fazer isso.

- Sofre do mesmo jeito. – Argumentei.

- Não... Porque o amor vem em primeiro lugar. Amar e ser amado é uma dádiva.

- Como jogar na loteria. – Salma falou. – Procurei por isso a vida inteira e não encontrei. E você tem.

- Vocês estão querendo dizer que eu devo perdoar o desclassificado do Heitor?

- Como assim? Mas... Sua barriga ainda dá pra enganar, com as cintas e...

- Não quero mais.

- O que ele disse?

- Acha mesmo que Heitor sabe quem é Salma na vida? – ela riu. – Sou só uma funcionária, nada mais.

- Você vai ficar bem?

- Sim. Vou ficar por casa, repousar e cuidar da minha princesa. – Ela alisou a barriga.

- Ben está estranho.

- Acho que é sobre o relacionamento dele com Tony. Ele está sofrendo.

- Aceita porque quer.

- Babi, nem todo mundo consegue ser como você: pensar com a cabeça e não com o coração.

- Eu já fui diferente um dia... E você sabe disto. E olha o que aconteceu?

- E todos os bons pagarão pelo desgraçado do Jardel? Cara, ele lhe fez usar drogas, praticamente estuprou você... E vem me dizer que Heitor roubar sua ideia é algo imperdoável? – ela levantou e me deu um beijo. – Acho que comi demais. Vou tomar um chá e deitar. E fico feliz em saber que encontrou seu irmão... Ou melhor, que soube que tem um irmão. Isso vai lhe fazer bem, acredite.

- Amo você, Salma.

- E eu amo você, Babi... Para sempre.

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