Tive que ficar na frente do prostituto para que Heitor e Sebastian parassem. Estavam ofegantes e eu conseguia ver a raiva nos olhos deles como sentissem exatamente o mesmo que eu.
- Vamos, peça desculpas. – Heitor ordenou.
- Desculpe... Bárbara. – O homem disse, quase sem voz.
- Alto... Ela precisa ouvir. – Sebastian falou.
- Desculpe, Bárbara. – Ele repetiu, mas acho que a voz não saía mais alto do que aquilo.
- Vai devolver o dinheiro dela. – Heitor falou entredentes. – Agora!
- Me soltem... E eu devolvo... Não sei o quanto... Mas tenho... Devolvo.
- Ele sequer deve lembrar. Quantas mulheres este desclassificado já deve ter roubado?
Uma pessoa estava gravando e quando viu que foi observada, começou a andar rapidamente.
- Pegue o celular, Anon... Quebre e depois pague pelo estrago. – Heitor ordenou.
- Sim, senhor.
Anon foi atrás do homem, que saiu correndo com o celular ainda em mãos.
- Não precisa isso, Heitor. – falei.
- Se eu não fizer exatamente isso, amanhã eu e Sebastian estaremos em todos os noticiários como agressores de um garoto de programa bondoso, que não fez nada a não ser tentar jantar em paz num restaurante.
- Você não precisa me devolver o dinheiro – falei ao homem. – Mas que isso sirva de lição para não roubar mais as mulheres. Você recebe para dar-lhes prazer. Não precisa pegar mais do que lhe é dado por direito.
- Não vou... Não vou...
- Ei, você... Lembra de mim? – me ouvi perguntando, curiosa.
- Você... Quer que eu lembre? – ele perguntou, enquanto a saliva, misturada com sangue, escorria dos seus lábios.
- Espero que não lembre. – Finalizei.
- Então não lembro... – ele garantiu.
- Vá embora. Suma daqui. – Sebastian disse, enquanto pegava a carteira do bolso dele. – Isso serve como pagamento pelo que fez à Babi.
- Sinta na pele o que é ficar sem nada, seu desgraçado.
Ele saiu, tentando correr. Achei que a mulher iria atrás dele, mas não foi. Em vez disso, entrou no carro e foi embora.
Ficamos nós três ali. Eu ainda sentia meu corpo trêmulo e embora soubesse de toda situação que existia entre Sebastian e Heitor desde sempre, naquele momento acredito que possa ter tido uma breve trégua... Em meu nome.
- Obrigada... Aos dois. – falei, entre eles.
O prostituto já não estava mais ali então sobrou meu irmão e o amor da minha vida. Deus, meu coração não respondia por mim. Eu amava aqueles dois.
- Sempre quis acabar com a raça deste maldito. – Heitor falou, olhando para a própria mão.
- Está inchada, Heitor. – Observei os dedos inchados e a mão machucada.
- Não... Está tudo certo.
- Já tinha acertado alguém antes? – Sebastian riu, olhando para ele.
- Poucas vezes. – Heitor confessou, com os cabelos completamente bagunçados.
- Vou pedir para o manobrista trazer o carro, Babi. – Sebastian saiu.
- Quando chegar em casa, coloque um gelo. – Peguei a mão dele, observando melhor. – Vai desinchar.
- Se preocupa comigo? – perguntou, com os olhos nos meus.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...