Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 151

Eu estava saindo de casa para a Perrone no dia seguinte quando Salma apareceu na sala:

- Babi... Eu não me sinto bem. – Falou, pálida.

- O que está sentindo? – fui até ela, que se apoiou em mim.

- Minha cabeça dói muito... Tanto que chego a ficar tonta e ter náusea.

- Ben! – gritei por ele, que levou minutos para vir.

- O que houve? – ele perguntou preocupado ao ver nossa amiga completamente sem ação.

- Precisamos levá-la ao médico. – falei, nervosa.

- Chame Daniel. – Ela pediu e percebi o suor escorrendo na sua testa.

Salma ainda estava de pijama. Peguei o telefone dela e liguei para Daniel enquanto pegava uma roupa para trocá-la.

- Bom dia, Salma. Saudades já? – ouvi a voz dele do outro lado da linha.

Ele pareceu feliz com a ligação dela e foi doce. Talvez eu tenha julgado Daniel cedo demais.

- Salma não se sente bem, Daniel. Precisamos levá-la ao hospital.

- Estou indo... Chego aí em dez minutos. – Ele desligou.

Voltei para a sala e Ben já havia colocado Salma sentada no sofá e lhe trouxe um copo de água. Retirei seu pijama rapidamente, colocando outra roupa.

- Eu estou nervosa. – Ela me olhou.

- Vai dar tudo certo. Não precisa ter medo. – Tranquilizei-a.

- Quem aqui vai comprar a porra de um carro? – Ben questionou. – Maria Lua vai nascer e a gente vai depender do Daniel ou outro motorista de aplicativo a vida inteira?

- Você tem a carta de motorista. – Salma disse.

- E vocês duas o dinheiro. – Ele alegou.

- Eu não tenho porra nenhuma.

- Minha grana está guardada para Maria Lua. – Sama explicou.

- Eu não tenho herança... Tampouco cofrinho. – Ele reclamou, enquanto pegava Salma no colo.

- Ben, você vai conseguir? Não corre o risco de derrubá-la? – me amedrontei.

- Vou usar minha força de homem uma vez na vida. Só porque é você, hein? – ele olhou para Salma, enquanto ela se agarrava aos ombros dele. – E está proibida de comentar isso com qualquer pessoa.

- Juro juradinho. – Ela garantiu.

- E eu vou processar a porra do síndico por causa da droga do elevador. – Reclamei, enquanto descia na frente deles.

Assim que chegamos na porta, Daniel já nos esperava. Ele pegou Salma do colo de Ben e a colocou no banco da frente, cuidadosamente.

Assim que entramos no carro, ele deu a partida e perguntou para minha amiga:

- O que você sente?

- A cabeça dói muito... Nunca senti uma dor tão forte. – Ela explicou.

- Usou algum analgésico?

- Não. Estou insegura quanto ao que usar. Tenho medo de prejudicar o bebê.

- Você está com uma cara péssima.

- Eu sei. – Ela tentou sorrir, fazendo careta de dor.

Em nenhum momento Daniel voltou-se para nós. Realmente estava focado em Salma e sua dor. Percebi que ele dirigia com rapidez.

Assim que chegamos na emergência do hospital mais próximo, retiramos Salma do carro e a levamos para o atendimento.

Nenhum de nós pôde entrar com ela. Ficamos na recepção, aguardando, todos nervosos.

- Ela está estranha há alguns dias – falei para Ben, enquanto andava de um lado para o outro. – Acho que está acontecendo alguma coisa.

- Salma nos diria, Babi. Por que esconderia se tivesse algum problema com a gravidez?

- Achei que ela deixou a Babilônia cedo – Daniel falou, sentado no sofá, com as pernas abertas, batendo uma na outra. – A ideia era que ela seguisse por mais dois meses. A barriga dela nem é tão aparente assim... – Ele passou os dedos pelos cabelos, nervosamente.

- Eu também achei que ela fosse ficar mais tempo. – Ben disse.

Depois de uns vinte minutos aguardando, Ben foi até a recepção, perguntar se estava tudo certo com a nossa amiga.

- Você está bem? – Daniel perguntou, me encarando.

Sentei ao lado dele:

- Um pouco preocupada. Se acontecer algo com Salma acho que eu morro.

Ele pegou minha mão:

- Vai dar tudo certo. Pode ser só um mal-estar.

- Daniel... Desculpe pela forma como tenho tratado você nos últimos tempos.

- Como tem me tratado? – ele enrugou a testa. – Na verdade, você nem me trata. – Deu um meio sorriso.

- Quero a felicidade da minha amiga.

- Eu também quero a felicidade de Salma. Eu gosto dela.

Ben voltou da recepção:

- Ela já foi atendida – nos informou. – Logo será liberada.

Levantei novamente, esperançosa:

- Se logo será liberada, não deve ter sido tão grave.

- Tomara que não.

- Por que não podemos entrar? – Daniel perguntou.

- Sinceramente, não sei. – Respondi.

Um pouco mais de meia hora depois e Salma saiu pelo corredor da emergência, caminhando tranquilamente.

Chegamos os três ao mesmo tempo na frente dela.

- Como foi? – perguntei, ansiosa.

- Minha pressão estava alta. Por isso a dor forte na cabeça. O médico deu um medicamento na veia para abaixar. Normalizou um pouco. Mas mandou que eu procure um cardiologista. Parece que pressão alta e gravidez não combinam muito bem. – Sorriu, nervosamente.

- Mas você corre algum risco? E o bebê? – Ben pegou a mão dela.

- Vou fazer o acompanhamento. – Ela respondeu.

- O que o seu obstetra falou? Ele não percebeu isso antes?

- Ele havia pedido repouso. – Ela confessou, abaixando o olhar.

- Por isso você saiu da Babilônia? – Daniel perguntou. – Por que não me disse, Salma?

- Eu... Não queria preocupar ninguém. Todos têm seus compromissos e as próprias preocupações para ainda terem que se incomodar comigo.

- Não acredito que você nos escondeu isso, Salma – falei, perplexa. – Não entende que é importante para todos nós e você precisa de cuidados?

- Eu sei me cuidar.

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