Eu estava saindo de casa para a Perrone no dia seguinte quando Salma apareceu na sala:
- Babi... Eu não me sinto bem. – Falou, pálida.
- O que está sentindo? – fui até ela, que se apoiou em mim.
- Minha cabeça dói muito... Tanto que chego a ficar tonta e ter náusea.
- Ben! – gritei por ele, que levou minutos para vir.
- O que houve? – ele perguntou preocupado ao ver nossa amiga completamente sem ação.
- Precisamos levá-la ao médico. – falei, nervosa.
- Chame Daniel. – Ela pediu e percebi o suor escorrendo na sua testa.
Salma ainda estava de pijama. Peguei o telefone dela e liguei para Daniel enquanto pegava uma roupa para trocá-la.
- Bom dia, Salma. Saudades já? – ouvi a voz dele do outro lado da linha.
Ele pareceu feliz com a ligação dela e foi doce. Talvez eu tenha julgado Daniel cedo demais.
- Salma não se sente bem, Daniel. Precisamos levá-la ao hospital.
- Estou indo... Chego aí em dez minutos. – Ele desligou.
Voltei para a sala e Ben já havia colocado Salma sentada no sofá e lhe trouxe um copo de água. Retirei seu pijama rapidamente, colocando outra roupa.
- Eu estou nervosa. – Ela me olhou.
- Vai dar tudo certo. Não precisa ter medo. – Tranquilizei-a.
- Quem aqui vai comprar a porra de um carro? – Ben questionou. – Maria Lua vai nascer e a gente vai depender do Daniel ou outro motorista de aplicativo a vida inteira?
- Você tem a carta de motorista. – Salma disse.
- E vocês duas o dinheiro. – Ele alegou.
- Eu não tenho porra nenhuma.
- Minha grana está guardada para Maria Lua. – Sama explicou.
- Eu não tenho herança... Tampouco cofrinho. – Ele reclamou, enquanto pegava Salma no colo.
- Ben, você vai conseguir? Não corre o risco de derrubá-la? – me amedrontei.
- Vou usar minha força de homem uma vez na vida. Só porque é você, hein? – ele olhou para Salma, enquanto ela se agarrava aos ombros dele. – E está proibida de comentar isso com qualquer pessoa.
- Juro juradinho. – Ela garantiu.
- E eu vou processar a porra do síndico por causa da droga do elevador. – Reclamei, enquanto descia na frente deles.
Assim que chegamos na porta, Daniel já nos esperava. Ele pegou Salma do colo de Ben e a colocou no banco da frente, cuidadosamente.
Assim que entramos no carro, ele deu a partida e perguntou para minha amiga:
- O que você sente?
- A cabeça dói muito... Nunca senti uma dor tão forte. – Ela explicou.
- Usou algum analgésico?
- Não. Estou insegura quanto ao que usar. Tenho medo de prejudicar o bebê.
- Você está com uma cara péssima.
- Eu sei. – Ela tentou sorrir, fazendo careta de dor.
Em nenhum momento Daniel voltou-se para nós. Realmente estava focado em Salma e sua dor. Percebi que ele dirigia com rapidez.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...