A porta se abriu e Ben se jogou sobre nós.
- Seus ossos doem, seu magrelo. – Reclamei.
- O que vocês estão conversando e por que estão aqui sem mim? Não podem esconder segredos de Benjamin. – Ele deitou do meu outro lado.
- Não estamos contando nossos segredos, Ben. Salma está dizendo que vai ficar rica e ganhar dinheiro sem fazer nada.
Ele levantou a cabeça e olhou para nossa amiga:
- Vai tentar a sorte na loteria?
Comecei a rir:
- Perguntei a mesma coisa.
- Não é nada disso. – Ela sorriu misteriosamente.
- Não faça besteiras, Salma. – Adverti.
- Besteira? Sexo não é maravilhoso? Já pensaram na hipótese de ganhar dinheiro e fazer sexo ao mesmo tempo?
- Vai virar garota de programa, profissional do sexo ou algo do tipo? – Ben sentou na cama. – Conta tudo, amiga... Tem vaga para mim?
- Seus bobos. – Reclamei.
- Não exatamente. Depois que der certo, conto para vocês. Afinal, não vai ser muito fácil.
- Precisa de ajuda destes seus amigos malucos? – Ben perguntou.
- Talvez precise... Depois de um tempo.
- Pode contar comigo. – Os dois bateram as palmas das mãos.
Ela me olhou:
- Falta você, Babi.
- Eu não concordo com coisas que podem ser ruins...
- Não confia na sua amiga?
- Às vezes não. – Confessei.
- Falou Santa Bárbara. – Ben riu.
- Sou santa sim... Em vista de vocês, sou Santa Bárbara.
- Perdeu a virgindade antes de mim. – Salma lembrou.
- Como se isso importasse... Sou virgem da parte de trás. – Confessei.
- Bem, eu perdi a virgindade no lado de trás, então não digo nada. – Ben começou a rir.
- Eu já experimentei as duas coisas... Não sou virgem de buraco algum. – Salma gargalhou.
- Pervertida! – brinquei.
- Eu ia gostar de ser pago para fazer sexo. – Ben confessou. – Imagina ficar dando o tempo todo e ainda receber para isso.
- E pegar cliente sujo e ter que fazer um oral? – Salma pensou na hipótese. – Não se preocupem, não vou vender meu corpo. – Riu. – Mas eu pagaria por um bom oral, daqueles que você goza sem sequer tocar o pau do homem.
- Oral é melhor do que o ato do sexo em si. – Ben disse seriamente.
- Receber ou fazer? – perguntei, curiosa.
- Receber, claro. Ou você acha mais prazeroso fazer do que receber?
Os dois deitaram e fiz o mesmo. Ficamos em silêncio um tempo e começamos a gargalhar.
- Que papo de loucos. – falei.
- Babi, você é virgem, amiga! – Ben falou seriamente, enquanto tentava recuperar o fôlego depois de tanto rir.
- Até meu vibrador lhe traria mais prazer do que Jardel. E o melhor: ele é fiel. – Ela continuou rindo.
Dormimos os três na minha cama naquela noite, completamente cansados de tanto bater papo e rir. E eu fiquei empolgada em saber como era gozar num sexo oral.
Definitivamente minha vida sexual com Jardel foi um fracasso, tanto quanto nosso relacionamento conturbado e duradouro.
Acordei com o celular tocando. Era Daniel. Saí do quarto para não acordar Salma, que ainda dormia.
- Bom dia, Daniel.
- E então, como foi a entrevista, Babi?
- Não deu certo. O dono do restaurante não foi.
- Mas não remarcaram?
- Sim... Para hoje. Vou tentar ir. – Menti, certa de que não voltaria.
- Que bom. Torço para dar certo.
Ficamos um tempo em silêncio, até que eu perguntei:
- Trabalhando?
- Sempre. – Ouvi a risada dele do outro lado da linha.
- Dormiu na noite de folga, pelo menos?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...