- Não. Eu vou viajar.
- Viajar? Como assim? Para onde você vai?
- Noriah Sul. Vou ficar uns tempos na casa de uma conhecida... Eu, Ben e Salma.
- Você não pode fazer isso, Babi.
- Eu posso, Sebastian. Você sabe que eu posso.
- E... Nós? Acabamos de nos conhecer... Temos ainda tantas coisas para fazer juntos.
- Ei, eu só disse que vou viajar. Não disse que vou morrer ou esquecê-lo – Sorri. – Meus amigos precisam de mim.
- E Tony e Ben?
- Sebastian, me diga uma coisa, sinceramente... Por favor.
- O que quer saber?
- Você acha que Tony largaria tudo e se assumiria algum dia, por Ben?
- Eu não sei, Babi – ele foi sincero. – Imagino o quanto Tony está confuso.
- Então não é amor, Sebastian.
Ele arqueou a sobrancelha:
- Eu fiz tantas porras com Milena... E eu a amava. Ainda amo. Nos afastamos por anos, mesmo nos amando de verdade.
Eu mesma amava Heitor e havia aberto mão dele em função do meu orgulho e medo de sofrer, fugindo porque no passado eu fui refém daquele sentimento.
- Eu conheço você há pouco tempo. Mas imagino que se tomou esta decisão, não vai voltar atrás, já que é por seus amigos.
- Sim. Não vou voltar atrás.
- Tem noção que está pedindo demissão da Perrone pela terceira vez?
Eu ri, envergonhada:
- Desculpe.
- Não haverá a quarta.
Estreitei meus olhos:
- Está tão chateado assim, a ponto de não me deixar voltar?
- Se você for embora, eu vou fechar a Perrone.
- Como assim? – levantei, aturdida. – Eu não sou a peça-chave para esta empresa funcionar.
- Ela foi criada para você. E através dela nos conhecemos. Então acho que ela cumpriu sua função. As vendas estão um fracasso. Os rótulos da North B. acabaram conosco e eu não sou um homem que espera muito tempo por resultados.
- Mas...
- Isso não é uma chantagem para você ficar. Mas eu não vou seguir sozinho com isso.
- Tem certeza? Não quero ser a responsável pelo fechamento da Perrone... Já que indiretamente sou. – Abaixei a cabeça.
- Como assim?
- Se eu não tivesse falado sobre os rótulos, você não teria investido tanto... Sem ter retorno. Me envolvi com Heitor, ele roubou a nossa ideia e... Depois disso tudo deu errado.
- Sinceramente, não sei se os rótulos personalizados seriam a solução para os nossos problemas, que já não vinham de agora. Eu prefiro fechar sem estar no fundo do poço do que esperar perder tudo e decretar falência. Vou pagar todos os funcionários corretamente antes de encerrar nossas atividades em Noriah Norte.
- E depois você... Vai para o seu país?
- Sim.
- E... Milena?
- Já nos relacionamos assim outras vezes. Aliás, foi a vez que mais demos certo.
- Está chateado comigo? – fui até ele, abraçando-o.
Ele deitou a cabeça na minha barriga:
- Eu deveria estar, mas não estou. Só me prometa que vamos manter contato.
- Claro que sim, Sebastian. Eu amo você... Não o deixaria por nada.
Ele me apertou com seus braços e depois levantou a cabeça, me encarando:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...