Eu ri:
- Quer mesmo que eu acredite nisto? Talvez o encontre na próxima semana com ela e será porque já a convenceu a sair da direção da Babilônia, de sair da dança principal e do prédio, mas só está se certificando de que tudo saiu como o esperado? Não me subestime, Heitor. E precisamos sair daqui. É um banheiro feminino. Ah, esqueci: você faz xixi sentado. – Debochei.
- Ninguém vai entrar na porra do banheiro enquanto estivermos aqui e você sabe disto.
- Não acredito que trancou a porta!
- Acha que vim até este restaurante no fim do mundo por que, Bárbara?
Arqueei a sobrancelha, confusa.
- Por você. – Olhou nos meus olhos, novamente se aproximando.
- Está me seguindo, Heitor?
- Um pouco... Só um pouco. Preciso saber se está tudo bem, Bárbara. E que você não está com Sebastian.
- Não posso lhe dar esta garantia.
- De que está bem?
- De que não estou com Sebastian. – Olhei nos olhos dele.
- O que quer de mim? Peça, e eu farei.
- Houve uma vez que realmente eu queria tirar Cindy do caminho. Agora pouco me importo. Não quero mais seguir com isso, em hipótese alguma. Não acreditava em mudanças repentinas e agora acredito menos ainda. Você me provou que as pessoas não mudam.
- Será que vou sempre ser comparado com a porra do seu ex?
- Sim... E vai servir como comparação para o próximo.
- Não vai haver próximo. – Ele pegou meus pulsos e colou o corpo ao meu.
- Sebastian já é o próximo. A fila andou. – falei, num fio de voz.
Ele me soltou imediatamente e pude perceber a fúria nos seus olhos.
- Você sabe o quanto eu odeio Francesco e Sebastian Perrone, não é mesmo?
- Não deveria odiar Sebastian, Heitor. Ele não teve culpa do que os pais de vocês fizeram no passado. Nem você nem Milena são culpados.
- Quero chegar no ponto que, por mais que eu odeie Francesco, entendo exatamente o ódio que ele sentiu pelo meu pai quando o viu com a sua mulher.
- Do que você está falando?
- Que eu sinto na pele isso. Se eu tivesse uma arma neste momento, atiraria na cabeça de Sebastian. O arrancaria da sua vida para sempre e vingaria o meu pai.
- Você não pode estar falando sério. – Fiquei pasma.
- Já imaginou o que você tem de mais importante na vida nas mãos de outra pessoa?
Eu não respondi e ele virou as costas, indo para a porta. O puxei pelo braço e encarei-o:
- Sim, eu já vi. Agora pouco, na mesa ao lado da minha. Entende o que eu sinto agora?
- Talvez você tenha razão... Não era para ficarmos juntos. – Abaixou a cabeça. – Eu tenho me esforçado, mas ainda assim não é o suficiente. Aliás, nada que eu faço é o suficiente.
- Heitor, você está aqui com ela. Isso é imperdoável. E não, eu não tenho nada com Sebastian. É uma relação patrão empregado.
Eu não podia deixá-lo odiar Sebastian mais do que ele já odiava. Minha função era acabar de vez com a briga entre os dois e não fomentar aquela inimizade.
- Por que eu preciso aceitar isso e você não pode aceitar Cindy na Babilônia? Sebastian colocou você no último andar em poucas semanas. E eu sempre acreditei que era por sua competência, mesmo com o ciúme acabando comigo.
- Sou tão competente que você roubou a minha ideia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...