Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 153

- Não. Eu vou viajar.

- Viajar? Como assim? Para onde você vai?

- Noriah Sul. Vou ficar uns tempos na casa de uma conhecida... Eu, Ben e Salma.

- Você não pode fazer isso, Babi.

- Eu posso, Sebastian. Você sabe que eu posso.

- E... Nós? Acabamos de nos conhecer... Temos ainda tantas coisas para fazer juntos.

- Ei, eu só disse que vou viajar. Não disse que vou morrer ou esquecê-lo – Sorri. – Meus amigos precisam de mim.

- E Tony e Ben?

- Sebastian, me diga uma coisa, sinceramente... Por favor.

- O que quer saber?

- Você acha que Tony largaria tudo e se assumiria algum dia, por Ben?

- Eu não sei, Babi – ele foi sincero. – Imagino o quanto Tony está confuso.

- Então não é amor, Sebastian.

Ele arqueou a sobrancelha:

- Eu fiz tantas porras com Milena... E eu a amava. Ainda amo. Nos afastamos por anos, mesmo nos amando de verdade.

Eu mesma amava Heitor e havia aberto mão dele em função do meu orgulho e medo de sofrer, fugindo porque no passado eu fui refém daquele sentimento.

- Eu conheço você há pouco tempo. Mas imagino que se tomou esta decisão, não vai voltar atrás, já que é por seus amigos.

- Sim. Não vou voltar atrás.

- Tem noção que está pedindo demissão da Perrone pela terceira vez?

Eu ri, envergonhada:

- Desculpe.

- Não haverá a quarta.

Estreitei meus olhos:

- Está tão chateado assim, a ponto de não me deixar voltar?

- Se você for embora, eu vou fechar a Perrone.

- Como assim? – levantei, aturdida. – Eu não sou a peça-chave para esta empresa funcionar.

- Ela foi criada para você. E através dela nos conhecemos. Então acho que ela cumpriu sua função. As vendas estão um fracasso. Os rótulos da North B. acabaram conosco e eu não sou um homem que espera muito tempo por resultados.

- Mas...

- Isso não é uma chantagem para você ficar. Mas eu não vou seguir sozinho com isso.

- Tem certeza? Não quero ser a responsável pelo fechamento da Perrone... Já que indiretamente sou. – Abaixei a cabeça.

- Como assim?

- Se eu não tivesse falado sobre os rótulos, você não teria investido tanto... Sem ter retorno. Me envolvi com Heitor, ele roubou a nossa ideia e... Depois disso tudo deu errado.

- Sinceramente, não sei se os rótulos personalizados seriam a solução para os nossos problemas, que já não vinham de agora. Eu prefiro fechar sem estar no fundo do poço do que esperar perder tudo e decretar falência. Vou pagar todos os funcionários corretamente antes de encerrar nossas atividades em Noriah Norte.

- E depois você... Vai para o seu país?

- Sim.

- E... Milena?

- Já nos relacionamos assim outras vezes. Aliás, foi a vez que mais demos certo.

- Está chateado comigo? – fui até ele, abraçando-o.

Ele deitou a cabeça na minha barriga:

- Eu deveria estar, mas não estou. Só me prometa que vamos manter contato.

- Claro que sim, Sebastian. Eu amo você... Não o deixaria por nada.

Ele me apertou com seus braços e depois levantou a cabeça, me encarando:

Ele vestia moletom e estava com o capuz na cabeça. Irreconhecível? Talvez... Nunca vi nada tão lindo em toda a minha vida.

- Tudo bem? – Ele me olhou.

Hum... Você pode me juntar, por favor? Eu estou completamente derretida.

Confirmei com um gesto de cabeça.

- Eu... Posso entrar?

Não, claro que não, seu desclassificado. Lembra que terminamos nosso relacionamento falido antes mesmo de começar?

Saí da frente da porta, permitindo a passagem dele. Porque meu corpo e minha mente não se entrosavam muito com a presença dele.

Fechei a porta e ele ficou de pé, com as mãos no bolso, me olhando.

- Eu... – começou.

- Quer sentar? – perguntei, com a voz fraca, o coração batendo rápido demais e as pernas trêmulas.

- Não... Estou bem assim. Eu vim pedir desculpas.

Arqueei a sobrancelha, não entendendo. Eram tantos os pedidos de desculpas dele que eu nem sabia mais sobre o qual se referia.

Eu não conseguia afastar os olhos dos dele, por mais que tentasse.

- Pelo que?

- A Perrone. Eu... Não sabia que fecharia as portas. Mas... Eu prometo que posso fazer qualquer coisa para ajudar. – Parecia preocupado.

- Heitor, eu... Eu acho que não há o que fazer.

- E você está desempregada? Meu Deus... O que eu fiz? – ele passou as mãos pelo rosto, nervosamente.

- Não se culpe, Heitor. Era para ser assim.

- Já há grandes valores entrando na conta que abri para você.

- Jura? – fiquei impressionada.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas