- O que houve?
- Nada sério, mas preciso que venha.
- Não me preocupa, porra.
- Estou bem, juro. Só preciso de você.
- Em quinze minutos chego.
- Ok.
Estava saindo na porta quando lembrei do casaco, pegando qualquer um que estava na frente e jogando sobre meus ombros.
Eu precisava resolver de uma vez por todas a situação entre Sebastian e Milena. Me doía ver os dois sofrendo sendo que se amavam e tinham sido afastados por suas famílias egoístas e mesquinhas.
Se não se acertassem, tudo bem. Mas pelo menos se veriam e decidiriam se perdoar ou colocar um fim a tudo aquilo e seguirem suas vidas.
Sentei de volta no sofá, já desistindo da minha comida que estava na mesa e certamente tinha esfriado.
- Qual sua relação com Cindy? – perguntei. – Para ela ir lhe falar essas mentiras?
- Não somos amigas... Também não inimigas.
- Mas você sabia que ela tinha um caso com Heitor?
- Sim, eu sabia. – Ela abaixou a cabeça.
- E aceitava?
- Julgamentos? – Ben ironizou.
- Não, não estou julgando. Só tentando entender. – Justifiquei.
- Que diferença fazia com quem ele dormia? – ela deu de ombros. – Para mim era só alguém que eu gostava como um familiar... Um amigo. Não havia ciúme... Nunca houve. Foi um noivado forçado.
- Pela sua mãe, não é mesmo?
- Sim.
- Por que... Aceitou?
- Eu não sei. Nunca fui muito de contestar. Sempre achei que minha mãe queria o meu bem. Não que hoje eu pense diferente, mas me arrependi de algumas coisas que deixei no passado. Hoje sou mais madura. Os erros nos fazem aprender.
- Concordo. – Salma disse, ainda à mesa.
Sim, era uma conversa entre nós duas, mas meus amigos e eu estávamos acostumados a nos ampararmos e falar o que pensávamos. Então eles não se importavam de dizer o que achavam daquilo tudo para a ex-noiva de Heitor. Além do mais, éramos experts em fazer porras e agirmos errado. E também em corações partidos.
- Sebastian é um homem lindo e de boa índole. – Salma disse. – Sinceramente, eu não sei o que você está esperando. E se ele conhecer outra pessoa e se apaixonar? – indagou.
Ela abaixou a cabeça, não respondendo, parecendo confusa.
- Já fiz um monte de burradas no passado em função de ceder às vontades de outra pessoa, colocando outrem à frente de mim mesma. E vou lhe dizer: isso é horrível. Eu superei, com a morte desta pessoa. Mas sua mãe está bem de saúde. E se ela demorar para morrer e você perder toda a sua vida por conta dela? – Questionei.
- Minha mãe é depressiva.
- Você também. – Observei.
- E quem não é hoje em dia, baby? – Ben falou, levando seu prato até a pia. – Vida corrida, falta de tempo, falta de dinheiro, falta de amor... Quem resiste? Se vocês duas são depressivas, estão no empate. Ou seja, viva a sua vida, querida. Sua mãe deixou de viver a dela por você ser depressiva?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...