Era para ser uma noite agradável. E não foi. Acabei sozinha, “cancelada” pelos meus próprios amigos.
Eu até acho que eles fizeram aquilo de propósito, para que eu lavasse e secasse a louça sozinha.
Enquanto esfregava a louça, minha cabeça não conseguia parar de pensar em Heitor. Eu pus um fim àquilo... Acabando comigo mesma. Porque estar longe dele ela como me perder para sempre. Mas eu não podia perdoar o que ele tinha feito. Se estava sendo intolerante? Não, não estava.
A campainha tocou. Meu coração quase saltou pela boca. E se fosse ele? Não esperávamos ninguém àquela hora.
Puxei meus cabelos para trás e olhei-me no espelho para ver se estava bem de aparência. Enquanto isso a campainha insistia.
Abri a porta e dei de cara com uma mulher alta, morena, de olhos claros. Tinha cabelos compridos e vestia um conjunto de terno branco com blusa vermelha por baixo. A bolsa que ela carregava no antebraço tinha o logotipo de marca famosa em tamanho grande.
- Posso ajudá-la em algo? – perguntei, achando ser engano.
- Sim... Procuro “Ben”.
- Ben? – fiquei impressionada. Eu jamais vi aquela pessoa na minha frente. – Da parte de quem?
- Da noiva de Tony. – Ela empurrou a porta e entrou, quase passando por cima de mim, sem nem pedir licença.
Se eu estava fodida porque Heitor roubou minha ideia e destruiu a empresa do meu irmão, Ben talvez estivesse em situação pior. Mulher atrás de amante... Confusão na certa.
- Não vou perguntar se você quer sentar, porque acho que se quisesse o faria sem convite, não é mesmo? – ironizei. – Fecha seus ouvidos porque vou gritar.
Ela arqueou a sobrancelha, confusa, enquanto gritei a todo volume por Ben.
- Não vou até lá porque tenho medo de deixá-la aqui sozinha... Sabe como é... Não a conheço.
- Acha que eu roubaria algo desta espelunca? Só existe uma ladra aqui... E é a Ben.
- “A Ben”? – Perguntei.
Puta que pariu! Ben estava fodido ao quadrado.
Ben apareceu na sala, com os cabelos desgrenhados, sem maquiagem e de camisa larga, só de calcinha comportada, com seu pênis fazendo volume evidente na parte da frente.
- Apresentando.... Ben. – Apontei para ele. – Surpresa!
- A Ben... É homem? – ela ficou pasma, olhando para o meu amigo dos pés à cabeça.
- Teoricamente... Não. – Ben respondeu. – Você é...
- Lorena, futura esposa do Tony. – Ela o olhou, com escárnio.
Aquela foi uma das poucas vezes que vi Tony sem reação. Então respondi por ele:
- Acho que você é noiva dele, não futura esposa. Porque futura esposa é o meu amigo aqui. – Cruzei os braços e fiquei ao lado dele.
Se eu dissesse que não estava louca para bater em alguém e descontar a raiva que tinha guardada dentro de mim por tudo que aconteceu naquele dia, estaria mentindo. Lorena apareceu no dia errado, na hora errada.
- Meu Deus... Você é homem. – Ela seguiu, confusa.
- Depende do ponto de vista, querida. – Ben respondeu, delicadamente.
- Se afaste de Tony. – Ela disse com raiva, apontando o dedo para ele, já com firmeza.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...